Ano novo, vida nova. Esse ditado popular é tudo o que o botafoguense desejara pra 2012. Mas, pelo que podemos acompanhar até agora, será mais do mesmo. Mesma falta de ambição, mesma incompetência, mesma ausência total de planejamento. Se existia algo de positivo que poderíamos tirar dos últimos dois anos, seria o aprendizado e a lição com erros que não podemos mais cometer. Só que, pelo visto, nossa diretoria gosta mesmo de ser assim. Continuando nos ditados: errar é humano, persistir no erro...
Tomando o São Paulo como exemplo, podemos ver um clube que errou, admitiu isso e agora tenta reverter essa situação. Refazendo seu elenco, dispensando quem não deu certo, contratando bons nomes, vendo contratações caras não como uma despesa, e sim como um bom investimento pro futuro. E olha que o passado recente do São Paulo é monstruosamente superior ao nosso - assim como o de vários e vários outros clubes grandes, ou até mesmo o do Fluminense.
Após prometer - especialidade desses infelizes - mundos e fundos, dispensas e contratações, grandes objetivos e tudo mais que estamos acostumados a ouvir a cada fim de ano, o que se vê é um Botafogo acomodado e conformado. A temporada de 2012 nem havia chegado, e já se falava em improvisar o Lucas Zen na lateral-direita numa eventual ausência do Lucas. Será que o Botafogo não enxerga o que até um cego vê?
Andrezinho chegou, não é mau jogador, mas vai receber uma responsabilidade e uma importância que não cabe a ele: o camisa dez, craque do time. Continuaremos vendo Fábio Ferreira intocável na zaga, assim como Herrera na suas únicas funções: receber cartões e queimar uma vaga de estrangeiro. Não temos laterais esquerdos; Cortês saiu e Azevedo seguirá o mesmo rumo. Mattos prossegue como titular absoluto e sem um reserva - aliás, será que o Maurício Omissão sabe o significado dessa palavra? Pois não a temos em nenhuma posição. Eu disse NENHUMA!
Não sei o que é pior: ver declarações de foco no Carioquinha ou o presidentista prometendo, outra vez, buscar a Copa do Brasil. Alguém avisa a ele que é preciso ter elenco? A reformulação do elenco não veio, então a perspectiva continua a mesma: não ir a lugar algum, com a dupla "Maicosuelkeson". Ou, quem sabe, ter algumas rodadas de ilusão no Brasileiro, onde a diretoria vai "queimar a gordurinha" que guardou pra alguma contratação no melhor estilo "cala-boca" pra torcida, após ser eliminado de maneira vexatória na Copa do Brasil pelo XV de Pindamonhangaba do Sul.
Se almejar algo de bom, algo de diferente, o Botafogo precisa buscar, no mínimo: dois laterais-esquerdos, um lateral-direito pra disputar posição, um zagueiro titular, um volante de combate pra fazer frente ao Mattos, um camisa dez de verdade - já perdemos o Wágner pro Flu, quem será o próximo? -, um segundo atacante e um bom reserva pro Loco. Repito, no mínimo. Nosso elenco não é nem metade do que a diretoria acha, e os poucos jogadores consideráveis estão em baixa. Já evoluimos em marketing, em estrutura, em gerência. Agora é hora de evoluir no futebol, antes que fiquemos pra trás.
Acorda, Botafogo, antes que seja tarde pra desejar Feliz 2012.
sábado, 31 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Futuro no presente
Recentemente, o Botafogo começou a aprimorar o trabalho em relação às divisões de base. As condições de treinamento eram precárias e o investimento - em termos de dinheiro, tempo e trabalho - era quase nulo. Ou seja, saímos do 0%. Mas o processo é árduo, não estoura em sucesso de um dia pro outro e exige muita paciência, aplicação e, acima de tudo, pés no chão. Digo isso porque os pouquíssimos torcedores que levam nossa base à sério sabem: não estamos às mil maravilhas, como pintou uma matéria do Globoesporte.com recentemente.
Estamos apenas no início do processo. Resultados positivos vêm sendo colhidos. Títulos são sempre bem-vindos, mas sem perder o foco: revelar bons jogadores pro profissional, fazendo o clube economizar em contratações e, futuramente, lucrar com transferências. Nem sempre um time campeão na base é sinônimo de êxito nesse processo. Nossa base melhorou bastante sim, mas ainda comete erros graves e obscuros, e o técnico Eduardo Húngaro não é esse mito que vem sendo criado.
Visto isso, farei aqui pequenos relatórios sobre os nomes já indicados para 'subirem' ao plantel principal em 2012. Muitos fatores ainda não podem ser analisados, como a adaptação ao elenco e estilo de jogo profissional, maturidade, responsabilidade e amadurecimento, portanto levarei em consideração apenas os aspectos técnicos. Deixo aqui também um convite aos torcedores interessados: compareçam aos jogos da base. Acompanhem calendários pelo site da FFERJ ou pelo próprio site oficial do clube.
NOME: Renan Lemos
POSIÇÃO: lateral-esquerdo
Destaque do time há alguns anos, Renan é um lateral ofensivo que tem como principais características a chegada forte no ataque, a velocidade e o cruzamento. Nos últimos meses de Juniores, passou por um trabalho visando aprimorar os fundamentos defensivos, mas ainda deixa a desejar. Sua chegada ao ataque sempre agradou bastante, apesar de já ter vivido fases bastante superiores à atual. Decepcionou no Brasileirão sub20 e também na Taça OPG. Apesar disso, ainda me inspira mais confiança que Márcio Azevedo. Adaptando-se à pressão do futebol profissional, tem tudo pra dar certo.
NOME: Fabiano
POSIÇÃO: volante
Na minha opinião, o mais qualificado do grupo. Marca bem, e tem como principal característica a saída de bola. Ótimo lançamento. Seus chutes de longe são uma boa arma contra defesas muito fechadas, por ter uma canhota potente. Pra completar, vai poder seguir os conselhos de ninguém mais, ninguém menos que Renato. Tem absolutamente tudo pra dar certo, é só ter cabeça. É o jogador que mais me inspira confiança na base. Infelizmente se machucou durante o Brasileiro sub20 e não participou dos jogos finais, onde o time sentiu muito a sua ausência. É uma posição muito carente no futebol brasileiro atual, ainda mais nas categorias inferiores. Torço demais pelo seu sucesso!
NOME: Jeferson
POSIÇÃO: meia armador
Jogador pronto - o que não quer dizer que não tenha defeitos. Veio do São Paulo no ano passado, onde despontou como grande promessa e foi convocado pra Seleções de base. Outra posição carente no futebol e principalmente no Botafogo. Camisa 10 que enxerga bem o jogo e sabe armar jogadas. Peca às vezes por se desligar um pouco, mas isso é um fator a ser trabalhado. Não acredito que sinta pressão no profissional. Jogador pra ser utilizado aos poucos pra ganhar confiança. Não sei como é seu contrato, mas terá sido uma grande aquisição pro futuro caso pertença realmente ao clube. Tem habilidade e é afiado em bolas paradas. É difícil cravar, mas vejo mais potencial nele do que em nossos meias atuais - não que isso seja um grande mérito, claro. Resta saber se vai manter o futebol, pois já vi grandes promessas cairem por terra ao subirem pro profissional. O fato é que já é um jogador maduro.
NOME: Vitinho
POSIÇÃO: meia-atacante
O nome mais badalado dessa geração. Tem muita estrela, está sempre no lugar certo, na hora certa, decidiu muitos jogos e, por isso, sempre foi o mais comentado. Rápido, habilidoso, realiza funções tanto de meia como de atacante. De fato, ele tem muito potencial. Só que algumas coisas me incomodam: individualismo, preciosismo, toques a mais e desnecessários. É preciso muito cuidado pra não deixar essa personalidade se transformar na famosa 'máscara'. Se bem lapidado, tem muito futuro. Só que parece ter a cabeça mais fraca que os outros. Se irrita bastante em campo, às vezes desaparece, o que o torna inconstante. É claro que isso tudo é comum tratando-se de um jogador em formação, mas chegou a hora da transição base-profissional. É o momento de amadurecer. Muitos já o comparam com Maicosuel; por favor, não façam isso. Aparência física e alguns trejeitos em campo, nada mais. Não o transformem num novo "Mago". De decepção, já basta um. Mas se Vitinho souber explorar seu talento e adquirir maturidade, podemos esperar mais um bom nome pro elenco.
Esses são os garotos já confirmados. São, realmente, os melhores valores individuais. Faltou só o lateral-direito Wallace, que não faz mais parte do elenco pois seu empréstimo junto ao Madureira acabou, e a diretoria inexplicavelmente não quis renovar nem comprá-lo em definitivo. Não duvido que apareça no Carioca pelo time suburbano e se destaque. Continuo confiando também no Alex, que nas poucas chances que teve, quase sempre deixou sua marca. O garoto tem faro de gol, mas precisa de confiança e sequência.
Diante da nossa urgência de títulos expressivos e a provável presença de times 'mistos' dos rivais, eu utilizaria todos esses garotos com frequência durante o Carioca, focando os principais jogadores - que, apesar de duvidar muito, ainda espero que cheguem - na Copa do Brasil. Não dá pra jogar a responsabilidade toda pros garotos, nem confiar nesse 'elenco' de 2011. Os principais clubes do Brasil já começaram a se movimentar por grandes nomes. E aí, Botafogo?
Estamos apenas no início do processo. Resultados positivos vêm sendo colhidos. Títulos são sempre bem-vindos, mas sem perder o foco: revelar bons jogadores pro profissional, fazendo o clube economizar em contratações e, futuramente, lucrar com transferências. Nem sempre um time campeão na base é sinônimo de êxito nesse processo. Nossa base melhorou bastante sim, mas ainda comete erros graves e obscuros, e o técnico Eduardo Húngaro não é esse mito que vem sendo criado.
Visto isso, farei aqui pequenos relatórios sobre os nomes já indicados para 'subirem' ao plantel principal em 2012. Muitos fatores ainda não podem ser analisados, como a adaptação ao elenco e estilo de jogo profissional, maturidade, responsabilidade e amadurecimento, portanto levarei em consideração apenas os aspectos técnicos. Deixo aqui também um convite aos torcedores interessados: compareçam aos jogos da base. Acompanhem calendários pelo site da FFERJ ou pelo próprio site oficial do clube.
NOME: Renan Lemos
POSIÇÃO: lateral-esquerdo
Destaque do time há alguns anos, Renan é um lateral ofensivo que tem como principais características a chegada forte no ataque, a velocidade e o cruzamento. Nos últimos meses de Juniores, passou por um trabalho visando aprimorar os fundamentos defensivos, mas ainda deixa a desejar. Sua chegada ao ataque sempre agradou bastante, apesar de já ter vivido fases bastante superiores à atual. Decepcionou no Brasileirão sub20 e também na Taça OPG. Apesar disso, ainda me inspira mais confiança que Márcio Azevedo. Adaptando-se à pressão do futebol profissional, tem tudo pra dar certo.
NOME: Fabiano
POSIÇÃO: volante
Na minha opinião, o mais qualificado do grupo. Marca bem, e tem como principal característica a saída de bola. Ótimo lançamento. Seus chutes de longe são uma boa arma contra defesas muito fechadas, por ter uma canhota potente. Pra completar, vai poder seguir os conselhos de ninguém mais, ninguém menos que Renato. Tem absolutamente tudo pra dar certo, é só ter cabeça. É o jogador que mais me inspira confiança na base. Infelizmente se machucou durante o Brasileiro sub20 e não participou dos jogos finais, onde o time sentiu muito a sua ausência. É uma posição muito carente no futebol brasileiro atual, ainda mais nas categorias inferiores. Torço demais pelo seu sucesso!
NOME: Jeferson
POSIÇÃO: meia armador
Jogador pronto - o que não quer dizer que não tenha defeitos. Veio do São Paulo no ano passado, onde despontou como grande promessa e foi convocado pra Seleções de base. Outra posição carente no futebol e principalmente no Botafogo. Camisa 10 que enxerga bem o jogo e sabe armar jogadas. Peca às vezes por se desligar um pouco, mas isso é um fator a ser trabalhado. Não acredito que sinta pressão no profissional. Jogador pra ser utilizado aos poucos pra ganhar confiança. Não sei como é seu contrato, mas terá sido uma grande aquisição pro futuro caso pertença realmente ao clube. Tem habilidade e é afiado em bolas paradas. É difícil cravar, mas vejo mais potencial nele do que em nossos meias atuais - não que isso seja um grande mérito, claro. Resta saber se vai manter o futebol, pois já vi grandes promessas cairem por terra ao subirem pro profissional. O fato é que já é um jogador maduro.
NOME: Vitinho
POSIÇÃO: meia-atacante
O nome mais badalado dessa geração. Tem muita estrela, está sempre no lugar certo, na hora certa, decidiu muitos jogos e, por isso, sempre foi o mais comentado. Rápido, habilidoso, realiza funções tanto de meia como de atacante. De fato, ele tem muito potencial. Só que algumas coisas me incomodam: individualismo, preciosismo, toques a mais e desnecessários. É preciso muito cuidado pra não deixar essa personalidade se transformar na famosa 'máscara'. Se bem lapidado, tem muito futuro. Só que parece ter a cabeça mais fraca que os outros. Se irrita bastante em campo, às vezes desaparece, o que o torna inconstante. É claro que isso tudo é comum tratando-se de um jogador em formação, mas chegou a hora da transição base-profissional. É o momento de amadurecer. Muitos já o comparam com Maicosuel; por favor, não façam isso. Aparência física e alguns trejeitos em campo, nada mais. Não o transformem num novo "Mago". De decepção, já basta um. Mas se Vitinho souber explorar seu talento e adquirir maturidade, podemos esperar mais um bom nome pro elenco.
Esses são os garotos já confirmados. São, realmente, os melhores valores individuais. Faltou só o lateral-direito Wallace, que não faz mais parte do elenco pois seu empréstimo junto ao Madureira acabou, e a diretoria inexplicavelmente não quis renovar nem comprá-lo em definitivo. Não duvido que apareça no Carioca pelo time suburbano e se destaque. Continuo confiando também no Alex, que nas poucas chances que teve, quase sempre deixou sua marca. O garoto tem faro de gol, mas precisa de confiança e sequência.
Diante da nossa urgência de títulos expressivos e a provável presença de times 'mistos' dos rivais, eu utilizaria todos esses garotos com frequência durante o Carioca, focando os principais jogadores - que, apesar de duvidar muito, ainda espero que cheguem - na Copa do Brasil. Não dá pra jogar a responsabilidade toda pros garotos, nem confiar nesse 'elenco' de 2011. Os principais clubes do Brasil já começaram a se movimentar por grandes nomes. E aí, Botafogo?
sábado, 17 de dezembro de 2011
Nova Era
Pro futebol brasileiro e outras torcidas, apenas mais uma notícia que movimenta o mercado da bola pra próxima temporada. Pra torcida do Botafogo, um motivo de muita festa, de muita alegria e, principalmente, de alívio e esperança. É a notícia que esperávamos a cada dia dos últimos cinco anos. É o início de um caminho pra uma nova era. É a cura de um câncer, a eliminação do último vestígio daquele ano que nunca acabou.
Neste 17 de Dezembro - mesma data de nosso último título brasileiro. Tem coisas que... deixa pra lá -, o pseudolateral Alessandro foi comunicado de que não teria seu vínculo mais uma vez renovado, mesmo diante do pré-contrato assinado junto à diretoria imunda, que nunca ligou pra opinião da torcida. Mas Oswaldo de Oliveira fez questão de excluir o Cabeçudo de seu planejamento, tornando-se o técnico que mais fez pelo Botafogo nos últimos vários anos, mesmo sem sequer ter assinado contrato.
O torcedor alvinegro, sempre supersticioso e simbólico, vai entender: desde 2007, muita coisa estranha aconteceu no clube. Coisas nunca vistas antes, como vexames, eliminações, derrotas, quedas, lesões, mistérios. Muita coisa inexplicável. E, como sempre comentei entre amigos, a minha esperança de ver isso mudar era eliminar todo e qualquer vestígio ou lembrança deste ano maldito que só trouxe coisas ruins ao clube.
Não que Alessandro seja culpado por tudo de ruim que aconteceu nesse tempo - apesar das suas intermináveis falhas individuais e sua nula capacidade técnica -, mas sim o que ele simboliza e carrega desde então: o sentimento da derrota, também compartilhado com outros vermes que felizmente já nos deixaram há mais tempo. Mas a faxina deve continuar: o próximo foco da torcida tem de ser Anderson Barros. E, assim, na marra, vamos limpando nosso Glorioso.
Por mais que a diretoria encabeçada pelo presidentista Maurício Fanfarrão - que só cai no meu conceito a cada dia - tente afundar esse clube GIGANTE com suas decisões medíocres e seus resultados pífios, nunca deixaremos o Botafogo acabar. Muito em breve, o Glorioso será comandado por seus torcedores, e vamos voltar ao posto do qual nunca deveríamos ter saído: o topo do Brasil e do mundo. Tenho certeza disso.
O botafoguense tem essa característica: vai do céu ao inferno em questão de horas. Da tristeza pelo acúmulo de vexames dos últimos muitos anos à euforia por uma dispensa de jogador. Pros outros, isso pode parecer ilógico. Pra nós, não. E mesmo que venha a parecer, vamos nos permitir comemorar e festejar, só por hoje. Nós merecemos. O grito preso na garganta pelos últimos 1800 dias ou mais vai ecoar por todo Brasil, em cada canto onde houver um alvinegro consciente: ADEUS, ALESSANDRO! 2007 acabou!
Neste 17 de Dezembro - mesma data de nosso último título brasileiro. Tem coisas que... deixa pra lá -, o pseudolateral Alessandro foi comunicado de que não teria seu vínculo mais uma vez renovado, mesmo diante do pré-contrato assinado junto à diretoria imunda, que nunca ligou pra opinião da torcida. Mas Oswaldo de Oliveira fez questão de excluir o Cabeçudo de seu planejamento, tornando-se o técnico que mais fez pelo Botafogo nos últimos vários anos, mesmo sem sequer ter assinado contrato.
O torcedor alvinegro, sempre supersticioso e simbólico, vai entender: desde 2007, muita coisa estranha aconteceu no clube. Coisas nunca vistas antes, como vexames, eliminações, derrotas, quedas, lesões, mistérios. Muita coisa inexplicável. E, como sempre comentei entre amigos, a minha esperança de ver isso mudar era eliminar todo e qualquer vestígio ou lembrança deste ano maldito que só trouxe coisas ruins ao clube.
Não que Alessandro seja culpado por tudo de ruim que aconteceu nesse tempo - apesar das suas intermináveis falhas individuais e sua nula capacidade técnica -, mas sim o que ele simboliza e carrega desde então: o sentimento da derrota, também compartilhado com outros vermes que felizmente já nos deixaram há mais tempo. Mas a faxina deve continuar: o próximo foco da torcida tem de ser Anderson Barros. E, assim, na marra, vamos limpando nosso Glorioso.
Por mais que a diretoria encabeçada pelo presidentista Maurício Fanfarrão - que só cai no meu conceito a cada dia - tente afundar esse clube GIGANTE com suas decisões medíocres e seus resultados pífios, nunca deixaremos o Botafogo acabar. Muito em breve, o Glorioso será comandado por seus torcedores, e vamos voltar ao posto do qual nunca deveríamos ter saído: o topo do Brasil e do mundo. Tenho certeza disso.
O botafoguense tem essa característica: vai do céu ao inferno em questão de horas. Da tristeza pelo acúmulo de vexames dos últimos muitos anos à euforia por uma dispensa de jogador. Pros outros, isso pode parecer ilógico. Pra nós, não. E mesmo que venha a parecer, vamos nos permitir comemorar e festejar, só por hoje. Nós merecemos. O grito preso na garganta pelos últimos 1800 dias ou mais vai ecoar por todo Brasil, em cada canto onde houver um alvinegro consciente: ADEUS, ALESSANDRO! 2007 acabou!
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Vai-e-vem 2012
Com o fim de mais uma desgastante temporada sem resultados expressivos, o Botafogo começa a planejar seu próximo ano. A apreensão da torcida é grande, visto que todos os rivais disputarão a Libertadores, e até os rivais diretos na Copa do Brasil já começaram a se reforçar. Mais uma vez, já começamos atrás. Apesar da necessidade de bons reforços em todos os setores, a única contratação até agora foi o zagueiro Brinner, destaque do Paraná na Série B. É muito pouco.
O primeiro passo ainda não foi oficializado: a barca. Apesar disso, alguns nomes já parecem estar fora do planejamento para 2012 - graças a Deus, diga-se de passagem. São alguns deles: Éverton, Léo, Somália, Caio, Bruno Thiago, Araruama, entre outras mutações genéticas. A notícia ruim é que Fábio Ferreira, Herrera e outros bondes devem permanecer. A diretoria disse que a opinião da torcida influenciará nas decisões em conjunto com Oswaldo, o seria positivo no caso Alessandro, mas alguém ainda acredita nesses caras?
Meu lado passional me permite ser radicalista. Do time titular, manteria apenas Jéfferson, Antônio Carlos, Renato e Loco - com a ressalva de que precisamos de um jogador pra disputar a posição. Jogadores como Lucas, Gustavo e Felipe Menezes, que não são lá unanimidades pra torcida e nenhuma sumidade técnica, na minha opinião, são boas opções pra um elenco numeroso e qualificado - o que, convenhamos, nunca vi o Botafogo montar. São jogadores que, apesar das críticas, viveram bons momentos durante o Brasileirão - até mais que os respectivos titulares.
Visto, revisto e reformulado o elenco, partimos pra segunda e não menos importante etapa do planejamento: os reforços. Sendo assim, me dei a liberdade de criar, desde a reta final do campeonato, uma lista de nomes bons e viáveis, incluindo também algumas opções mais ambiciosas, que são extremamente necessárias pra nós atualmente. A diretoria precisa enxergar as contratações mais caras como investimentos visando títulos expressivos, e não como simples despesas. É um passo enorme. Vamos à lista.
Concorda? Discorda? Quem mais você indica?
Saudações Alvinegras!
O primeiro passo ainda não foi oficializado: a barca. Apesar disso, alguns nomes já parecem estar fora do planejamento para 2012 - graças a Deus, diga-se de passagem. São alguns deles: Éverton, Léo, Somália, Caio, Bruno Thiago, Araruama, entre outras mutações genéticas. A notícia ruim é que Fábio Ferreira, Herrera e outros bondes devem permanecer. A diretoria disse que a opinião da torcida influenciará nas decisões em conjunto com Oswaldo, o seria positivo no caso Alessandro, mas alguém ainda acredita nesses caras?
Meu lado passional me permite ser radicalista. Do time titular, manteria apenas Jéfferson, Antônio Carlos, Renato e Loco - com a ressalva de que precisamos de um jogador pra disputar a posição. Jogadores como Lucas, Gustavo e Felipe Menezes, que não são lá unanimidades pra torcida e nenhuma sumidade técnica, na minha opinião, são boas opções pra um elenco numeroso e qualificado - o que, convenhamos, nunca vi o Botafogo montar. São jogadores que, apesar das críticas, viveram bons momentos durante o Brasileirão - até mais que os respectivos titulares.
Visto, revisto e reformulado o elenco, partimos pra segunda e não menos importante etapa do planejamento: os reforços. Sendo assim, me dei a liberdade de criar, desde a reta final do campeonato, uma lista de nomes bons e viáveis, incluindo também algumas opções mais ambiciosas, que são extremamente necessárias pra nós atualmente. A diretoria precisa enxergar as contratações mais caras como investimentos visando títulos expressivos, e não como simples despesas. É um passo enorme. Vamos à lista.
À espera de um milagre, torcida precisa torcer pelo sucesso do ilustríssimo diretor de futebol
LATERAIS:
- Ávine / Bahia - LE
Considerado uma grande promessa nos últimos anos, se destacou no BR11 e foi um dos melhores laterais do primeiro turno. Se lesionou gravemente e não recuperou o ritmo a tempo.
- Dodô / Bahia - LE
Assumiu o lugar de Ávine e deu conta do recado. Infelizmente, nas rodadas finais, também se lesionou de forma grave, em entrada criminosa de Bolívar. Tendo em vista a nossa urgência, deixa de ser boa opção.
- Douglas / Goiás - LD
Destaque nas seleções de base, é uma contratação viável devido à fase do Goiás.
- Marcos Rocha / América-MG - LD
Um pouco mais velho que as opções anteriores, mas fez ótima campanha no BR11, se salvando no fraco time do América, rebaixado.
ZAGUEIROS:
- Paulo Miranda / Bahia
Mais uma ótima revelação do Bahia. Zagueiro novo, rápido, boa antecipação. Apalavrado com o São Paulo.
- Manoel / Atlético-PR
Um dos melhores zagueiros do campeonato. Ótimo no jogo aéreo. Será disputado por grandes clubes.
- William Rocha / América-MG
Outro bom valor que se salvou apesar do rebaixamento do clube.
- Emerson / Coritiba
Mais conhecido desse setor da lista, o zagueiro-artilheiro faria boa dupla com Antônio Carlos.
- T. Heleno / Palmeiras
Boa contratação pra compôr elenco.
VOLANTES:
- Néstor Ortigoza / San Lorenzo
Argentino naturalizado paraguaio, atua pela Seleção. Ótimo jogador, mas é preciso estudar as vagas pra estrangeiros no elenco.
- Michel / Ceará
Bom volante de combate, que também chega bem à frente. Chuta muito bem. Bastante viável, pois o Ceará caiu.
- Fillipe Soutto / Atlético-MG
Jovem valor que se destacou na redenção do Atlético, seria um excelente reserva pra Renato. Pela valorização recente, é possível que o passe não seja mais tão barato.
- Guilherme / Portuguesa
Um dos vários bons nomes da Lusa, campeã da Série B. Creio que também será bastante disputado pelos grandes.
- Charles / Cruzeiro
Bom volante, sem o devido espaço no bagunçado Cruzeiro. Negociação difícil devido à provável saída de Fabrício pro São Paulo.
MEIAS:
- Alex / Fenerbahçe (sonho)
Craque de bola. Na minha opinião, o jogador mais injustiçado na história recente da Seleção. Contratação difícil, porém viável, visto que clube e país atuais passam por crise.
- Montillo / Cruzeiro (sonho)
Contratação excepcional pra qualquer clube, o argentino vem sendo disputado por vários clubes grandes do Brasil, além de propostas do exterior. Parece que vai pro Corinthians. Botafogo assiste.
- Vargas / Universidad de Chile
Principal nome desse ótimo time. Cobiçado por grandes clubes da Europa, exige alto investimento.
- Giuliano / Dnipro
"Escondido" na Ucrânia, deve ver com bons olhos um retorno ao Brasil, visando oportunidades na Seleção, rumo à Copa 2014. Ótimo jogador.
- Wágner / Gaziantepspor
Parece que não fui o único a lembrar desse ótimo meia canhoto. Quase fechado com o Fluminense, o Botafogo ainda tenta atravessar. Palmeiras também se interessou.
- Éderson / Lyon
Já cobiçado pelo clube outrora, o brasileiro que atua na frança seria um bom reforço. Teve o azar de se machucar nos primeiros minutos de partida em chance recente na Seleção.
- Cleiton Xavier / Metalist
Carrasco do jogo contra a Ana Paula, fez ótima campanha pelo Palmeiras e foi pro exterior. Outro que poderia ser repatriado. Camisa dez clássico.
- Leandro Domingues / Kashiwa Reysol
Jogador que sempre indiquei, coincidentemente está disputando o Mundial, sendo um dos destaques do time japonês até então. Boa opção, mas precisaria de companhia.
- Renatinho / Ponte Preta
Jovem que se destacou na boa campanha da Ponte Preta. Valorizado, porém viável. Boa opção pra elenco.
- Renato Cajá / Ponte Preta
Passou pelo Botafogo em 2010. Longe de ser craque, porém muito útil. Poderia ter ficado, visto que é melhor que 80% das opções do nosso atual elenco.
- Roni / Criciúma
Jovem promessa. Contratação visando progresso a médio/longo prazo. Bastante potencial.
ATACANTES:
- Welliton / Spartak
Sucesso recente no Goiás, velocista que também sabe fazer gols. Posição carente no nosso elenco, principalmente no 4-2-3-1, sistema implantado por Caio Júnior. Faria a função pessimamente exercida por Herrera.
- Taison / Metalist
Outro ótimo segundo atacante. Ex-Inter, já declarou desejo de voltar ao Brasil. Botafogo já sondou, mas não deu em nada. Ótima hora pra tentar de novo.
- Jorge Henrique / Corinthians
Segue a mesma linha de função tática. Outro que poderia estar no elenco até hoje. Muito útil. Saiu por culpa da diretoria e evoluiu bastante no Corinthians, onde deve ter pouquíssimas chances devido ao elenco inchado pra Libertadores.
- Osvaldo / Ceará
Uma das maiores revelações de 2011. Seu passe percence a clube do Qatar, o que não invibializa a contratação, mas precisaremos botar dinheiro na mesa. Vale a pena.
- Dagoberto / São Paulo
Botafogo demorou, perdeu tempo e perdeu um excelente reforço, que, de saída declarada do São Paulo desde o meio do ano, acertou com o Inter. Faz todas as funções de ataque com muita eficiência.
- André Lima / Grêmio
Estilo de jogador que precisamos ter no elenco. Bom reserva pro Loco. Trombador com faro de gol, apesar de ser um pouco 'folclórico'. Já declarou carinho pelo Botafogo e teve boas passagens por aqui.
- Ricardo Jesus / Ponte Preta
Destaque e artilheiro pela Ponte Preta na Série B, também seria boa opção pro banco.- Ávine / Bahia - LE
Considerado uma grande promessa nos últimos anos, se destacou no BR11 e foi um dos melhores laterais do primeiro turno. Se lesionou gravemente e não recuperou o ritmo a tempo.
- Dodô / Bahia - LE
Assumiu o lugar de Ávine e deu conta do recado. Infelizmente, nas rodadas finais, também se lesionou de forma grave, em entrada criminosa de Bolívar. Tendo em vista a nossa urgência, deixa de ser boa opção.
- Douglas / Goiás - LD
Destaque nas seleções de base, é uma contratação viável devido à fase do Goiás.
- Marcos Rocha / América-MG - LD
Um pouco mais velho que as opções anteriores, mas fez ótima campanha no BR11, se salvando no fraco time do América, rebaixado.
ZAGUEIROS:
- Paulo Miranda / Bahia
Mais uma ótima revelação do Bahia. Zagueiro novo, rápido, boa antecipação. Apalavrado com o São Paulo.
- Manoel / Atlético-PR
Um dos melhores zagueiros do campeonato. Ótimo no jogo aéreo. Será disputado por grandes clubes.
- William Rocha / América-MG
Outro bom valor que se salvou apesar do rebaixamento do clube.
- Emerson / Coritiba
Mais conhecido desse setor da lista, o zagueiro-artilheiro faria boa dupla com Antônio Carlos.
- T. Heleno / Palmeiras
Boa contratação pra compôr elenco.
VOLANTES:
- Néstor Ortigoza / San Lorenzo
Argentino naturalizado paraguaio, atua pela Seleção. Ótimo jogador, mas é preciso estudar as vagas pra estrangeiros no elenco.
- Michel / Ceará
Bom volante de combate, que também chega bem à frente. Chuta muito bem. Bastante viável, pois o Ceará caiu.
- Fillipe Soutto / Atlético-MG
Jovem valor que se destacou na redenção do Atlético, seria um excelente reserva pra Renato. Pela valorização recente, é possível que o passe não seja mais tão barato.
- Guilherme / Portuguesa
Um dos vários bons nomes da Lusa, campeã da Série B. Creio que também será bastante disputado pelos grandes.
- Charles / Cruzeiro
Bom volante, sem o devido espaço no bagunçado Cruzeiro. Negociação difícil devido à provável saída de Fabrício pro São Paulo.
MEIAS:
- Alex / Fenerbahçe (sonho)
Craque de bola. Na minha opinião, o jogador mais injustiçado na história recente da Seleção. Contratação difícil, porém viável, visto que clube e país atuais passam por crise.
- Montillo / Cruzeiro (sonho)
Contratação excepcional pra qualquer clube, o argentino vem sendo disputado por vários clubes grandes do Brasil, além de propostas do exterior. Parece que vai pro Corinthians. Botafogo assiste.
- Vargas / Universidad de Chile
Principal nome desse ótimo time. Cobiçado por grandes clubes da Europa, exige alto investimento.
- Giuliano / Dnipro
"Escondido" na Ucrânia, deve ver com bons olhos um retorno ao Brasil, visando oportunidades na Seleção, rumo à Copa 2014. Ótimo jogador.
- Wágner / Gaziantepspor
Parece que não fui o único a lembrar desse ótimo meia canhoto. Quase fechado com o Fluminense, o Botafogo ainda tenta atravessar. Palmeiras também se interessou.
- Éderson / Lyon
Já cobiçado pelo clube outrora, o brasileiro que atua na frança seria um bom reforço. Teve o azar de se machucar nos primeiros minutos de partida em chance recente na Seleção.
- Cleiton Xavier / Metalist
Carrasco do jogo contra a Ana Paula, fez ótima campanha pelo Palmeiras e foi pro exterior. Outro que poderia ser repatriado. Camisa dez clássico.
- Leandro Domingues / Kashiwa Reysol
Jogador que sempre indiquei, coincidentemente está disputando o Mundial, sendo um dos destaques do time japonês até então. Boa opção, mas precisaria de companhia.
- Renatinho / Ponte Preta
Jovem que se destacou na boa campanha da Ponte Preta. Valorizado, porém viável. Boa opção pra elenco.
- Renato Cajá / Ponte Preta
Passou pelo Botafogo em 2010. Longe de ser craque, porém muito útil. Poderia ter ficado, visto que é melhor que 80% das opções do nosso atual elenco.
- Roni / Criciúma
Jovem promessa. Contratação visando progresso a médio/longo prazo. Bastante potencial.
ATACANTES:
- Welliton / Spartak
Sucesso recente no Goiás, velocista que também sabe fazer gols. Posição carente no nosso elenco, principalmente no 4-2-3-1, sistema implantado por Caio Júnior. Faria a função pessimamente exercida por Herrera.
- Taison / Metalist
Outro ótimo segundo atacante. Ex-Inter, já declarou desejo de voltar ao Brasil. Botafogo já sondou, mas não deu em nada. Ótima hora pra tentar de novo.
- Jorge Henrique / Corinthians
Segue a mesma linha de função tática. Outro que poderia estar no elenco até hoje. Muito útil. Saiu por culpa da diretoria e evoluiu bastante no Corinthians, onde deve ter pouquíssimas chances devido ao elenco inchado pra Libertadores.
- Osvaldo / Ceará
Uma das maiores revelações de 2011. Seu passe percence a clube do Qatar, o que não invibializa a contratação, mas precisaremos botar dinheiro na mesa. Vale a pena.
- Dagoberto / São Paulo
Botafogo demorou, perdeu tempo e perdeu um excelente reforço, que, de saída declarada do São Paulo desde o meio do ano, acertou com o Inter. Faz todas as funções de ataque com muita eficiência.
- André Lima / Grêmio
Estilo de jogador que precisamos ter no elenco. Bom reserva pro Loco. Trombador com faro de gol, apesar de ser um pouco 'folclórico'. Já declarou carinho pelo Botafogo e teve boas passagens por aqui.
- Ricardo Jesus / Ponte Preta
Concorda? Discorda? Quem mais você indica?
Saudações Alvinegras!
sábado, 3 de dezembro de 2011
Tudo errado
O ano de 2011 foi uma montanha russa. Começamos a temporada com grande expectativa, visto que o ano anterior foi de grande progresso pro clube, apesar de ainda ter ficado muito aquém da grandeza que um dia tivemos. A decepção veio em dobro, com a eliminação ridícula na Copa do Brasil, e a incompetência de não ter chegado nem numa final de turno do Carioca. Aos poucos, vinham à tona os vários erros - ou seria a ausência total? - de planejamento.
Às pressas, montamos um elenco novo. A torcida, naturalmente desacreditada e temendo uma nova briga contra o rebaixamento, se empolgou quando as peças se encaixaram. O time brilhou em boa parte do primeiro turno do campeonato brasileiro. Chegou a ser apontado como o melhor futebol do país: alegre, envolvente, objetivo e eficiente. Os torcedores se empolgaram e, junto com o time, chegaram ao ápice na partida contra o Ceará. Show no campo com os 4 a 0 e na arquibancada com a lotação máxima. Um inesquecível sete de setembro.
Dali pra frente, muita coisa mudou. O time, inexplicavelmente, parou. Ouvi boatos internos que, enquanto não confirmados, prefiro não comentar. Jogadores são frequentemente vistos em bares, boates, noitadas. Ninguém quer saber de bola. Principais nomes do time e do campeonato no primeiro turno, Cortês, Elkeson, Mattos e outros sumiram na segunda metade. Aliás, sumiram não, eram notados a cada péssima exibição. É impossível o time ter uma queda vertiginosa dessas e todo mundo achar normal - e ainda por cima, demitindo técnico faltando três jogos pro fim.
Hoje, 03/12, eu poderia estar uma pilha de nervos. Poderia estar muito ansioso, sem conseguir dormir, com tudo pronto pra ir ao Engenhão amanhã, com a possibilidade de comemorar um título brasileiro. Sim, eu, você, todos nós imaginamos esse momento por muitas rodadas. Mantendo o lado racional ativo, ainda fiz contas visando apenas a vaga na Libertadores. Nem isso. Precisamos vencer o nosso jogo e ainda torcer por imensa combinação de resultados. Quase um milagre. Mas existe milagre maior do que esse time jogar com vontade de vencer e ser grande?
Muitos botafoguenses estão cansados. Eu também estou. Cansado de acreditar, de sonhar e de não ver resultado algum. Mas não estamos errados. Não é a torcida que tem culpa por sonhar e acreditar sempre; esse é nosso destino e nossa capacidade enquanto torcedor. Errado está o clube, que se apequena, despreza seus torcedores e passa longe de grandes conquistas. Longe porque se apequena, porque permite ser chacota diante dos rivais - digo, "co-irmãos". Co-irmãos esses que, amanhã, jogarão no nosso estádio. Será nosso mesmo? Nem mando de campo conseguimos exercer.
Já ouvimos muitas promessas que acabaram não se realizando. Só que agora essas falsas promessas foram reeleitas por mais três anos. Não digo que a oposição seria a salvação, pois confio neles tanto quanto confio na atual cúpula de dirigentes. A verdade é que não vejo saída, tampouco explicações pra sequência de vexames, de 'quases', de campanhas realmente inexplicáveis. Meu coração não está preparado pra mais três anos de André Silva, Anderson Barros e Alessandro. Pois alguém duvido que esse pseudolateral terá seu contrato renovado?
Pra 2012, o 'salvador da pátria' já parece ter sido escolhido: Oswaldo de Oliveira. Pensando bem, ele até combina com o panorama atual do clube: um passado brilhante e muito vitorioso; na campanha recente, muitos fracassos; o futuro, uma incógnita. Desculpem-me, mas eu não caio mais nessa. Já sofri demais. É claro que essa Estrela que nasceu comigo aqui no peito vai sempre existir. Mas a cada ano que passa, pisa e cospe em nossas tradições, o seu brilho fica mais ofuscado. E aí, Botafogo, tem ou não tem que ter paixão?
Apaixonar-se sozinho não adianta, só faz sofrer. A torcida alvinegra aguarda reciprocidade.
Às pressas, montamos um elenco novo. A torcida, naturalmente desacreditada e temendo uma nova briga contra o rebaixamento, se empolgou quando as peças se encaixaram. O time brilhou em boa parte do primeiro turno do campeonato brasileiro. Chegou a ser apontado como o melhor futebol do país: alegre, envolvente, objetivo e eficiente. Os torcedores se empolgaram e, junto com o time, chegaram ao ápice na partida contra o Ceará. Show no campo com os 4 a 0 e na arquibancada com a lotação máxima. Um inesquecível sete de setembro.
Dali pra frente, muita coisa mudou. O time, inexplicavelmente, parou. Ouvi boatos internos que, enquanto não confirmados, prefiro não comentar. Jogadores são frequentemente vistos em bares, boates, noitadas. Ninguém quer saber de bola. Principais nomes do time e do campeonato no primeiro turno, Cortês, Elkeson, Mattos e outros sumiram na segunda metade. Aliás, sumiram não, eram notados a cada péssima exibição. É impossível o time ter uma queda vertiginosa dessas e todo mundo achar normal - e ainda por cima, demitindo técnico faltando três jogos pro fim.
Hoje, 03/12, eu poderia estar uma pilha de nervos. Poderia estar muito ansioso, sem conseguir dormir, com tudo pronto pra ir ao Engenhão amanhã, com a possibilidade de comemorar um título brasileiro. Sim, eu, você, todos nós imaginamos esse momento por muitas rodadas. Mantendo o lado racional ativo, ainda fiz contas visando apenas a vaga na Libertadores. Nem isso. Precisamos vencer o nosso jogo e ainda torcer por imensa combinação de resultados. Quase um milagre. Mas existe milagre maior do que esse time jogar com vontade de vencer e ser grande?
Muitos botafoguenses estão cansados. Eu também estou. Cansado de acreditar, de sonhar e de não ver resultado algum. Mas não estamos errados. Não é a torcida que tem culpa por sonhar e acreditar sempre; esse é nosso destino e nossa capacidade enquanto torcedor. Errado está o clube, que se apequena, despreza seus torcedores e passa longe de grandes conquistas. Longe porque se apequena, porque permite ser chacota diante dos rivais - digo, "co-irmãos". Co-irmãos esses que, amanhã, jogarão no nosso estádio. Será nosso mesmo? Nem mando de campo conseguimos exercer.
Já ouvimos muitas promessas que acabaram não se realizando. Só que agora essas falsas promessas foram reeleitas por mais três anos. Não digo que a oposição seria a salvação, pois confio neles tanto quanto confio na atual cúpula de dirigentes. A verdade é que não vejo saída, tampouco explicações pra sequência de vexames, de 'quases', de campanhas realmente inexplicáveis. Meu coração não está preparado pra mais três anos de André Silva, Anderson Barros e Alessandro. Pois alguém duvido que esse pseudolateral terá seu contrato renovado?
Pra 2012, o 'salvador da pátria' já parece ter sido escolhido: Oswaldo de Oliveira. Pensando bem, ele até combina com o panorama atual do clube: um passado brilhante e muito vitorioso; na campanha recente, muitos fracassos; o futuro, uma incógnita. Desculpem-me, mas eu não caio mais nessa. Já sofri demais. É claro que essa Estrela que nasceu comigo aqui no peito vai sempre existir. Mas a cada ano que passa, pisa e cospe em nossas tradições, o seu brilho fica mais ofuscado. E aí, Botafogo, tem ou não tem que ter paixão?
Apaixonar-se sozinho não adianta, só faz sofrer. A torcida alvinegra aguarda reciprocidade.
domingo, 20 de novembro de 2011
Desabafo de realidade
Por mais uma vez, acreditamos, confiamos, apoiamos. E por mais uma vez o Botafogo nos decepcionou. Com mais uma derrota em casa, dessa vez por 2 a 1 diante do Internacional, o Botafogo está virtualmente fora da briga por uma vaga na Libertadores. Já são cinco derrotas seguidas, e em todas elas a mesma postura: o conformismo diante da adversidade, a falta de vontade, a ausência de raça e luta pela vaga que ocupamos durante todo o campeonato.
O Botafogo afasta o torcedor, enquanto vê os rivais crescendo. Até mesmo o Fluminense, que nessa mesma rodada garantiu sua vaga, muito bem reservada por nós. O time que debochávamos a pouco tempo atrás foi campeão da Copa do Brasil, do Brasileirão, foi finalista da Libertadores e da Sul Americana, além de se aproximar da atual briga no topo da tabela. O Botafogo parou no tempo, e sua Gloriosa história fica cada vez mais no passado. A Estrela adormeceu.
Jogadores mascarados, outros fracos, e outros simplesmente pouco ligando pro que estão fazendo em campo. Estão preocupados mesmo é com as festinhas de mais tarde. São elencos diferentes a cada ano, mas todos juntos vão empurrando o Botafogo pro buraco. A esperança é a última, mas também morre. O amor sempre vai existir, mas desgasta, e a ausência de grandes conquistas impossibilita uma renovação da torcida.
É inegável que o Botafogo tem uma das maiores e mais bonitas histórias do futebol brasileiro. Mas um clube gigante não vive de seu passado, e sim renova suas conquistas. Pode, sim, passar por períodos de seca - como o Vasco, que voltou a ser gigante após 8 anos ausente -, mas nunca entrar em coma profundo. E alguém precisa acordar o Botafogo, antes que ele fique pra trás, de uma forma que não dê mais pra alcançar quem continuou trilhando seu rumo.
O próximo ano é preocupante demais. Com a provável presença dos três rivais na Libertadores, o Botafogo ficará no escuro. Pra fazer sua Estrela brilhar, mesmo que solitária, a ponto de ofuscar os outros, o clube precisa se reinventar; fazer tudo diferente do que tem sido feito. O Botafogo precisa voltar a ser Botafogo. Alguns jogadores vão embora, outros vão chegar, um novo técnico vai vir. A diretoria passará por nova eleição. Só nos resta esperar por um ano melhor.
O preto e branco nunca foi tão cinza. Feliz 2012..
O Botafogo afasta o torcedor, enquanto vê os rivais crescendo. Até mesmo o Fluminense, que nessa mesma rodada garantiu sua vaga, muito bem reservada por nós. O time que debochávamos a pouco tempo atrás foi campeão da Copa do Brasil, do Brasileirão, foi finalista da Libertadores e da Sul Americana, além de se aproximar da atual briga no topo da tabela. O Botafogo parou no tempo, e sua Gloriosa história fica cada vez mais no passado. A Estrela adormeceu.
Jogadores mascarados, outros fracos, e outros simplesmente pouco ligando pro que estão fazendo em campo. Estão preocupados mesmo é com as festinhas de mais tarde. São elencos diferentes a cada ano, mas todos juntos vão empurrando o Botafogo pro buraco. A esperança é a última, mas também morre. O amor sempre vai existir, mas desgasta, e a ausência de grandes conquistas impossibilita uma renovação da torcida.
É inegável que o Botafogo tem uma das maiores e mais bonitas histórias do futebol brasileiro. Mas um clube gigante não vive de seu passado, e sim renova suas conquistas. Pode, sim, passar por períodos de seca - como o Vasco, que voltou a ser gigante após 8 anos ausente -, mas nunca entrar em coma profundo. E alguém precisa acordar o Botafogo, antes que ele fique pra trás, de uma forma que não dê mais pra alcançar quem continuou trilhando seu rumo.
O próximo ano é preocupante demais. Com a provável presença dos três rivais na Libertadores, o Botafogo ficará no escuro. Pra fazer sua Estrela brilhar, mesmo que solitária, a ponto de ofuscar os outros, o clube precisa se reinventar; fazer tudo diferente do que tem sido feito. O Botafogo precisa voltar a ser Botafogo. Alguns jogadores vão embora, outros vão chegar, um novo técnico vai vir. A diretoria passará por nova eleição. Só nos resta esperar por um ano melhor.
O preto e branco nunca foi tão cinza. Feliz 2012..
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Precipício
O Botafogo, vindo de duas derrotas, chegou a Minas falando em recuperar o bom futebol e dar a vida pela vaga na Libertadores. Mas o que se viu em campo, diante de um fraco e desesperado América-MG, foi o mesmo time apático de grande parte do segundo turno, que está fazendo de tudo pra jogar fora a classificação que não vem há 16 anos. A má fase parece contaminar jogador por jogador.
Resultado: perdemos mais uma. E quando pensei que não podia piorar, vem a demissão de Caio Júnior. Vejam bem, não contesto essa decisão pelo ponto de vista técnico. Até algumas rodadas atrás, eu o fazia. Mas ele perdeu o controle do elenco e não teve capacidade de inverter a situação: o bom esquema que ele montou estava manjado, e ele não conseguiu criar alternativas. Só que isso é muito superficial.
Está claro que o grande culpado dessa situação é o próprio time. Muitos em péssima fase, outros parecendo não ligar muito pro que tem acontecido em campo, alguns até fora de forma. É normal ouvirmos relatos de que 'fulano' foi visto na noitada. Perdemos o foco. E demitir o treinador faltando TRÊS RODADAS pro fim do campeonato é algo impensável e impensado. Quem será que vem agora?
A decisão da diretoria, ao meu ver, foi muito mais pra tirar o foco dos jogadores sem compromisso e da crise em que se encontra o Botafogo. Ou foi o Caio Júnior que perdeu um gol sem goleiro ontem, enquanto ainda estava zero a zero? A maioria dos pontos que perdemos se deve à falhas individuais, muitas vezes primárias. Colocar isso na conta do treinador é simplesmente ignorar a - falta de - postura de 90% do elenco.
Agora vamos para os três últimos - e muito difíceis - jogos com o mesmo time sem comprometimento e em péssima fase, só que, pra completar, agora também sem técnico. Menos pior vai ser se a bomba cair no colo do Flávio Tênnius, preparador de goleiros. Mas chegaremos aos 100% de lambança caso contratem um dos nomes especulados. Dá até calafrio de imaginar um Renê Simões da vida chegando hoje.
Enfim, culpa-se o Caio Júnior e mantêm-se os Alessandros da vida, algo já comum no Botafogo. Só que agora, restando 17 dias de campeonato, a vaga da Libertadores já escorre entre os dedos. Jogadores, absolvidos diante da decisão da diretoria, vão continuar descompromissados e pensando na noitada de mais tarde. Assim, nem Mourinho, nem Guardiola, nem Mister M dão jeito. Estamos à beira do precipício. Só falta um empurrãozinho..
Resultado: perdemos mais uma. E quando pensei que não podia piorar, vem a demissão de Caio Júnior. Vejam bem, não contesto essa decisão pelo ponto de vista técnico. Até algumas rodadas atrás, eu o fazia. Mas ele perdeu o controle do elenco e não teve capacidade de inverter a situação: o bom esquema que ele montou estava manjado, e ele não conseguiu criar alternativas. Só que isso é muito superficial.
Está claro que o grande culpado dessa situação é o próprio time. Muitos em péssima fase, outros parecendo não ligar muito pro que tem acontecido em campo, alguns até fora de forma. É normal ouvirmos relatos de que 'fulano' foi visto na noitada. Perdemos o foco. E demitir o treinador faltando TRÊS RODADAS pro fim do campeonato é algo impensável e impensado. Quem será que vem agora?
A decisão da diretoria, ao meu ver, foi muito mais pra tirar o foco dos jogadores sem compromisso e da crise em que se encontra o Botafogo. Ou foi o Caio Júnior que perdeu um gol sem goleiro ontem, enquanto ainda estava zero a zero? A maioria dos pontos que perdemos se deve à falhas individuais, muitas vezes primárias. Colocar isso na conta do treinador é simplesmente ignorar a - falta de - postura de 90% do elenco.
Agora vamos para os três últimos - e muito difíceis - jogos com o mesmo time sem comprometimento e em péssima fase, só que, pra completar, agora também sem técnico. Menos pior vai ser se a bomba cair no colo do Flávio Tênnius, preparador de goleiros. Mas chegaremos aos 100% de lambança caso contratem um dos nomes especulados. Dá até calafrio de imaginar um Renê Simões da vida chegando hoje.
Enfim, culpa-se o Caio Júnior e mantêm-se os Alessandros da vida, algo já comum no Botafogo. Só que agora, restando 17 dias de campeonato, a vaga da Libertadores já escorre entre os dedos. Jogadores, absolvidos diante da decisão da diretoria, vão continuar descompromissados e pensando na noitada de mais tarde. Assim, nem Mourinho, nem Guardiola, nem Mister M dão jeito. Estamos à beira do precipício. Só falta um empurrãozinho..
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Clássico das diferenças
Reta final, jogos decisivos, luta pelo título, pressão por uma vaga na Libertadores. Esse é o panorama atual dos sete primeiros da tabela do Brasileirão. E quando se perde um jogo diante dessas circunstâncias, a 'caça às bruxas' é algo naturalmente visto - principalmente se a derrota for em um clássico. E hoje não foi diferente. Só que, infelizmente, o problema é algo bem maior - e bem mais grave que erros de um técnico ou jogador.
Num campeonato equilibrado como o brasileiro, é comum vermos alguns tropeços. Times da parte inferior da tabela vencendo jogos contra os líderes, na maioria das vezes usando o fator casa - principalmente na reta final, quando a coisa aperta pra todo mundo. Só que, da mesma forma, também é mais que normal ver a superação, a raça, a vontade de vencer, seja pelo título ou pelo alívio de escapar da Série B. Mas, incrivelmente, não é o que os botafoguenses têm visto.
Após uma semana de descanso, treinamentos - supostamente - e várias declarações da parte do clube declarando entrega total nos últimos jogos, a torcida novamente se decepcionou com o que viu. Não simplesmente pela derrota, mas outra vez pela forma como ela se desenhou. O Botafogo simplesmente assistiu o adversário jogar, repetindo a atuação medíocre que teve contra o Figueirense.
O clássico contra o Vasco só confirmou o que todos temiam e desconfiavam: o Botafogo não tem a mesma gana pelo título dos outros concorrentes. Jogadores não demonstram sequer um pouco de vontade de marcar o nome na história do clube e do futebol brasileiro. Poderiam ser lembrados pra sempre como "os guerreiros que acordaram e reergueram um gigante", mas preferem ser mais do mesmo, da turma do "quase", que marca nossa história recente.
O Vasco, que venceu o clássico, é o grande exemplo disso. Venceram a Copa do Brasil e fizeram algo quase inédito na era dos pontos corridos - só repetido pela máquina do Cruzeiro em 2003: estão brigando até a reta final pelo título brasileiro. Isso sem falar na Sul Americana, competição na qual estão na semifinal - e nós, enquanto isso, jogamos a vaga fora pra "priorizar" o Brasileirão. São exemplo de vontade, garra, superação e, principalmente, respeito às tradições do clube, gigante como o nosso.
A briga pelo título, na minha opinião, já foi. Não adianta querer se iludir. E se o time continuar jogando dessa forma - péssima fase r inexistência de vontade - vamos deixar escapar também a vaga na Libertadores, o que seria um vexame diante do que se passou nesse campeonato. Como o clube faz total questão de dizer, mas nenhuma de cumprir: "TEM QUE TER PAIXÃO". E também vontade, determinação, dignidade e respeito. Acorda, Botafogo!
Num campeonato equilibrado como o brasileiro, é comum vermos alguns tropeços. Times da parte inferior da tabela vencendo jogos contra os líderes, na maioria das vezes usando o fator casa - principalmente na reta final, quando a coisa aperta pra todo mundo. Só que, da mesma forma, também é mais que normal ver a superação, a raça, a vontade de vencer, seja pelo título ou pelo alívio de escapar da Série B. Mas, incrivelmente, não é o que os botafoguenses têm visto.
Após uma semana de descanso, treinamentos - supostamente - e várias declarações da parte do clube declarando entrega total nos últimos jogos, a torcida novamente se decepcionou com o que viu. Não simplesmente pela derrota, mas outra vez pela forma como ela se desenhou. O Botafogo simplesmente assistiu o adversário jogar, repetindo a atuação medíocre que teve contra o Figueirense.
O clássico contra o Vasco só confirmou o que todos temiam e desconfiavam: o Botafogo não tem a mesma gana pelo título dos outros concorrentes. Jogadores não demonstram sequer um pouco de vontade de marcar o nome na história do clube e do futebol brasileiro. Poderiam ser lembrados pra sempre como "os guerreiros que acordaram e reergueram um gigante", mas preferem ser mais do mesmo, da turma do "quase", que marca nossa história recente.
O Vasco, que venceu o clássico, é o grande exemplo disso. Venceram a Copa do Brasil e fizeram algo quase inédito na era dos pontos corridos - só repetido pela máquina do Cruzeiro em 2003: estão brigando até a reta final pelo título brasileiro. Isso sem falar na Sul Americana, competição na qual estão na semifinal - e nós, enquanto isso, jogamos a vaga fora pra "priorizar" o Brasileirão. São exemplo de vontade, garra, superação e, principalmente, respeito às tradições do clube, gigante como o nosso.
A briga pelo título, na minha opinião, já foi. Não adianta querer se iludir. E se o time continuar jogando dessa forma - péssima fase r inexistência de vontade - vamos deixar escapar também a vaga na Libertadores, o que seria um vexame diante do que se passou nesse campeonato. Como o clube faz total questão de dizer, mas nenhuma de cumprir: "TEM QUE TER PAIXÃO". E também vontade, determinação, dignidade e respeito. Acorda, Botafogo!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Maicosuel voltou?
* texto escrito em 24/10
Gosto de participar de fóruns de debate sobre o Botafogo. Seja Twitter, Facebook, Orkut, blogs, sites ou fóruns em si, sempre gosto de um bom debate tático, técnico e administrativo. É legal você trocar opiniões - se for, claro, respeitando a opinião alheia - sobre o time, jogadores, táticas e todo o resto. Às vezes, através dessas discussões, aprendemos e notamos coisas que passavam despercebidas.
Só que em meio a tantos debates em diferentes oportunidades e lugares, os irmãos de escudo não conseguem entender minha opinião sobre um jogador: Maicosuel. Acham que é cornetagem pura, crítica sem fundamento, mas não é. E diante disso, resolvi fazer uma postagem aqui no blog explicando meu ponto de vista, tão combalido e incompreendido. Vamos ver se agora me entendem!
Pra começar, deixo claro que sempre gostei muito do Maicosuel e comemorei bastante a sua volta. Só que uma contratação do porte de nove milhões de reais - seja o dinheiro do clube ou não, é um investimento alto - precisa sempre ser cobrada. Principalmente se for pra vestir a camisa mais emblemática de nossa Gloriosa história. E atualmente ele não está correspondendo à confiança - e o dinheiro - depositados.
Em 2009, tínhamos um Maicosuel rápido e objetivo, que aliava seus dribles rápidos à busca pelo gol, sempre. Foi embora muito cedo. Voltou em 2010 após grande esforço do clube e começava a corresponder até se lesionar gravemente. Antes disso era o mesmo do ano anterior, com uma nova característica muito importante: em sua rápida passagem pelo futebol alemão, adquiriu a disciplina de recompor o meio e ajudou demais no combate do meio-campo. Era comum vê-lo recuperando bolas na meiuca e partindo pro ataque.
Pois bem, o que aconteceu? Após a longa e complicada recuperação de uma lesão delicada no joelho, o "Mago" voltou a campo bastante diferente. Perdeu grande parte de sua explosão, talvez pelo ganho de 10kg de massa muscular. A objetividade se perdeu; agora é normal vê-lo enfeitando lances que exigem praticidade. Recompor o meio-campo? Nem em pensamento. É comum eu apontar aos amigos no estádio, revoltado, Maicosuel olhando o adversário puxar o contra-ataque, após perder a bola.
Não sei de fato o que causa isso tudo. Se é a insegurança pós-lesão, se ainda não se adaptou ao físico 'novo', se é uma má fase - que já duraria algum tempo, né.. - ou simplesmente ele abandonou seu estilo antigo de jogar, que o tornou um projeto de ídolo no clube. Se eu o cobro, às vezes até mais que deveria, é porque sei que ele tem futebol pra isso. Não cobraria se ele fosse um Alessandro, um Somália, um Herrera. Esses simplesmente não têm solução. Maicosuel tem, só não sei qual é.
Então fica aqui o meu protesto à atual fase do nosso camisa 7, mesmo diante da consciência de suas capacidades e a esperança que surge sempre em momentos de lampejos. Onde está a magia que nos encantou, Maicosuel? Espero que elas reapareçam na cartola durante essas decisivas e derradeiras sete - pois é, SETE - rodadas.
Gosto de participar de fóruns de debate sobre o Botafogo. Seja Twitter, Facebook, Orkut, blogs, sites ou fóruns em si, sempre gosto de um bom debate tático, técnico e administrativo. É legal você trocar opiniões - se for, claro, respeitando a opinião alheia - sobre o time, jogadores, táticas e todo o resto. Às vezes, através dessas discussões, aprendemos e notamos coisas que passavam despercebidas.
Só que em meio a tantos debates em diferentes oportunidades e lugares, os irmãos de escudo não conseguem entender minha opinião sobre um jogador: Maicosuel. Acham que é cornetagem pura, crítica sem fundamento, mas não é. E diante disso, resolvi fazer uma postagem aqui no blog explicando meu ponto de vista, tão combalido e incompreendido. Vamos ver se agora me entendem!
Pra começar, deixo claro que sempre gostei muito do Maicosuel e comemorei bastante a sua volta. Só que uma contratação do porte de nove milhões de reais - seja o dinheiro do clube ou não, é um investimento alto - precisa sempre ser cobrada. Principalmente se for pra vestir a camisa mais emblemática de nossa Gloriosa história. E atualmente ele não está correspondendo à confiança - e o dinheiro - depositados.
Em 2009, tínhamos um Maicosuel rápido e objetivo, que aliava seus dribles rápidos à busca pelo gol, sempre. Foi embora muito cedo. Voltou em 2010 após grande esforço do clube e começava a corresponder até se lesionar gravemente. Antes disso era o mesmo do ano anterior, com uma nova característica muito importante: em sua rápida passagem pelo futebol alemão, adquiriu a disciplina de recompor o meio e ajudou demais no combate do meio-campo. Era comum vê-lo recuperando bolas na meiuca e partindo pro ataque.
Pois bem, o que aconteceu? Após a longa e complicada recuperação de uma lesão delicada no joelho, o "Mago" voltou a campo bastante diferente. Perdeu grande parte de sua explosão, talvez pelo ganho de 10kg de massa muscular. A objetividade se perdeu; agora é normal vê-lo enfeitando lances que exigem praticidade. Recompor o meio-campo? Nem em pensamento. É comum eu apontar aos amigos no estádio, revoltado, Maicosuel olhando o adversário puxar o contra-ataque, após perder a bola.
Não sei de fato o que causa isso tudo. Se é a insegurança pós-lesão, se ainda não se adaptou ao físico 'novo', se é uma má fase - que já duraria algum tempo, né.. - ou simplesmente ele abandonou seu estilo antigo de jogar, que o tornou um projeto de ídolo no clube. Se eu o cobro, às vezes até mais que deveria, é porque sei que ele tem futebol pra isso. Não cobraria se ele fosse um Alessandro, um Somália, um Herrera. Esses simplesmente não têm solução. Maicosuel tem, só não sei qual é.
Então fica aqui o meu protesto à atual fase do nosso camisa 7, mesmo diante da consciência de suas capacidades e a esperança que surge sempre em momentos de lampejos. Onde está a magia que nos encantou, Maicosuel? Espero que elas reapareçam na cartola durante essas decisivas e derradeiras sete - pois é, SETE - rodadas.
domingo, 30 de outubro de 2011
Para a História
A vitória tangencial do Botafogo, por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, pode parecer simples. Mas esse triunfo, válido pela 32ª rodada do Brasileirão, tem vários motivos pra entrar pra história alvinegra. Além disso, representou a volta do Glorioso à briga pelo título brasileiro, e mais um passo dado rumo às Américas. Pela matemática - que apesar de ser exata, passa longe de ser confiável no futebol -, precisamos de apenas três vitórias para confirmar nossa vaga na Libertadores 2012.
O jogo foi muito disputado desde o início, e o Botafogo acabou sentindo a ausência de Lucas, diante da inoperância ofensiva do Alessandro. O titular da posição, ontem ausente por suspensão, tem sido a principal válvula de escape do time no Engenhão. É comum vê-lo arrastando o time pra frente, capacidade que seu reserva não possui. Somando isso à má fase de Cortês - apesar de ter melhorado hoje - e à inoperância de Herrera - esse, cada vez pior - diante de um Cruzeiro desesperado e retrancado, podemos perceber a dificuldade que foi o jogo.
Maicosuel fez, finalmente, o que se espera dele: foi o jogador que conhecemos em 2009. Pra ficar perfeito, só falta voltar a ser o Mago de 2010, que além das arrancadas habilidosas e objetivas vistas hoje, também recompunha o meio-campo e ajudava na marcação - opinião minha que vocês entenderão melhor quando eu postar um texto sobre, já escrito. Elkeson não foi tão bem como na quarta-feira, mas se esforçou, correu e foi decisivo. É o que esperamos dele. O Cruzeiro assustou em lances esporádicos, mas muito pouco pra merecer algo além da derrota.
Só que nós temos o Loco. E onde tem Abreu, tem História. Em jogada de Elkeson pela esquerda, Loco completou o cruzamento com um míssil de cabeça, indefensável pra Fábio. O tento do artilheiro foi o de número 50 pelo Botafogo. Além disso, representou o topo da artilharia do Engenhão, ultrapassando Herrera e alcançando os 29 cojones em nossa casa. Não satisfeito, ele quase marcou mais um golaço, roubando a bola, passando pelo zagueiro e driblando o goleiro. Maldito zagueiro que cortou quase em cima da linha.
Jéfferson pouco trabalhou. Como pontos negativos - sempre bom registrá-los - ficam as atuações de Fábio Ferreira e Herrera, péssimos em suas funções, o que já ocorre há algum tempo. Mais uma vez, a arbitragem também prejudicou demais o Botafogo. É preciso fazer algo antes que isso nos complique de verdade. A atuação do árbitro causou revolta entre torcedores, jogadores e até comissão técnica, causando a expulsão de Caio Júnior. Acorda, diretoria!
Agora, o Botafogo terá uma semana de descanso até o próximo jogo. Os jogadores ganharam dois dias de folga e se reapresentam na terça, visando a importantíssima partida diante do Figueirense, sábado, às 19h no Engenhão. A presença da torcida será mais uma vez importantíssima. Ontem, ela teve papel fundamental, apesar de um público aquém do esperado pra um time que briga pelo título - foram apenas 15.700 presentes. Vamos lotar!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Hora errada para desistir
Após o vexame da eliminação na Sul Americana, perdendo por 4 a 1 para o fraco Santa Fé da Colômbia, vi a torcida do Botafogo entrar em colapso. Até mesmo os mais fanáticos e assíduos. Essa derrota foi apenas mais um pedacinho de uma grande bola de neve que já atropela a torcida do Botafogo há alguns anos. Só que nos abatemos no momento errado.
O Botafogo priorizou o Brasileirão desde o primeiro minuto da Copa Sul Americana. Com o time quase todo reserva nos dois jogos, o clube preferiu poupar seus principais jogadores em prol de evitar qualquer lesão - o que, de certa forma, até concordo. Só que quem entrou em campo deveria honrar a camisa que veste, coisa que não aconteceu, e por isso a eliminação abateu: não pelo resultado em si, mas pela forma como foi.
Só que a torcida do Botafogo precisa perceber a real situação. No Brasileirão, temos nossa melhor chance de comemorar algo grande dos últimos 16 anos. Além disso, somos os melhores mandantes do campeonato, e faltam apenas sete jogos pro fim do campeonato, sendo cinco deles em casa. Com apenas cinco pontos de diferença pro líder - um time que já vencemos por 4 a 0 - e ainda um confronto direto a disputar, esse certamente não é o momento ideal pra jogarmos a toalha.
Agora falando no time, a hora de mudanças já até passou. Se o Elkeson foi - acertadamente - colocado no banco de reservas devido à sua má fase, o que falta pra acontecer o mesmo ao Fábio Ferreira? Ele é, de longe, o pior jogador do time titular. E não é de hoje. Cortês também merece um puxão de orelha. Não é possível que o sucesso tenha subido à cabeça tão rapidamente a ponto de destruir todo o seu futebol.
Esperamos que o grupo tenha ao menos brio, e demonstrem muita vontade de vencer e poder de superação. Que não se enganem com a situação do Cruzeiro na tabela: Avaí foi um bom exemplo disso. Joguem em dobro, pra manter a boa campanha em casa e desfazer o vexame dos companheiros que entraram (?) em campo nessa terça-feira, na Colômbia. De ponto positivo, só o reencontro de Elkeson com o bom futebol. Esperamos que isso volte a ser comum.
A cabeça botafoguense está zonza nesse momento. Todos nós sabemos o que é isso, e infelizmente até nos acostumamos nos últimos tempos. Só que um jogo dos menos importantes não é nada diante de vários anos. Por isso, levantemos a cabeça e concedamos mais cinco votos de confiança ao time. Sábado é dia do melhor mandante voltar à sua casa, e espero que ela esteja cheia. Vamos pra cima do Cruzeiro, afinal, alguém tem que pagar o pato!
O Botafogo priorizou o Brasileirão desde o primeiro minuto da Copa Sul Americana. Com o time quase todo reserva nos dois jogos, o clube preferiu poupar seus principais jogadores em prol de evitar qualquer lesão - o que, de certa forma, até concordo. Só que quem entrou em campo deveria honrar a camisa que veste, coisa que não aconteceu, e por isso a eliminação abateu: não pelo resultado em si, mas pela forma como foi.
Só que a torcida do Botafogo precisa perceber a real situação. No Brasileirão, temos nossa melhor chance de comemorar algo grande dos últimos 16 anos. Além disso, somos os melhores mandantes do campeonato, e faltam apenas sete jogos pro fim do campeonato, sendo cinco deles em casa. Com apenas cinco pontos de diferença pro líder - um time que já vencemos por 4 a 0 - e ainda um confronto direto a disputar, esse certamente não é o momento ideal pra jogarmos a toalha.
Agora falando no time, a hora de mudanças já até passou. Se o Elkeson foi - acertadamente - colocado no banco de reservas devido à sua má fase, o que falta pra acontecer o mesmo ao Fábio Ferreira? Ele é, de longe, o pior jogador do time titular. E não é de hoje. Cortês também merece um puxão de orelha. Não é possível que o sucesso tenha subido à cabeça tão rapidamente a ponto de destruir todo o seu futebol.
Esperamos que o grupo tenha ao menos brio, e demonstrem muita vontade de vencer e poder de superação. Que não se enganem com a situação do Cruzeiro na tabela: Avaí foi um bom exemplo disso. Joguem em dobro, pra manter a boa campanha em casa e desfazer o vexame dos companheiros que entraram (?) em campo nessa terça-feira, na Colômbia. De ponto positivo, só o reencontro de Elkeson com o bom futebol. Esperamos que isso volte a ser comum.
A cabeça botafoguense está zonza nesse momento. Todos nós sabemos o que é isso, e infelizmente até nos acostumamos nos últimos tempos. Só que um jogo dos menos importantes não é nada diante de vários anos. Por isso, levantemos a cabeça e concedamos mais cinco votos de confiança ao time. Sábado é dia do melhor mandante voltar à sua casa, e espero que ela esteja cheia. Vamos pra cima do Cruzeiro, afinal, alguém tem que pagar o pato!
sábado, 22 de outubro de 2011
Explicando o inexplicável
Os jogos marcantes são comemorados pelos seus vencedores. Mas e o time que perde? Será que existe como explicar uma derrota num grande confronto como o de hoje? Vamos tentar. Alguns fatores colaboraram e muito pra essa derrota por 3x2 frente ao Avaí, na Ressacada. Vou enumerá-los, interligando e tentando encontrar alguma explicação plausível, embora essa possa simplesmente não existir.
Começo pela competência. Como é possível um time entrar com o sistema defensivo tão desligado num jogo dessa importância? Após abrir o placar no início do jogo, nossa zaga simplesmente assistiu o desesperado Avaí partir pra cima e virar a partida em seis minutos. Antônio Carlos completou 100 jogos pelo Botafogo fazendo sua pior partida com nossa camisa. Ninguém ali se salvou, nem o brigador Marcelo Mattos - que recebeu o terceiro amarelo e não enfrenta o Cruzeiro.
É praticamente impossível comentar o jogo de hoje sem falar da nossa já conhecida falta de sorte. Não conheço, em parte alguma do mundo, um time tão azarado como o Botafogo. O Avaí fez sua melhor partida no ano, como bem disse o comentarista Lédio Carmona. Até gol de bicicleta os caras fizeram, com Cléverson (!?). Do nosso lado, a bola não entrava de jeito nenhum. O goleirinho deles pegou tudo. Abusamos de perder gols. Loco perdeu livre, Maicosuel quis driblar o goleiro, Mattos perdeu no susto. Num lance isolado no fim do jogo, o Avaí chegou e fez o gol da vitória.
A má fase de vários jogadores também tem quebrado qualquer planejamento do técnico Caio Júnior - muito injustiçado nas críticas da torcida. Elkeson, Herrera, Maicosuel, Cortês e Fábio Ferreira são exemplos claros disso. Mattos também tem alternado bons jogos com péssimas atuações. Menezes, um dos melhores no primeiro tempo de hoje, também é irregular demais. O que melhorou o time foi a entrada de Léo, adiantando o Renato - esse, sempre muito bem.
Não gostaria de tocar nesse tema hoje, mas é inevitável. A arbitragem do sempre péssimo Sandro Meira Ricchi também influenciou no resultado. Nem tanto pelo impedimento no segundo gol do Avaí - realmente o lance era dificílimo, mas pelo pênalti mais que claro em cima do Loco Abreu. Sem falar, claro, nas milhões de faltas invertidas, irritando bastante os jogadores. O que pensar dessa arbitragem sempre tendenciosa? "Salve o Corinthians.."
Ou seja, deu tudo errado na noite de hoje. Mas está errado quem pensa que o sonho do título ficou pelo caminho. Nos últimos sete jogos do Botafogo no campeonato, cinco serão em nossa casa. Cenário ideal pra uma arrancada visando o caneco. A missão pela Libertadores é um pouco mais curta: pelos cálculos do jornalista Gustavo Poli, garantimos a vaga alcançando os 64 pontos.
Portanto, levanta a cabeça e vamos lotar o Engenhão. Cada um de nós pode fazer a diferença, resta acreditar e apoiar o time. As falhas acontecem, os resultados negativos às vezes são como um soco no estômago, mas não podemos esquecer: isso acontece com todos os times, e o nosso Glorioso, apesar de todos os possíveis defeitos, está na reta final da sua melhor campanha nacional dos últimos 16 anos. Valorizemos isso, nem que seja só por mais sete jogos.
Não se esqueçam nunca: ISSO AQUI É BOTAFOGO!
Começo pela competência. Como é possível um time entrar com o sistema defensivo tão desligado num jogo dessa importância? Após abrir o placar no início do jogo, nossa zaga simplesmente assistiu o desesperado Avaí partir pra cima e virar a partida em seis minutos. Antônio Carlos completou 100 jogos pelo Botafogo fazendo sua pior partida com nossa camisa. Ninguém ali se salvou, nem o brigador Marcelo Mattos - que recebeu o terceiro amarelo e não enfrenta o Cruzeiro.
É praticamente impossível comentar o jogo de hoje sem falar da nossa já conhecida falta de sorte. Não conheço, em parte alguma do mundo, um time tão azarado como o Botafogo. O Avaí fez sua melhor partida no ano, como bem disse o comentarista Lédio Carmona. Até gol de bicicleta os caras fizeram, com Cléverson (!?). Do nosso lado, a bola não entrava de jeito nenhum. O goleirinho deles pegou tudo. Abusamos de perder gols. Loco perdeu livre, Maicosuel quis driblar o goleiro, Mattos perdeu no susto. Num lance isolado no fim do jogo, o Avaí chegou e fez o gol da vitória.
A má fase de vários jogadores também tem quebrado qualquer planejamento do técnico Caio Júnior - muito injustiçado nas críticas da torcida. Elkeson, Herrera, Maicosuel, Cortês e Fábio Ferreira são exemplos claros disso. Mattos também tem alternado bons jogos com péssimas atuações. Menezes, um dos melhores no primeiro tempo de hoje, também é irregular demais. O que melhorou o time foi a entrada de Léo, adiantando o Renato - esse, sempre muito bem.
Não gostaria de tocar nesse tema hoje, mas é inevitável. A arbitragem do sempre péssimo Sandro Meira Ricchi também influenciou no resultado. Nem tanto pelo impedimento no segundo gol do Avaí - realmente o lance era dificílimo, mas pelo pênalti mais que claro em cima do Loco Abreu. Sem falar, claro, nas milhões de faltas invertidas, irritando bastante os jogadores. O que pensar dessa arbitragem sempre tendenciosa? "Salve o Corinthians.."
Ou seja, deu tudo errado na noite de hoje. Mas está errado quem pensa que o sonho do título ficou pelo caminho. Nos últimos sete jogos do Botafogo no campeonato, cinco serão em nossa casa. Cenário ideal pra uma arrancada visando o caneco. A missão pela Libertadores é um pouco mais curta: pelos cálculos do jornalista Gustavo Poli, garantimos a vaga alcançando os 64 pontos.
Portanto, levanta a cabeça e vamos lotar o Engenhão. Cada um de nós pode fazer a diferença, resta acreditar e apoiar o time. As falhas acontecem, os resultados negativos às vezes são como um soco no estômago, mas não podemos esquecer: isso acontece com todos os times, e o nosso Glorioso, apesar de todos os possíveis defeitos, está na reta final da sua melhor campanha nacional dos últimos 16 anos. Valorizemos isso, nem que seja só por mais sete jogos.
Não se esqueçam nunca: ISSO AQUI É BOTAFOGO!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Parabéns pra você!
Hoje não falaremos dos 90 minutos de futebol que aconteceram no Engenhão, em mais uma vitória do Botafogo. Seria perda de tempo, mais do mesmo. Aconteceu o óbvio: o time bem treinado e com ótimos jogadores venceu um carente e violento time pequeno do Sul. Só que esse triunfo, assim como outros - como o anterior, contra o até então líder Corinthians -, ajudou a consolidar ainda mais a nova era do Glorioso. Uma nova fase, uma nova postura. O espírito vencedor está de volta.
Podemos justificar essa nova fase com várias vertentes, mas apenas uma delas é importante agora, e completa hoje 35 anos: Washington Sebastian Abreu Gallo, o nosso Loco. Sua chegada repentina e inesperada causou, logo de cara, um enorme alvoroço em General Severiano. Uma enorme loucura. O experiente atacante uruguaio já era ídolo antes mesmo de entrar em campo. Hoje, prestes a completar dois anos de Estrela Solitária, podemos olhar pra trás com orgulho, ver com alegria o presente e imaginar com esperança o futuro.
Em 79 partidas até agora - seu recorde pessoal por um único clube -, Abreu marcou 48 gols. De pênalti, de cabeça, de canhota, de direita, chute forte, colocado, de dentro e fora da área. Já vimos gols de todos os jeitos. Quase sempre importantes e decisivos. Campeão Carioca 2010 pelo Botafogo, fazendo o gol do título, com sua inesquecível cavadinha. Indo além do preto e branco, o cara já foi, recentemente, 4º colocado da Copa do Mundo 2010 e campeão da Copa América 2011. Sem falar nos vários e vários gols pelos outros 16 clubes que defendeu.
Poderia ficar aqui relatando grandes feitos da brilhante carreira do meu - e nosso - ídolo, mas certamente eu ia cansar bem antes de conseguir explicar em palavras o que esse cara representa no futebol e, principalmente, no Botafogo. Nos trouxe de volta os ares vitoriosos que não eram mais vistos por aqui. Com um incrível espírito vitorioso e de liderança, o Loco - que de maluco não tem nada - tem um caráter sensacional, além de muita dedicação, inteligência, respeito, malandragem, malícia, raça e várias outras características presentes num ídolo.
Abreu contribuiu e muito para a nova estruturação do Botafogo. Estudou e reconheceu a grandeza do Glorioso, e aceitou nosso convite ao saber do passado recente de vices no Estadual. Chegou e venceu. "Con Loco acá, és campeón". Sempre honrou nossa camisa e brigou - até literalmente, como contra o Avaí - por ela. Hoje, lidera um grupo sedento por um título nacional. Eles merecem isso, e nós também. Afinal, em algum momento o futebol precisa ser justo.
Uma marca registrada de Abreu é a relação com a imprensa. Em uma rápida busca na internet, podemos achar várias entrevistas cômicas, trágicas e desconsertantes. Sempre corrigindo os maus profissionais, os mal informados ou até mal intencionados, é fácil conseguir uma resposta atravessada do uruguaio. Por isso, é sempre bom ficar atento às saídas dos jogos. Muitos torcedores já criaram o hábito de espiar uns minutinhos a mais, em busca de uma vítima jornalística.
E se engana quem pensa que Abreu só fez bem ao Botafogo. O atacante é tão carismático que conquista fãs em todas as torcidas do Brasil. Ele enriqueceu o futebol brasileiro de várias maneiras diferentes. É comum encontrar torcedores rivais no RJ que admiram o nosso ídolo. Uma figura única, folclórica, e que cresce quando a coisa aperta, dentro e fora de campo. Como ele gosta de dizer, "tem que ter culhão". E a mistura de seu futebol com sua personalidade forte e autêntica é fundamental pra deixar em segundo plano o seu clube atual.
Parabéns, Loco Abreu. Que você continue conosco por ainda muitos anos. Quando se aposentar, seja nosso técnico e, quando resolver se afastar do futebol, que pelo menos perpetue o seu espírito guerreiro e vitorioso, que hoje me dá - mais que o de costume - orgulho de vestir o Manto e sair por aí, ou por simplesmente avistar o número 13 onde quer que seja. Obrigado por tudo, e que isso seja coroado como merece ser no dia 04/12.
Podemos justificar essa nova fase com várias vertentes, mas apenas uma delas é importante agora, e completa hoje 35 anos: Washington Sebastian Abreu Gallo, o nosso Loco. Sua chegada repentina e inesperada causou, logo de cara, um enorme alvoroço em General Severiano. Uma enorme loucura. O experiente atacante uruguaio já era ídolo antes mesmo de entrar em campo. Hoje, prestes a completar dois anos de Estrela Solitária, podemos olhar pra trás com orgulho, ver com alegria o presente e imaginar com esperança o futuro.
Em 79 partidas até agora - seu recorde pessoal por um único clube -, Abreu marcou 48 gols. De pênalti, de cabeça, de canhota, de direita, chute forte, colocado, de dentro e fora da área. Já vimos gols de todos os jeitos. Quase sempre importantes e decisivos. Campeão Carioca 2010 pelo Botafogo, fazendo o gol do título, com sua inesquecível cavadinha. Indo além do preto e branco, o cara já foi, recentemente, 4º colocado da Copa do Mundo 2010 e campeão da Copa América 2011. Sem falar nos vários e vários gols pelos outros 16 clubes que defendeu.
Poderia ficar aqui relatando grandes feitos da brilhante carreira do meu - e nosso - ídolo, mas certamente eu ia cansar bem antes de conseguir explicar em palavras o que esse cara representa no futebol e, principalmente, no Botafogo. Nos trouxe de volta os ares vitoriosos que não eram mais vistos por aqui. Com um incrível espírito vitorioso e de liderança, o Loco - que de maluco não tem nada - tem um caráter sensacional, além de muita dedicação, inteligência, respeito, malandragem, malícia, raça e várias outras características presentes num ídolo.
Abreu contribuiu e muito para a nova estruturação do Botafogo. Estudou e reconheceu a grandeza do Glorioso, e aceitou nosso convite ao saber do passado recente de vices no Estadual. Chegou e venceu. "Con Loco acá, és campeón". Sempre honrou nossa camisa e brigou - até literalmente, como contra o Avaí - por ela. Hoje, lidera um grupo sedento por um título nacional. Eles merecem isso, e nós também. Afinal, em algum momento o futebol precisa ser justo.
Uma marca registrada de Abreu é a relação com a imprensa. Em uma rápida busca na internet, podemos achar várias entrevistas cômicas, trágicas e desconsertantes. Sempre corrigindo os maus profissionais, os mal informados ou até mal intencionados, é fácil conseguir uma resposta atravessada do uruguaio. Por isso, é sempre bom ficar atento às saídas dos jogos. Muitos torcedores já criaram o hábito de espiar uns minutinhos a mais, em busca de uma vítima jornalística.
E se engana quem pensa que Abreu só fez bem ao Botafogo. O atacante é tão carismático que conquista fãs em todas as torcidas do Brasil. Ele enriqueceu o futebol brasileiro de várias maneiras diferentes. É comum encontrar torcedores rivais no RJ que admiram o nosso ídolo. Uma figura única, folclórica, e que cresce quando a coisa aperta, dentro e fora de campo. Como ele gosta de dizer, "tem que ter culhão". E a mistura de seu futebol com sua personalidade forte e autêntica é fundamental pra deixar em segundo plano o seu clube atual.
Parabéns, Loco Abreu. Que você continue conosco por ainda muitos anos. Quando se aposentar, seja nosso técnico e, quando resolver se afastar do futebol, que pelo menos perpetue o seu espírito guerreiro e vitorioso, que hoje me dá - mais que o de costume - orgulho de vestir o Manto e sair por aí, ou por simplesmente avistar o número 13 onde quer que seja. Obrigado por tudo, e que isso seja coroado como merece ser no dia 04/12.
Ficam faltando, obviamente, gols marcados após a edição/criação do vídeo
UH, EL LOCO!
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Sendo O Glorioso
O momento era totalmente adverso, e a rodada bastante ingrata. Após empatar com o Bahia, o Botafogo visitaria o líder Corinthians com vários jogadores muito contestados, e com o estádio lotado pela fanática Fiel. Além disso, nossos adversários diretos teriam jogos teoricamente mais fáceis. Mas a noite dessa quarta-feira mostrou mais uma vez que com futebol e, principalmente com Botafogo, não existe nenhuma teoria.
O sentimento era o pior possível. O vôo de volta do goleirão Jéfferson atrasou e inviabilizou sua participação no nosso jogo. Minutos antes da partida, o Botafogo divulgou a escalação com Menezes na vaga de Herrera, causando mais contestações ao técnico Caio Júnior. Além de tudo isso, ainda teríamos Alessandro na vaga do suspenso Lucas. Mas a noite reservava várias outras surpresas..
Contrariando a covarde postura fora de casa que infelizmente marca nossa campanha até aqui, o Botafogo começou mordendo. E chegou ao gol, anulado pelo bandeirinha - agora eles nem disfarçam mais, não há nenhum raciocínio lógico pra explicar aquele "erro". Mas o Botafogo, guerreiro, mostrou finalmente sede pelo título e continuou mandando no jogo. Não demoramos muito pra abrir o placar. O autor do gol eu nem preciso falar, né? Abreu se torna mais ídolo a cada partida.
Sem recuar nem com a vantagem no placar, o Glorioso ampliou pra dois a zero - que seriam três se o bandeira deixasse - e procurou controlar a posse de bola. A entrada de Felipe Menezes acabou sendo fundamental técnica e taticamente. Centralizado, ele liberou Maicosuel e Elkeson pelos flancos, de onde saíram nossos dois gols. Com a vontade de hoje, vamos longe. Não existe time que nos segure, nem juiz, nem bandeirinha, nem um "bando de loucos".
O segundo tempo foi apertado, mas a garra mostrava, junto com uma sorte incomum, que nada passaria ali. Suamos sangue - literalmente, no caso de Fábio Ferreira - e seguramos o placar até o final. Vitória épica, que devolve o Botafogo à briga pelo título, e dá uma tranquilidade a mais na briga pela Libertadores. A dois pontos do líder Corinthians, o tão citado "jogo a menos" se torna cada vez mais decisivo. E ele está perto: acontecerá no próximo dia 19.
Sinto a obrigação de fazer justiça: sem entrar nos méritos da qualidade técnica e do histórico de cada um, os contestados fizeram uma excelente partida: Renan, Alessandro, Fábio Ferreira, Felipe Menezes e Maicosuel. Mattos voltou a mostrar seu grande futebol. Sem deixar de lado o técnico Caio Jr - sobre o qual discordo da maioria das críticas - que teve sua ousadia premiada com os três pontos.
Como nem tudo é perfeito, vale ressaltar as atuações dos recém-convocados Cortês e Elkeson. O lateral foi expulso com dois cartões bobos e poderia ter prejudicado o time. Já o meia, apesar de ter criado o lance do primeiro gol, se embolou com a bola por várias vezes. É preciso conversar com esses garotos, que vêm de uma sequência de atuações que estão bastante aquém do futebol que os levou à Seleção Brasileira. Não podem deixar o sucesso subir à cabeça.
Agora, é preciso voltar à campanha de melhor mandante e vencer o traiçoeiro Atlético-PR. Não podemos dar espaço para as zebras. Faltam dez jogos pra marcarmos 2011 na história do Botafogo de Futebol e Regatas. Espero que, dessa vez, a torcida volte a fazer sua parte. Pra satisfação geral, a lotação máxima é o objetivo no Engenhão, domingo, às 16 horas. Finalmente de volta à nossa casa!
Pra encerrar, falando em satisfação, é necessário registrar aqui: SATISFAÇÃO mesmo é ver um atacante consagrado, de nome feito e de cima de seus quase dois metros e 35 anos, se matando em campo por respeito à nossa história Gloriosa. Obrigado, Abreu, por mais um show de postura. Vê-lo jogando de beque central e organizando a zaga no fim do jogo me trouxe lágrimas aos olhos. Afinal, pra quê um "bando de loucos", se apenas um resolve os nossos problemas?
O sentimento era o pior possível. O vôo de volta do goleirão Jéfferson atrasou e inviabilizou sua participação no nosso jogo. Minutos antes da partida, o Botafogo divulgou a escalação com Menezes na vaga de Herrera, causando mais contestações ao técnico Caio Júnior. Além de tudo isso, ainda teríamos Alessandro na vaga do suspenso Lucas. Mas a noite reservava várias outras surpresas..
Contrariando a covarde postura fora de casa que infelizmente marca nossa campanha até aqui, o Botafogo começou mordendo. E chegou ao gol, anulado pelo bandeirinha - agora eles nem disfarçam mais, não há nenhum raciocínio lógico pra explicar aquele "erro". Mas o Botafogo, guerreiro, mostrou finalmente sede pelo título e continuou mandando no jogo. Não demoramos muito pra abrir o placar. O autor do gol eu nem preciso falar, né? Abreu se torna mais ídolo a cada partida.
Sem recuar nem com a vantagem no placar, o Glorioso ampliou pra dois a zero - que seriam três se o bandeira deixasse - e procurou controlar a posse de bola. A entrada de Felipe Menezes acabou sendo fundamental técnica e taticamente. Centralizado, ele liberou Maicosuel e Elkeson pelos flancos, de onde saíram nossos dois gols. Com a vontade de hoje, vamos longe. Não existe time que nos segure, nem juiz, nem bandeirinha, nem um "bando de loucos".
O segundo tempo foi apertado, mas a garra mostrava, junto com uma sorte incomum, que nada passaria ali. Suamos sangue - literalmente, no caso de Fábio Ferreira - e seguramos o placar até o final. Vitória épica, que devolve o Botafogo à briga pelo título, e dá uma tranquilidade a mais na briga pela Libertadores. A dois pontos do líder Corinthians, o tão citado "jogo a menos" se torna cada vez mais decisivo. E ele está perto: acontecerá no próximo dia 19.
Sinto a obrigação de fazer justiça: sem entrar nos méritos da qualidade técnica e do histórico de cada um, os contestados fizeram uma excelente partida: Renan, Alessandro, Fábio Ferreira, Felipe Menezes e Maicosuel. Mattos voltou a mostrar seu grande futebol. Sem deixar de lado o técnico Caio Jr - sobre o qual discordo da maioria das críticas - que teve sua ousadia premiada com os três pontos.
Como nem tudo é perfeito, vale ressaltar as atuações dos recém-convocados Cortês e Elkeson. O lateral foi expulso com dois cartões bobos e poderia ter prejudicado o time. Já o meia, apesar de ter criado o lance do primeiro gol, se embolou com a bola por várias vezes. É preciso conversar com esses garotos, que vêm de uma sequência de atuações que estão bastante aquém do futebol que os levou à Seleção Brasileira. Não podem deixar o sucesso subir à cabeça.
Agora, é preciso voltar à campanha de melhor mandante e vencer o traiçoeiro Atlético-PR. Não podemos dar espaço para as zebras. Faltam dez jogos pra marcarmos 2011 na história do Botafogo de Futebol e Regatas. Espero que, dessa vez, a torcida volte a fazer sua parte. Pra satisfação geral, a lotação máxima é o objetivo no Engenhão, domingo, às 16 horas. Finalmente de volta à nossa casa!
Pra encerrar, falando em satisfação, é necessário registrar aqui: SATISFAÇÃO mesmo é ver um atacante consagrado, de nome feito e de cima de seus quase dois metros e 35 anos, se matando em campo por respeito à nossa história Gloriosa. Obrigado, Abreu, por mais um show de postura. Vê-lo jogando de beque central e organizando a zaga no fim do jogo me trouxe lágrimas aos olhos. Afinal, pra quê um "bando de loucos", se apenas um resolve os nossos problemas?
domingo, 9 de outubro de 2011
Torcida de resultado
Poderia falar hoje, mais uma vez, das falhas do Renan. Poderia citar também a displicência de Cortês, Marcelo Mattos e até Elkeson - comparado com o que ele sabe jogar. Caberia também reclamar do juiz, que deu um pênalti que foi, sim, falta, mas que acontece vinte vezes num jogo, e também as três mãos que ele deixou de marcar dentro da área dos caras. Tem também o sumiço de Maicosuel em campo, ou o péssimo Fábio Ferreira, que seria driblado até pela minha vó. Sem falar na bola na trave, no último lance, que entraria se fosse com qualquer outro dos 19 clubes.
Mas, meus amigos, torcida que quer ser campeã não pode colocar SEIS MIL PESSOAS num jogo decisivo como o de hoje. É uma coisa que vem me incomodando há tempos. Se o time está em ótima fase, a torcida lota, e todo mundo acha lindo. E seria, se ela fizesse o mesmo quando o time realmente precisa de apoio. E não me importa que alguns deles não mereçam, porque a obrigação de ser botafoguense é nossa, não deles. Ou será que vocês cantam "MAS NUNCA PAREI DE CANTAR" e "NINGUÉM CALA ESSE NOSSO AMOR" da boca pra fora?
Protestamos - virtualmente - contra as cadeiras vermelhas, eu mesmo fiz uma postagem aqui criticando muito. Mas pensando bem, qual outra maneira de obter renda com aqueles setores? Se dependermos da torcida estamos na merda, essa é a grande verdade. Não dá pra se vangloriar de lotar quando tá sobrando, mas deixar o time na mão quando a coisa aperta.
Vejam bem, não estou isentando os jogadores de culpa por outro tropeço em casa. Só acho que, pra cobrar, a torcida precisa fazer sua parte. Principalmente se o objetivo é o título. Torcida não ganha jogo, mas empurra e inspira o time, além de ajudar o clube em termos de renda com ingresso. Afinal, pra cobrar os jogadores que estão aquém do que podem, é preciso estar no estádio. Ou vocês acham que eles lêem o que vocês publicam na internet?
Amigos, o assunto é muito sério. É bem mais que um estádio cheio cantando, bem mais que o valor da renda. É mostrar pra todo mundo que AQUI É BOTAFOGO SIM, E QUEM MANDA NESSA PORRA É A GENTE! Ou vocês tão satisfeitos com tudo isso? Ou vamos ficar culpando a Globo e a CBF por cada bandido que entra em nossa casa e rouba absurdamente, enquanto a imprensa ignora e chama de "chororô"? Como disse o mestre Armando, "O BOTAFOGO SOU EU, SIM SENHOR!" Quem me dera que metade da torcida pensasse assim..
Então que tal largar o biscoito e o refrigerante, levantar a bunda desse sofá e ir pro estádio? Por vezes vamos ganhar, outras empatar e talvez até perder. Isso faz parte do esporte. Mas vamos poder dizer que fizemos nossa parte, e que lutamos contra tudo e contra todos. Se não der, aí sim, paciência, lotemos General pra protestar. Ou a faixa "O BOTAFOGO É UMA FORTALEZA E SUA TORCIDA JAMAIS SE RENDERÁ" é só um enfeite pras cadeiras azuis? ACORDA, NAÇÃO ALVINEGRA!!!
Mas, meus amigos, torcida que quer ser campeã não pode colocar SEIS MIL PESSOAS num jogo decisivo como o de hoje. É uma coisa que vem me incomodando há tempos. Se o time está em ótima fase, a torcida lota, e todo mundo acha lindo. E seria, se ela fizesse o mesmo quando o time realmente precisa de apoio. E não me importa que alguns deles não mereçam, porque a obrigação de ser botafoguense é nossa, não deles. Ou será que vocês cantam "MAS NUNCA PAREI DE CANTAR" e "NINGUÉM CALA ESSE NOSSO AMOR" da boca pra fora?
Será que não é por isso que o Botafogo tem virado terra-de-ninguém? Qualquer juizinho vem aqui e mete a mão, qualquer jogadorzinho merda faz gol e sacaneia a gente, qualquer lixo vem pra cá e é titular por anos e anos sem sequer ser contestado - às vezes é até aplaudido e idolatrado. Reclamamos da falta de títulos, de resultados, mas será que não temos realmente nossa parcela de culpa nisso? Cadê a torcida pra botar pressão em adversários e juízes, e botar pra correr esses sanguessugas que volta e meia aparecem e criam raízes em Gal. Severiano?
Protestamos - virtualmente - contra as cadeiras vermelhas, eu mesmo fiz uma postagem aqui criticando muito. Mas pensando bem, qual outra maneira de obter renda com aqueles setores? Se dependermos da torcida estamos na merda, essa é a grande verdade. Não dá pra se vangloriar de lotar quando tá sobrando, mas deixar o time na mão quando a coisa aperta.
Vejam bem, não estou isentando os jogadores de culpa por outro tropeço em casa. Só acho que, pra cobrar, a torcida precisa fazer sua parte. Principalmente se o objetivo é o título. Torcida não ganha jogo, mas empurra e inspira o time, além de ajudar o clube em termos de renda com ingresso. Afinal, pra cobrar os jogadores que estão aquém do que podem, é preciso estar no estádio. Ou vocês acham que eles lêem o que vocês publicam na internet?
Os 6 mil guerreiros de ontem em SJ. Muito pouco! (Foto: Thiago Portela)
Amigos, o assunto é muito sério. É bem mais que um estádio cheio cantando, bem mais que o valor da renda. É mostrar pra todo mundo que AQUI É BOTAFOGO SIM, E QUEM MANDA NESSA PORRA É A GENTE! Ou vocês tão satisfeitos com tudo isso? Ou vamos ficar culpando a Globo e a CBF por cada bandido que entra em nossa casa e rouba absurdamente, enquanto a imprensa ignora e chama de "chororô"? Como disse o mestre Armando, "O BOTAFOGO SOU EU, SIM SENHOR!" Quem me dera que metade da torcida pensasse assim..
Então que tal largar o biscoito e o refrigerante, levantar a bunda desse sofá e ir pro estádio? Por vezes vamos ganhar, outras empatar e talvez até perder. Isso faz parte do esporte. Mas vamos poder dizer que fizemos nossa parte, e que lutamos contra tudo e contra todos. Se não der, aí sim, paciência, lotemos General pra protestar. Ou a faixa "O BOTAFOGO É UMA FORTALEZA E SUA TORCIDA JAMAIS SE RENDERÁ" é só um enfeite pras cadeiras azuis? ACORDA, NAÇÃO ALVINEGRA!!!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Objetivo pessoal
Se você é botafoguense além de palavras bonitas e frases feitas, o seu caminho neste sábado é o mesmo que o meu: parada em São Januário, famoso "Chiqueirão", rumo à vaga da Libertadores e, quem sabe, ao título. Vamos por partes. Precisamos de sete vitórias para voltar à briga pelas Américas, e a primeira delas precisa vir amanhã. Só que não apenas por motivos de conta.
Sei que é chato ter de jogar em um lugar que nem de longe lembra a grandeza, o conforto e a modernidade de nossa casa, e concordo com as críticas às prioridades da diretoria - apesar de os dois shows do Justin Biba renderem R$2 milhões aos nossos cofres. Mas o sacrifício é válido e necessário pra quem persegue um objetivo, e amanhã temos uma motivação a mais para brigar pelos três pontos.
O adversário é ninguém mais, ninguém menos que o caquético e patético Joel Santana, ex-treinador de futebol e atual marketeiro e palhaço de circo. Não satisfeito em nos tirar do sério enquanto frequentava terras alvinegras, o pseudo-lenda vive sujando o nome do nosso clube em asneiras que defeca pela boca. É muito ônus por um título de Carioquinha. Ontem, por exemplo, menosprezou o Caio Júnior e se comparou a Felipão, Zagallo e Parreira. Se enxerga, pinguço!
Enquanto fala besteiras por aí, Joel 'treina' o Bahia, clube que o contratou após afundar também o Cruzeiro. Já o imagino, muito em breve, figurando em clubes pequenos de divisões inferiores, o que estaria mais de acordo com suas capacidades. Espero que não fique apenas na imaginação, pelo bem do futebol. Um cara que têm um mês inteiro vazio pra treinar e aparece depois da Copa mandando "jogar a bola no feijão e pronto" não merece vaga em lugar algum.
Mas sobre o jogo, que é o que nos interessa de fato, é preciso ter cuidado. Além de se atrapalhar com gramados de dimensões grandes - caso de São Januário -, o Botafogo tem pela frente um time chato e brigador, apesar de limitado. Eles têm bons valores individuais como o goleiro Marcelo Lomba, o zagueiro Paulo Miranda, o lateral Dodô e o meia Lulinha, além de Carlos Alberto - afim de jogar, tem enorme potencial. Além disso, o Bahia vem fechadinho na defesa - que surpresa! -, o que sempre dificulta. Então, paciência é a palavra chave pra time e torcida.
É hora de jogar do lado do time. Incentivar, apoiar, cobrar na hora certa, participar. Ser o 12º jogador como já fomos em outras situações. Eles estão precisando de nós, e merecem. Ninguém joga trinta e oito rodadas em alto nível e sem tropeçar. Que os erros fiquem no passado. Passado esse que, representado por Joel, Souza, Reinaldo e Fahel, deve ser vaiado, xingado e chutado pra longe amanhã. Pra cima deles, porra! AQUI É BOTAFOGO!
Sei que é chato ter de jogar em um lugar que nem de longe lembra a grandeza, o conforto e a modernidade de nossa casa, e concordo com as críticas às prioridades da diretoria - apesar de os dois shows do Justin Biba renderem R$2 milhões aos nossos cofres. Mas o sacrifício é válido e necessário pra quem persegue um objetivo, e amanhã temos uma motivação a mais para brigar pelos três pontos.
O adversário é ninguém mais, ninguém menos que o caquético e patético Joel Santana, ex-treinador de futebol e atual marketeiro e palhaço de circo. Não satisfeito em nos tirar do sério enquanto frequentava terras alvinegras, o pseudo-lenda vive sujando o nome do nosso clube em asneiras que defeca pela boca. É muito ônus por um título de Carioquinha. Ontem, por exemplo, menosprezou o Caio Júnior e se comparou a Felipão, Zagallo e Parreira. Se enxerga, pinguço!
Enquanto fala besteiras por aí, Joel 'treina' o Bahia, clube que o contratou após afundar também o Cruzeiro. Já o imagino, muito em breve, figurando em clubes pequenos de divisões inferiores, o que estaria mais de acordo com suas capacidades. Espero que não fique apenas na imaginação, pelo bem do futebol. Um cara que têm um mês inteiro vazio pra treinar e aparece depois da Copa mandando "jogar a bola no feijão e pronto" não merece vaga em lugar algum.
Mas sobre o jogo, que é o que nos interessa de fato, é preciso ter cuidado. Além de se atrapalhar com gramados de dimensões grandes - caso de São Januário -, o Botafogo tem pela frente um time chato e brigador, apesar de limitado. Eles têm bons valores individuais como o goleiro Marcelo Lomba, o zagueiro Paulo Miranda, o lateral Dodô e o meia Lulinha, além de Carlos Alberto - afim de jogar, tem enorme potencial. Além disso, o Bahia vem fechadinho na defesa - que surpresa! -, o que sempre dificulta. Então, paciência é a palavra chave pra time e torcida.
É hora de jogar do lado do time. Incentivar, apoiar, cobrar na hora certa, participar. Ser o 12º jogador como já fomos em outras situações. Eles estão precisando de nós, e merecem. Ninguém joga trinta e oito rodadas em alto nível e sem tropeçar. Que os erros fiquem no passado. Passado esse que, representado por Joel, Souza, Reinaldo e Fahel, deve ser vaiado, xingado e chutado pra longe amanhã. Pra cima deles, porra! AQUI É BOTAFOGO!
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Tem que ser malandro
O grande jogo entre Botafogo e São Paulo envolveria um grande número de protagonistas. Jogadores de qualidade e personalidade. Dos dois lados. E ao tentar saber quem foi decisivo nessa partida, você pode pensar em muitos nomes. Loco Abreu, Rogério Ceni, Marcelo Mattos, Lucas, Maicosuel, Rivaldo.. não, não foi nenhum desses. Pelo menos ao meu ver. Todos participaram, e bem, do jogo. Mas quem decidiu mesmo o jogo não foi nenhum desses. Ele não é um jogador. Aliás, ele não é nem um ser humano.
Eu estou falando do cartão amarelo recebido pelo goleiro Jéfferson, após fazer a conhecida 'cera' pra garantir a vitória sobre o Grêmio no Olímpico. O problema é que ele estava pendurado. Mas, ora, ele não sabia disso? Achava que não seria punido? Pois é, foi o que me inspirou pra essa postagem de hoje. Falta ao Botafogo a malandragem, a malícia de um time campeão. Sabendo da decisão do fim de semana, custava Jéfferson chamar um jogador de defesa pra bater o tiro de meta?
Isso não é uma crítica direta ao nosso goleiro de Seleção. Só acho que faltou percepção. Não só a ele, mas de um modo geral. Alguns alegaram que ele pode ter forçado, mas não faria sentido. O jogo de ontem era uma 'decisão' e não atrapalharia a ida dele à Copa Rocca. E levando em conta que ele vai perder os próximos 3 jogos - um pela Sul Americana e dois pelo BR11 - faria muito mais sentido ele ter forçado o cartão no próprio jogo contra o São Paulo.
Enfim, explicado isso, vamos ao motivo de tanta ladainha diante de um simples cartão: Renan entrou em seu lugar e foi mais do que decisivo pro empate com gosto de derrota. Time que quer ser campeão não pode abrir 2 a 0 em casa e ceder o empate a um concorrente direto pelo título e pela Libertadores. E isso agrava-se mais em caso de enorme parcela de culpa de apenas um jogador.
Podem falar do gol perdido pelo Loco, da alteração errada do Caio Júnior, mas nada pode ser comparado às falhas bisonhas do goleiro reserva. Tudo começou na infantil atitude de pegar um claro recuo com as mãos. Antes de ser bom ou mau goleiro, você tem de saber as regras. Depois, erro grotesco no primeiro gol ao soltar a bola nos pés do atacante, nos fazendo lembrar o triste passado recente envolvendo a camisa 1. Sem falar nas várias espanadas com os pés e com as mãos. Ele simplesmente desestabilizou o time - que percebeu a insegurança que havia na nossa baliza.
Loco Abreu perdeu, sim, um gol feito. Mas fez outros dois - sem nem entrar no mérito de outras partidas. Decisivo sempre, mas nenhum atacante no mundo é 100% de aproveitamento. Eles também perderam gols. Caio Jr mexeu mal, mas que diferença isso faria no resultado, não fosse o frango que botou os caras no jogo? Isso basta pra concluirmos que a atuação de Renan simplesmente destoou - junto com a atuação bisonha de Herrera - do resto do jogo.
Um jogão, por sinal. É preciso reconhecer os méritos do adversário, que é um time traiçoeiro e bem armado, que sabe como nenhum outro, até agora, jogar um campeonato de pontos corridos. Mesmo apontado como time 'frio', retrancado, previsível, o São Paulo papou três Brasileirões consecutivos, Libertadores e Mundial. Isso nos últimos seis anos. Resultados de um clube estruturado, e mais um modelo a se seguir. Estamos nos estruturando e muito. Que venham os títulos.
Além da falta de malandragem no jogo contra o Grêmio, outra coisa me incomoda muito: a incapacidade do Botafogo em segurar resultados. Nunca vi o Botafogo, tendo a vantagem no placar, tocar a bola no ataque pra administrar o resultado. É só prender a bola lá na frente. Perdeu a posse, faz a falta, mas no campo de ataque. Por não fazer isso, somos o time que mais sofre gol nos últimos minutos da partida. Isso não pode acontecer mais, de jeito nenhum.
Que esse 2 a 2 com gosto de derrota sirva de exemplo pra adquirirmos e malícia de um time campeão. E que o resultado comprometido pela atuação de Renan se transforme em muito treinamento e dedicação, visando mudar essa péssima imagem que ficou. Precisamos de boas atuações do nosso camisa 12, visto que temos o melhor goleiro brasileiro vestindo a nossa 1, e estará muitas vezes à serviço da Seleção. Acorda, garoto!
Eu estou falando do cartão amarelo recebido pelo goleiro Jéfferson, após fazer a conhecida 'cera' pra garantir a vitória sobre o Grêmio no Olímpico. O problema é que ele estava pendurado. Mas, ora, ele não sabia disso? Achava que não seria punido? Pois é, foi o que me inspirou pra essa postagem de hoje. Falta ao Botafogo a malandragem, a malícia de um time campeão. Sabendo da decisão do fim de semana, custava Jéfferson chamar um jogador de defesa pra bater o tiro de meta?
Isso não é uma crítica direta ao nosso goleiro de Seleção. Só acho que faltou percepção. Não só a ele, mas de um modo geral. Alguns alegaram que ele pode ter forçado, mas não faria sentido. O jogo de ontem era uma 'decisão' e não atrapalharia a ida dele à Copa Rocca. E levando em conta que ele vai perder os próximos 3 jogos - um pela Sul Americana e dois pelo BR11 - faria muito mais sentido ele ter forçado o cartão no próprio jogo contra o São Paulo.
Enfim, explicado isso, vamos ao motivo de tanta ladainha diante de um simples cartão: Renan entrou em seu lugar e foi mais do que decisivo pro empate com gosto de derrota. Time que quer ser campeão não pode abrir 2 a 0 em casa e ceder o empate a um concorrente direto pelo título e pela Libertadores. E isso agrava-se mais em caso de enorme parcela de culpa de apenas um jogador.
Podem falar do gol perdido pelo Loco, da alteração errada do Caio Júnior, mas nada pode ser comparado às falhas bisonhas do goleiro reserva. Tudo começou na infantil atitude de pegar um claro recuo com as mãos. Antes de ser bom ou mau goleiro, você tem de saber as regras. Depois, erro grotesco no primeiro gol ao soltar a bola nos pés do atacante, nos fazendo lembrar o triste passado recente envolvendo a camisa 1. Sem falar nas várias espanadas com os pés e com as mãos. Ele simplesmente desestabilizou o time - que percebeu a insegurança que havia na nossa baliza.
Loco Abreu perdeu, sim, um gol feito. Mas fez outros dois - sem nem entrar no mérito de outras partidas. Decisivo sempre, mas nenhum atacante no mundo é 100% de aproveitamento. Eles também perderam gols. Caio Jr mexeu mal, mas que diferença isso faria no resultado, não fosse o frango que botou os caras no jogo? Isso basta pra concluirmos que a atuação de Renan simplesmente destoou - junto com a atuação bisonha de Herrera - do resto do jogo.
Um jogão, por sinal. É preciso reconhecer os méritos do adversário, que é um time traiçoeiro e bem armado, que sabe como nenhum outro, até agora, jogar um campeonato de pontos corridos. Mesmo apontado como time 'frio', retrancado, previsível, o São Paulo papou três Brasileirões consecutivos, Libertadores e Mundial. Isso nos últimos seis anos. Resultados de um clube estruturado, e mais um modelo a se seguir. Estamos nos estruturando e muito. Que venham os títulos.
Além da falta de malandragem no jogo contra o Grêmio, outra coisa me incomoda muito: a incapacidade do Botafogo em segurar resultados. Nunca vi o Botafogo, tendo a vantagem no placar, tocar a bola no ataque pra administrar o resultado. É só prender a bola lá na frente. Perdeu a posse, faz a falta, mas no campo de ataque. Por não fazer isso, somos o time que mais sofre gol nos últimos minutos da partida. Isso não pode acontecer mais, de jeito nenhum.
Que esse 2 a 2 com gosto de derrota sirva de exemplo pra adquirirmos e malícia de um time campeão. E que o resultado comprometido pela atuação de Renan se transforme em muito treinamento e dedicação, visando mudar essa péssima imagem que ficou. Precisamos de boas atuações do nosso camisa 12, visto que temos o melhor goleiro brasileiro vestindo a nossa 1, e estará muitas vezes à serviço da Seleção. Acorda, garoto!
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A sorte sorriu
A humilhante derrota por 5 a 0 diante do Coritiba e o empate morno com o Flamengo deram uma freada na empolgação do time e da torcida, que era enorme depois da expressiva vitória sobre o Ceará, num Engenhão lotado. Por um lado, isso era até importante. Esses resultados serviram pra colocarmos a cabeça no lugar e voltar àquele espírito que nos levava ao topo. Cabeça erguida, concentração e a rodada 25 pela frente.
Olhando os jogos, a apreensão aumentava. Todos os concorrentes do bolo de cima pegariam adversários não tão complicados, enquanto nós visitaríamos o Grêmio no Olímpico, cenário no qual não vencíamos desde 1995, ano do nosso último título nacional. Na primeira noite de rodada, apenas o Fluminense fez o dever de casa, enquanto Flamengo tropeçou no Galo (valeu, freguês!), Figueirense segurou o Inter, e São Paulo e Corinthians empataram entre si.
A quinta-feira chegou trazendo um friozinho estranho na barriga. Confesso que estava bastante descrente da vitória, seja por nossa postura fora de casa, pelo tabu no Olímpico, ou mesmo pelo momento de ascenção do Grêmio, que sempre é forte no Sul. Horas antes da partida, ainda em sala de aula, ouço a conversa de um professor, flamenguista fanático, e um colega de faculdade, botafoguense: "É jogo difícil, mas vocês têm o Loco. Ele joga, né?". Sorri, desconfiado.
Mal sabia eu que essa frase faria muito sentido algumas horas mais tarde. Parece clichê, mas é a grande verdade: quando TODO MUNDO desconfia, descrê, desacredita, o Botafogo surpreende. Mesmo assim, algo me fez ir em frente, matar a aula seguinte e correr pra casa. "Ser Botafogo é insistir e crer onde os fracos desistem", disse Arthur da Távola. E assim somos. Enfim, enxuguemos as lágrimas e vamos ao jogo.
Engana-se quem olha o resultado e pensa: "finalmente o Botafogo se impôs jogando fora de casa!". Quem dera, amigos. O que vimos, durante todo o primeiro tempo, foi o velho Botafogo visitante. Sem ousadia, sem criatividade e totalmente inseguro lá atrás. Ah, se não fosse o Jéfferson! Nosso homem de gelo pegou tudo, além de o Grêmio ter errado tudo o que o Coritiba acertou semana passada. Intervalo pra xingar todo mundo, respirar e voltar pra segunda etapa.
Incrivelmente, resolvi não xingar o Caio Júnior por suas substituições, mesmo percebendo que Alessandro estaria em campo e isso poderia nos custar a vitória. Felipe Menezes também entrou pra aumentar o sono do meio-campo. Saíram Lucas e Herrera, ambos com cartão. Como esperado, nada mudou, apesar de pequenos lampejos de ousadia, quase todos de Maicosuel.
Em meio a muitos ataques do Grêmio e milagres de Jéfferson, a sorte resolveu sorrir pra nós. Bela jogada de Maicosuel, que foi inteligente e rolou na hora certa pro Loco Abreu. Ah, o Loco Abreu.. Quando dominou, eu já comemorava. Bola na rede e lágrima no rosto. "Como é bom ter um ídolo", pensei eu. Cada novo gol importantíssimo do nosso uruguaio me faz sentir isso como se fosse o primeiro. Obrigado, Loco!
Mesmo pedindo pra tomar gol e desperdiçando vários contra-ataques - o que rendeu um verdadeiro esporro de Abreu ao fim do jogo -, o time conseguiu segurar o placar até o final. Vitória com muita sorte, que não vai aparecer sempre. Por isso, é necessário que o time conserte pra ontem os erros de sempre. Quem quer ser campeão não pode dar só três chutes a gol e levar mais de vinte. O meio-campo precisa acordar e armar. A zaga precisa se arrumar, não é mesmo, Fábio Ferreira?
A sorte ainda mandou um último recado, através do empate do líder Vasco com o mediano Atlético-GO: "hoje eu faço minha parte, mas amanhã é com vocês". Domingo é dia de mais uma decisão. A próxima rodada promete ser decisiva, e se fizermos nossa parte, a coisa pode ficar muito boa. Mas isso fica pro próximo post..
Saudações!
Olhando os jogos, a apreensão aumentava. Todos os concorrentes do bolo de cima pegariam adversários não tão complicados, enquanto nós visitaríamos o Grêmio no Olímpico, cenário no qual não vencíamos desde 1995, ano do nosso último título nacional. Na primeira noite de rodada, apenas o Fluminense fez o dever de casa, enquanto Flamengo tropeçou no Galo (valeu, freguês!), Figueirense segurou o Inter, e São Paulo e Corinthians empataram entre si.
A quinta-feira chegou trazendo um friozinho estranho na barriga. Confesso que estava bastante descrente da vitória, seja por nossa postura fora de casa, pelo tabu no Olímpico, ou mesmo pelo momento de ascenção do Grêmio, que sempre é forte no Sul. Horas antes da partida, ainda em sala de aula, ouço a conversa de um professor, flamenguista fanático, e um colega de faculdade, botafoguense: "É jogo difícil, mas vocês têm o Loco. Ele joga, né?". Sorri, desconfiado.
Mal sabia eu que essa frase faria muito sentido algumas horas mais tarde. Parece clichê, mas é a grande verdade: quando TODO MUNDO desconfia, descrê, desacredita, o Botafogo surpreende. Mesmo assim, algo me fez ir em frente, matar a aula seguinte e correr pra casa. "Ser Botafogo é insistir e crer onde os fracos desistem", disse Arthur da Távola. E assim somos. Enfim, enxuguemos as lágrimas e vamos ao jogo.
Engana-se quem olha o resultado e pensa: "finalmente o Botafogo se impôs jogando fora de casa!". Quem dera, amigos. O que vimos, durante todo o primeiro tempo, foi o velho Botafogo visitante. Sem ousadia, sem criatividade e totalmente inseguro lá atrás. Ah, se não fosse o Jéfferson! Nosso homem de gelo pegou tudo, além de o Grêmio ter errado tudo o que o Coritiba acertou semana passada. Intervalo pra xingar todo mundo, respirar e voltar pra segunda etapa.
Incrivelmente, resolvi não xingar o Caio Júnior por suas substituições, mesmo percebendo que Alessandro estaria em campo e isso poderia nos custar a vitória. Felipe Menezes também entrou pra aumentar o sono do meio-campo. Saíram Lucas e Herrera, ambos com cartão. Como esperado, nada mudou, apesar de pequenos lampejos de ousadia, quase todos de Maicosuel.
Em meio a muitos ataques do Grêmio e milagres de Jéfferson, a sorte resolveu sorrir pra nós. Bela jogada de Maicosuel, que foi inteligente e rolou na hora certa pro Loco Abreu. Ah, o Loco Abreu.. Quando dominou, eu já comemorava. Bola na rede e lágrima no rosto. "Como é bom ter um ídolo", pensei eu. Cada novo gol importantíssimo do nosso uruguaio me faz sentir isso como se fosse o primeiro. Obrigado, Loco!
Mesmo pedindo pra tomar gol e desperdiçando vários contra-ataques - o que rendeu um verdadeiro esporro de Abreu ao fim do jogo -, o time conseguiu segurar o placar até o final. Vitória com muita sorte, que não vai aparecer sempre. Por isso, é necessário que o time conserte pra ontem os erros de sempre. Quem quer ser campeão não pode dar só três chutes a gol e levar mais de vinte. O meio-campo precisa acordar e armar. A zaga precisa se arrumar, não é mesmo, Fábio Ferreira?
A sorte ainda mandou um último recado, através do empate do líder Vasco com o mediano Atlético-GO: "hoje eu faço minha parte, mas amanhã é com vocês". Domingo é dia de mais uma decisão. A próxima rodada promete ser decisiva, e se fizermos nossa parte, a coisa pode ficar muito boa. Mas isso fica pro próximo post..
Saudações!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Contando nos dedos
Acredito que já tenha expressado a minha descrença diante dos números. Realmente, não sou um grande admirador da associação da matemática ao futebol. Mas através desse tópico, vamos confirmar a máxima de que toda generalização é burra. Ao contrário de tabus, gols marcados e sofridos e outras estatísticas furadas e vazias, as contas por pontuações são bastante exatas. Não permitem falhas. Vou explicar!
Um time pode, estatísticamente, marcar poucos gols fora de casa. Mas nada impede que em determinada partida, ele vença por 5 a 0 como visitante. Já as estatísticas baseadas em contas de probabilidade, permitem apenas pequenas margens de erro, em casos de exceção. Mas como sou péssimo pra falar de matemática, vou deixar que a matéria do Redação Sportv, com o professor André Diniz, explique a todos onde eu quero chegar. Leia com atenção para prosseguirmos.
Pois bem, vamos ao que interessa: a parte Gloriosa e alvinegra no meio de todos esses números. O único número que nos interessa a partir de agora é esse: 8. Oito vitórias em quinze partidas. É o que nos separa da tão sonhada volta à Libertadores da América. Quinze anos de ausência do grande responsável por três títulos mundiais do Brasil diante do torneio mais importante do continente. Uma afronta à nossa história.
Voltando ao futebol na prática, vamos analisar os confrontos dessas quinze batalhas, separados em dois grupos: jogos em que somos mandantes, e partidas disputadas em territórios adversários. É claro que os clássicos são em território neutro - apesar de acontecerem em nosso estádio, o que é uma vantagem nossa -, mas vou seguir à risca o que aponta a tabela.
CASA: São Paulo, Bahia, Atlético-PR, Cruzeiro, Figueirense, Internacional, Fluminense.
FORA: Grêmio, Atlético-GO, Corinthians, Avaí, Vasco, América-MG, Atlético-MG.
É complicado fazer qualquer prognóstico sobre resultados. Envolve muitas coisas que influenciam completamente o resultado, principalmente nessa parte final do campeonato. São eles: fase do time, desfalques, situação na tabela, objetivos do rival. Resumindo, o campeonato vira de ponta-cabeça nessa última parte. Times desesperados fazem grandes jogos, enquanto outros já curtem as férias, ou mesmo entregam resultados propositalmente, visando prejudicar algum clube rival.
Mas fazendo uma análise superficial, constatamos alguns fatores que são meio óbvios: temos tudo pra fazer uma boa trajetória em casa, tanto pela nossa campanha - é vago - quanto pela superioridade diante de alguns times. Vitórias diante de São Paulo, Inter e Fluminense são essenciais. É muito complicado vencer todos os jogos, pra qualquer time. Mas clubes com grandes objetivos precisam alcançar metas complicadas, a não ser que queiram figurar mais um ano na - cá entre nós - chata Sul Americana.
Já fora de casa, o panorama é outro. Precisamos mudar drasticamente a nossa postura como visitante. Vitórias contra os times considerados "pequenos" são obrigação: Atlético-GO, Avaí e América-MG, que dependendo do andamento do campeonato, já podem até estar rebaixados. Seria excelente também confirmar - de novo - a freguesia do Galo. Sendo realista, devemos enxergar com bons olhos quaisquer pontos conquistados contra Grêmio e Corinthians, que assim como nós também têm obrigações e metas a cumprir como mandantes. Sobre o Vasco, clássico é clássico, mas condições de vencer nós temos - fato muito bem comprovado por um lindo 4 a 0.
Enfim, sei que é vago e até meio inútil projetar resultados, mas o importante dessa postagem é desenhar um quadro geral de nossa situação, que, ao meu ver, é favorável. Mas tudo cai por terra se não mantivermos o pique e a boa campanha. Por isso, o empenho e a união entre jogadores, comissão técnica e torcida são mais do que fundamentais nessa arrancada final. Com muito foco, garra e determinação, pra cima deles, rumo às Américas!
Um time pode, estatísticamente, marcar poucos gols fora de casa. Mas nada impede que em determinada partida, ele vença por 5 a 0 como visitante. Já as estatísticas baseadas em contas de probabilidade, permitem apenas pequenas margens de erro, em casos de exceção. Mas como sou péssimo pra falar de matemática, vou deixar que a matéria do Redação Sportv, com o professor André Diniz, explique a todos onde eu quero chegar. Leia com atenção para prosseguirmos.
Pois bem, vamos ao que interessa: a parte Gloriosa e alvinegra no meio de todos esses números. O único número que nos interessa a partir de agora é esse: 8. Oito vitórias em quinze partidas. É o que nos separa da tão sonhada volta à Libertadores da América. Quinze anos de ausência do grande responsável por três títulos mundiais do Brasil diante do torneio mais importante do continente. Uma afronta à nossa história.
Voltando ao futebol na prática, vamos analisar os confrontos dessas quinze batalhas, separados em dois grupos: jogos em que somos mandantes, e partidas disputadas em territórios adversários. É claro que os clássicos são em território neutro - apesar de acontecerem em nosso estádio, o que é uma vantagem nossa -, mas vou seguir à risca o que aponta a tabela.
CASA: São Paulo, Bahia, Atlético-PR, Cruzeiro, Figueirense, Internacional, Fluminense.
FORA: Grêmio, Atlético-GO, Corinthians, Avaí, Vasco, América-MG, Atlético-MG.
É complicado fazer qualquer prognóstico sobre resultados. Envolve muitas coisas que influenciam completamente o resultado, principalmente nessa parte final do campeonato. São eles: fase do time, desfalques, situação na tabela, objetivos do rival. Resumindo, o campeonato vira de ponta-cabeça nessa última parte. Times desesperados fazem grandes jogos, enquanto outros já curtem as férias, ou mesmo entregam resultados propositalmente, visando prejudicar algum clube rival.
Mas fazendo uma análise superficial, constatamos alguns fatores que são meio óbvios: temos tudo pra fazer uma boa trajetória em casa, tanto pela nossa campanha - é vago - quanto pela superioridade diante de alguns times. Vitórias diante de São Paulo, Inter e Fluminense são essenciais. É muito complicado vencer todos os jogos, pra qualquer time. Mas clubes com grandes objetivos precisam alcançar metas complicadas, a não ser que queiram figurar mais um ano na - cá entre nós - chata Sul Americana.
Já fora de casa, o panorama é outro. Precisamos mudar drasticamente a nossa postura como visitante. Vitórias contra os times considerados "pequenos" são obrigação: Atlético-GO, Avaí e América-MG, que dependendo do andamento do campeonato, já podem até estar rebaixados. Seria excelente também confirmar - de novo - a freguesia do Galo. Sendo realista, devemos enxergar com bons olhos quaisquer pontos conquistados contra Grêmio e Corinthians, que assim como nós também têm obrigações e metas a cumprir como mandantes. Sobre o Vasco, clássico é clássico, mas condições de vencer nós temos - fato muito bem comprovado por um lindo 4 a 0.
Enfim, sei que é vago e até meio inútil projetar resultados, mas o importante dessa postagem é desenhar um quadro geral de nossa situação, que, ao meu ver, é favorável. Mas tudo cai por terra se não mantivermos o pique e a boa campanha. Por isso, o empenho e a união entre jogadores, comissão técnica e torcida são mais do que fundamentais nessa arrancada final. Com muito foco, garra e determinação, pra cima deles, rumo às Américas!
domingo, 11 de setembro de 2011
Levanta e sacode a poeira
O bom Botafogo 2011 se divide em dois: o que joga em casa e o que joga fora. A versão mandante tem personalidade, posse de bola, imposição de jogo e demonstra uma vontade incrível de ser um time vencedor, campeão. Já a versão visitante é exatamente o oposto disso. E com a empolgação da sequência positiva, o discurso pro jogo de ontem era reverter esse padrão fora de casa. Não deu.
Em uma tarde trágica, digna de esquecimento, um irreconhecível Botafogo foi massacrado no Couto Pereira. Demonstrando os problemas de sempre em terrenos adversários, fomos envolvidos durante todo o primeiro tempo. Criamos algumas chances, mas muito aquém do que sabemos e precisamos. Diante dos milagres de Jéfferson, o 1 a 0 - obtido através da vigésima falha consecutiva de Fábio Ferreira na partida - foi até lucro.
Durante o intervalo, a constatação era óbvia: o time está muito abaixo do seu nível e precisa mudar. Devido à competitividade dos nossos jogadores, às vezes igualamos o jogo mesmo diante dos nossos conhecidos defeitos fora de casa. Mas hoje, definitivamente, não era pra acontecer. O que presenciaríamos no segundo tempo não se vê todo dia. Tudo que vinha dando certo nos últimos jogos, resolveu dar errado ao mesmo tempo, no mesmo dia.
Começou o segundo tempo e, de cara, um pênalti fantasma. Até quem estava no Engenhão viu que Jéfferson recolheu os braços. Juizão, que já havia dado amarelo pra Elkeson por UMA falta boba e no ataque enquanto Léo Gago descia o sarrafo impunemente, deu o segundo gol pro Coxa. O time, já apático, se desestabilizou de vez. Sabendo o que ia acontecer, preferi desligar a TV e escapei da enxurrada de gols que sofreriamos dali ao fim do jogo.
Mas peraí, perdemos algo além dos três pontos? O que presenciei no pós-jogo era digno de uma derrota diante de um time equatoriano numa final de Libertadores. Cadê a coerência e a tranquilidade do último post? O time, que era sensacional até anteontem, não pode se transformar num lixo por uma tarde infeliz. Sabemos o potencial de nossos jogadores.
É hora de confiar e torcer. A sorte de campeão nos acompanhou e nenhum dos grandes venceu, o que ameniza mais ainda nossa derrota. Sem pânico, pessoal! Até parece que temos um jogo a mais que os outros, estamos há 8 jogos parados na esquina ou somos um mero time de investidores daquele plano de saúde. Vamos pra cima: aqui é Botafogo, porra!
Lotar o estádio e dar show foi muito quando ganhamos. Mas agora, depois da goleada sofrida, é que precisamos demonstrar o nosso apoio. Já pensou que grande demonstração de confiança lotarmos nossa parte no clássico de domingo? Um gás a mais pra esse time brigador que merece e precisa de nossa força. Sabemos o que uma vitória contra o Flamengo pode representar pra todos nós nessa caminhada, rumo ao título.
Em uma tarde trágica, digna de esquecimento, um irreconhecível Botafogo foi massacrado no Couto Pereira. Demonstrando os problemas de sempre em terrenos adversários, fomos envolvidos durante todo o primeiro tempo. Criamos algumas chances, mas muito aquém do que sabemos e precisamos. Diante dos milagres de Jéfferson, o 1 a 0 - obtido através da vigésima falha consecutiva de Fábio Ferreira na partida - foi até lucro.
Durante o intervalo, a constatação era óbvia: o time está muito abaixo do seu nível e precisa mudar. Devido à competitividade dos nossos jogadores, às vezes igualamos o jogo mesmo diante dos nossos conhecidos defeitos fora de casa. Mas hoje, definitivamente, não era pra acontecer. O que presenciaríamos no segundo tempo não se vê todo dia. Tudo que vinha dando certo nos últimos jogos, resolveu dar errado ao mesmo tempo, no mesmo dia.
Começou o segundo tempo e, de cara, um pênalti fantasma. Até quem estava no Engenhão viu que Jéfferson recolheu os braços. Juizão, que já havia dado amarelo pra Elkeson por UMA falta boba e no ataque enquanto Léo Gago descia o sarrafo impunemente, deu o segundo gol pro Coxa. O time, já apático, se desestabilizou de vez. Sabendo o que ia acontecer, preferi desligar a TV e escapei da enxurrada de gols que sofreriamos dali ao fim do jogo.
Mas peraí, perdemos algo além dos três pontos? O que presenciei no pós-jogo era digno de uma derrota diante de um time equatoriano numa final de Libertadores. Cadê a coerência e a tranquilidade do último post? O time, que era sensacional até anteontem, não pode se transformar num lixo por uma tarde infeliz. Sabemos o potencial de nossos jogadores.
É hora de confiar e torcer. A sorte de campeão nos acompanhou e nenhum dos grandes venceu, o que ameniza mais ainda nossa derrota. Sem pânico, pessoal! Até parece que temos um jogo a mais que os outros, estamos há 8 jogos parados na esquina ou somos um mero time de investidores daquele plano de saúde. Vamos pra cima: aqui é Botafogo, porra!
Lotar o estádio e dar show foi muito quando ganhamos. Mas agora, depois da goleada sofrida, é que precisamos demonstrar o nosso apoio. Já pensou que grande demonstração de confiança lotarmos nossa parte no clássico de domingo? Um gás a mais pra esse time brigador que merece e precisa de nossa força. Sabemos o que uma vitória contra o Flamengo pode representar pra todos nós nessa caminhada, rumo ao título.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Aprendendo a jogar
"Nem sempre ganhando / nem sempre perdendo, mas /aprendendo a jogar". Através dessa conhecida música de Elis Regina, consigo ver o nosso Botafogo. É perceptível como o clube vem, ao longo dos anos, se adaptando ao sistema de pontos corridos. Claro, isso não depende apenas de adaptação à filosofia do campeonato, mas também por outros fatores primordiais.
O primeiro deles é o planejamento: não adianta pensar em tudo de uma vez, como vão ser os 38 jogos, nem tratar um jogo com mais importância que outro. O ideal é 'quebrar' a tabela em várias pequenas sequências, como faz o técnico Caio Jr, estabelecendo metas pra cada uma. Dessa maneira, o time não perde o foco e nem a motivação.
Mas, pra conseguir cumprir essas metas, é preciso qualidade no segundo fator: a qualidade do elenco. Após os últimos anos, é de conhecimento geral a necessidade de montar um elenco numeroso e qualificado, com opções pra todos os setores. Aos poucos, o Botafogo vai alcançando isso. Claro que ainda não estamos no ponto ideal, mas a mudança completa da filosofia nos empurrou pro caminho certo. O time já tem sua espinha montada, grande parte do elenco tem seu passe vinculado ao clube e com contratos longos. Caminhada a passos largos.
Passados esses dois fatores, aí sim, vamos ao campo e suas vertentes. Num campeonato longo e equilibrado, é importantíssimo não se desesperar com derrotas e, mais ainda, não se empolgar com vitórias. E isso também se estende à torcida. Lembro bem de como estávamos empolgados em 2007, certos do título, mesmo antes do fim do primeiro turno. Mal sabíamos que o elenco era limitadíssimo e o planejamento precário.
Mas falemos de coisas boas: o momento atual, muito bem representado pela tarde desse 7 de Setembro. Em um show do time e da torcida, o Botafogo obteve mais uma excelente vitória. O caminho se tornou mais fácil com outro gol de Herrera em início de partida. O Ceará equilibrou o jogo e até nos dominou por alguns minutos, mas a expulsão do zagueiro Fabrício em jogada de Maicosuel - que está voltando a jogar bem, mas ainda distante do Mago 2010 - recolocou o Botafogo no comando do jogo.
A partir daí, foi domínio absoluto. O Botafogo cresceu demais no segundo tempo, colocou o Ceará na roda e fez a festa da torcida, vibrante e apaixonada, que lotou o Engenhão. Ilustra-se a partida com o terceiro gol: uma bela trama que envolveu Lucas, Elkeson e Maicosuel, que rolou pro nosso Loco só empurrar pras redes. Outros destaques foram a boa entrada de Éverton com duas assistências, o gol de cabeça do pequeno-grande Cidinho e a inteligente atitude de Alessandro, evitando que Azevedo descesse direto pro vestiário e mostrando que suas melhores intervenções são no banco mesmo. Que continue TUDO assim!
O Botafogo de fato joga o melhor futebol do momento e talvez do campeonato. Mas é importante notar que Corinthians e Flamengo, por exemplo, já tiveram ótimos momentos e hoje estão em má fase. Por isso, resolvi ressaltar nessa postagem a necessidade de mantermos a tranquilidade diante desse ótimo momento. Temos longas 16 rodadas pela frente, mais o jogo adiado contra o Santos. É fundamental manter a excelente campanha em casa, e consertar o nosso principal defeito: a postura fora de casa. Por que jogar diferente e mudar um estilo tão eficiente de jogo?
Enfim, é inegável que a fase empolga e a postura - como aponta o blog do amigo Thiago - encanta. Podemos sim ficar felizes e muito animados. Talvez até mais com a evolução do clube do que com o momento vivido pelo time. Mas isso tudo com a cabeça no lugar. Que não seja apenas uma fase e, principalmente, que o final seja diferente. Merecemos esse título mais do que qualquer outro e vamos em busca dele, com muitos outros dias marcantes como ontem. Pra cima deles, Glorioso!
O primeiro deles é o planejamento: não adianta pensar em tudo de uma vez, como vão ser os 38 jogos, nem tratar um jogo com mais importância que outro. O ideal é 'quebrar' a tabela em várias pequenas sequências, como faz o técnico Caio Jr, estabelecendo metas pra cada uma. Dessa maneira, o time não perde o foco e nem a motivação.
Mas, pra conseguir cumprir essas metas, é preciso qualidade no segundo fator: a qualidade do elenco. Após os últimos anos, é de conhecimento geral a necessidade de montar um elenco numeroso e qualificado, com opções pra todos os setores. Aos poucos, o Botafogo vai alcançando isso. Claro que ainda não estamos no ponto ideal, mas a mudança completa da filosofia nos empurrou pro caminho certo. O time já tem sua espinha montada, grande parte do elenco tem seu passe vinculado ao clube e com contratos longos. Caminhada a passos largos.
Passados esses dois fatores, aí sim, vamos ao campo e suas vertentes. Num campeonato longo e equilibrado, é importantíssimo não se desesperar com derrotas e, mais ainda, não se empolgar com vitórias. E isso também se estende à torcida. Lembro bem de como estávamos empolgados em 2007, certos do título, mesmo antes do fim do primeiro turno. Mal sabíamos que o elenco era limitadíssimo e o planejamento precário.
Mas falemos de coisas boas: o momento atual, muito bem representado pela tarde desse 7 de Setembro. Em um show do time e da torcida, o Botafogo obteve mais uma excelente vitória. O caminho se tornou mais fácil com outro gol de Herrera em início de partida. O Ceará equilibrou o jogo e até nos dominou por alguns minutos, mas a expulsão do zagueiro Fabrício em jogada de Maicosuel - que está voltando a jogar bem, mas ainda distante do Mago 2010 - recolocou o Botafogo no comando do jogo.
A partir daí, foi domínio absoluto. O Botafogo cresceu demais no segundo tempo, colocou o Ceará na roda e fez a festa da torcida, vibrante e apaixonada, que lotou o Engenhão. Ilustra-se a partida com o terceiro gol: uma bela trama que envolveu Lucas, Elkeson e Maicosuel, que rolou pro nosso Loco só empurrar pras redes. Outros destaques foram a boa entrada de Éverton com duas assistências, o gol de cabeça do pequeno-grande Cidinho e a inteligente atitude de Alessandro, evitando que Azevedo descesse direto pro vestiário e mostrando que suas melhores intervenções são no banco mesmo. Que continue TUDO assim!
O Botafogo de fato joga o melhor futebol do momento e talvez do campeonato. Mas é importante notar que Corinthians e Flamengo, por exemplo, já tiveram ótimos momentos e hoje estão em má fase. Por isso, resolvi ressaltar nessa postagem a necessidade de mantermos a tranquilidade diante desse ótimo momento. Temos longas 16 rodadas pela frente, mais o jogo adiado contra o Santos. É fundamental manter a excelente campanha em casa, e consertar o nosso principal defeito: a postura fora de casa. Por que jogar diferente e mudar um estilo tão eficiente de jogo?
Enfim, é inegável que a fase empolga e a postura - como aponta o blog do amigo Thiago - encanta. Podemos sim ficar felizes e muito animados. Talvez até mais com a evolução do clube do que com o momento vivido pelo time. Mas isso tudo com a cabeça no lugar. Que não seja apenas uma fase e, principalmente, que o final seja diferente. Merecemos esse título mais do que qualquer outro e vamos em busca dele, com muitos outros dias marcantes como ontem. Pra cima deles, Glorioso!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Convite para a festa
Chegou a hora, amigos. A hora da verdade. Dia e horário perfeitos. Momento certo de mostrar toda sua força, tanto o time quanto a torcida. É o início de uma caminhada longa, cansativa e perigosa até os objetivos finais da temporada. Surpreendemos no primeiro turno, quando ninguém levava o nosso time a sério - cá entre nós, muito justamente, devido ao péssimo primeiro semestre. Mas agora o panorama é muito diferente: nós mostramos força e regularidade, e todos reconheceram isso; de fato, seremos muito mais visados nesse segundo turno.
A CBF bem que tentou, mas não conseguiu nos prejudicar muito. Uma rodada que tinha tudo pra ser trágica pro Botafogo acabou sendo muito boa: todos os nossos concorrentes tropeçaram, com exceção do São Paulo. Se a CBF não rasgasse o Estatuto e o nosso jogo contra o Santos, com seis desfalques, tivesse acontecido, assumiríamos a liderança com uma vitória simples por 1 a 0. Mas como diz o ditado, "há males que vêm para o bem". Nosso time é melhor quando desacreditado, comendo pelas beiradas, vide 95. Deixemos os holofotes para os rivais.
O adversário nesse feriado de quarta-feira, às 16h, não é o ideal. O Ceará é um time que incomoda e sabe jogar fora de casa. Tem uma defesa bem postada, volantes que marcam bem, e dois jovens que se destacam: Thiago Humberto e, principalmente, Osvaldo. Além do típico estilo de jogador que se torna carrasco do Botafogo, o centro-avante caneleiro - porém eficiente - Marcelo Nicácio. Resumindo, o Ceará é um time sem grandes peças, porém muito bem armado pelo técnico Vágner Mancini.
Apesar disso tudo, não creio que devemos ficar preocupados. Nosso time é superior, tem jogadores de Seleção - parabéns a Jéfferson (de novo) e Cortês pela convocação! - e é o melhor mandante do campeonato. Pra melhorar, só falta um melhor comparecimento da torcida, que promete fazer isso começando por esse jogo-chave. Destaque pro já conhecido projeto "BLACK HELL" (curtam e contribuam!), que promete fazer mais uma linda festa antes, durante e depois do jogo.
Na tarde dessa terça-feira, o Botafogo divulgou através de seu Twitter Oficial a venda de mais de 20 mil ingressos antecipados. Vale lembrar que essa parcial não computa a presença de Sócio-torcedores, que alcançam a casa de 11 mil em todo o Brasil. Ou seja, promessa de casa cheia, o que agrada muito a elenco, comissão técnica e diretoria. Em outras ocasiões, a torcida já comprovou sua importância. Dados comprovam que o Botafogo nunca perdeu no Engenhão com mais da metade dos lugares ocupados. Que continue assim!
E você, vai ficar aí sentado? Levanta e corre pra comprar seu ingresso enquanto ainda tem. Te vejo em nossa casa!
Assinar:
Postagens (Atom)