domingo, 28 de novembro de 2010

Gigante ferido

Hoje vou falar de sentimentos.

E, como sabemos, não dá pra falar por ninguém além de si mesmo, quando o assunto é o que sentimos. Se você chegou até aqui e está disposto a ler, peço que deixe de lado seu fanatismo e seu moralismo. Tente apenas acompanhar a linha de raciocínio de um torcedor em crise, preocupado e, de certa forma, revoltado.

Sempre preferi não escrever de 'cabeça quente', pra não expor algo que pode ser momentâneo, mas hoje farei diferente. Vou escrever e ver no que dá.

Desde o momento do apito final - sabendo dos resultados da rodada - até chegar em casa, não falei uma só palavra. Me perguntaram se era sono, e me doeu responder que não. Na verdade, minha cabeça estava a mil por hora. Perguntas, respostas, ilusões, certezas. Pensei em muita coisa. Pensei em todos os últimos anos.

Será que aquilo tudo valia a pena? Qual é a recompensa pra nós? E não me venha com essa de "fazemos tudo por amor". Claro que amo o Botafogo, é minha maior certeza. Mas e aí, o que ganhei em troca por todos esses anos? Tudo que gastei em dinheiro, tempo, dedicação; perdi aniversários de família, eventos importantes e até mesmo prova de vestibular. Abdiquei do mundo pra viver em função do Botafogo. Me arrependo? Essa resposta sempre foi 'não'. Hoje é 'não sei'.

Onde estão as conquistas? Será que algum dia verei meu time ser campeão brasileiro? Será que vou ver uma boa campanha de Libertadores? Aliás, será que eu vou ver uma Libertadores? Ano passado, vimos o Flamengo. Esse ano, veremos o Fluminense. E de que importa se é com Unimed lavando dinheiro, com times entregando jogos? Daqui a cem, duzentos anos, vai estar lá, escrito na historia do futebol brasileiro: Fluminense campeão brasileiro 2010. Sem poréns.

Por falar em historia, até quando viveremos dela? O Botafogo é, sem dúvidas, um dos clubes mais gloriosos e importantes do futebol brasileiro. O problema é que a necessidade de renovar isso é grande, e a hora já está passando. A historia é feita de acontecimentos, e não só de lembrança. E me dói ter que escrever isso, mas o Botafogo está ficando pra trás.

Amigo botafoguense, antes de me xingar, reflita se isso realmente não faz sentido. Sou um dos torcedores mais fanáticos, mas hoje sofri um baque. A guarda desse fanatismo baixou. O futuro, pra mim, é incerto. Afinal, quem não vai sofrer muito ao ver o primeiro título brasileiro do Engenhão não ser nosso?

Sei que esse post acabou ficando muito interrogativo, mas essa era a intenção. Precisamos refletir, amigos. Mas precisamos agir também. O Botafogo somos nós. Precisamos resolver se aceitaremos ver o Glorioso refém de jogadores sem ambições como Lúcio Flávio e Leandro Guerreiro, e com objetivos tão abaixo de nossa dignidade. Conto com todos vocês.

Saudações alvinegras por dias melhores.

Abraços

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Raízes podres

Quem foi ao Engenhão ontem, esperava a consumação de um ótimo ano: finalmente, depois de muitos anos desonrando as tradições Gloriosas do clube, conquistaríamos a tão desejada vaga na Libertadores, alguns meses depois de derrotar nosso rival no campeonato estadual.

Ilusão. A maior delas, pra mim, ao longo de todos esses anos. Onde foi parar aquele sentimento vencedor que pairava em General Severiano desde o início do ano? Cadê o respeito com o torcedor que, mesmo contra a "maior torcida do mundo" e outra que luta pelo título, conseguiu obter a melhor média de público do RJ? Esses jogadores sem raça, sem sangue e sem futebol deram a maior demonstração de descaso que já vi: perder pra um time reserva, que claramente jogou pra perder.

A conclusão é simples, amigos: enquanto houver em nosso elenco a presença de jogadores que representam a derrota, o fracasso, nunca chegaremos a lugar algum. Por anos, falei isso, e fui taxado de louco. Ontem - e ao longo do campeonato -, isso veio à tona.

Alessandro - Não se deixem enganar por esse idiota. Faz campanhas pífias, e na reta final se joga na bola, dá chutão pra frente e comemora como se fosse gol. Não sejam patéticos como a diretoria pra cairem nessa peça. Jogador fraquíssimo que não cruza, não chuta, não lança, não corre. VAZA!

Leandro "Guerreiro" - O maior símbolo da derrota existente no futebol. Sua especialidade é dar gols de presente. Não é atoa que, em 2000, foi chutado do Internacional. A cada jogo, é uma bola no pé do adversário, na frente do gol. Ora aproveitam, ora não. Já bateu pênalti chorando em decisão de campeonato. Considerado ídolo por parte da "torcida" (?) por causa de uma boa sequência em 2007. Precisa sair urgentemente. VAZA!

Fahel - O jogador mais ridículo que já vi com a camisa do Botafogo. Simplesmente não entendo como essa ameba se tornou profissional. Já foi barrado diversas vezes, mas sempre dão um jeitinho de colocá-lo de volta. Gostaria de saber quem é o empresário desse traste. Acho que vou contactá-lo. Quem sabe não arranjo uma vaguinha também? VAZA!!

Lúcio Flávio - O que falar dele? Ele me impressiona. Como alguém consegue se omitir tanto, e por tanto tempo? Quatro anos, não é pra qualquer um. Jogou bem em 2006, pra nunca mais. Em seus longos cinco anos no clube, disputamos cinco finais de Estadual. Nas duas que vencemos, ele não estava. Tenho asco por esse inútil. A alegria do ano vai ser vê-lo indo embora. VAZA!!

Enfim, esses são os principais. Claro que existem outros como Marcelo Cordeiro, Edno, Túlio Souza, mas nada que se compare a esses quatro. São as raízes podres que estagnam o clube. Parasitas que impedem que o clube volte às glórias, tradicionais em sua historia. O câncer que denigre nossa imagem e tenta corroer nosso amor.

A sorte é que eles são insignificantes diante da historia que se esforçam pra manchar. Mas, para voltarmos a ser o BOTAFOGO que todos conhecem, a saída deles é o primeiro passo. Antes que seja tarde..