quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sentimentos opostos

Ao entrar no site oficial do nosso Botafogo, me deparo com uma matéria muito boa sobre a reta final do Campeonato Brasileiro. Confesso que fiquei bastante animado, fazendo contas e mais contas no simulador de tabela, observando todas as possibilidades. Acreditei que a briga ficaria entre Botafogo e Grêmio, e com chances de ser decidida no confronto direto, no último jogo do ano.

Pois é, isso tudo porque fiz uma consideração óbvia: como não temos nada a perder, e estamos a um ponto da vaga, momentaneamente com o Atlético-PR, Joel Santana finalmente iria escalar um time ofensivo, buscando o maior número de vitórias possíveis. Imaginei até uma possível mudança de esquema, pois jogamos com três zagueiros e dois volantes, e dois alas que não avançam. Ledo engano..

Algumas horas depois, recebi informações do primeiro treino do Glorioso após o conhecimento da notícia da volta do G4. Eis a escalação:

Jéfferson; Danny Morais, Leandro Guerreiro, Márcio Rosário; Alessandro, Fahel (Somália se queixou de dores), Marcelo Mattos, Lúcio Flávio (!!!!!!), Cordeiro; Jóbson e Abreu.

Sei que é bater na mesma tecla, mas não creio que seja possível que alguém discorde disso: um time, com esperança renovada por uma vaga na Libertadores, precisando vencer após empatar 8 seguidas, que está nítidamente sem poder ofensivo, entrar de maneira COVARDE, jogando dentro de casa? É inadmissível!

Boas opções como a entrada de Cajá, Edno ou até mesmo o Túlio Souza ficam sempre como opções, e entram faltando muito pouco pro jogo terminar. O Botafogo é um time sem ofensividade, sem toque de bola, sem criatividade - talvez por ter um omisso com a camisa 10? -, e o ritmo muda completamente, por exemplo, com a entrada do Edno pela esquerda. Custa arriscar, Joel Santana? Os oito empates são a melhor prova disso. Se tivéssemos ganho três e perdido as outras cinco, estariamos duplamente melhores: em pontos e no número de vitórias. Estaríamos, inclusive, com a vaga nesse momento.

Por isso, infelizmente, a constatação final do post é a seguinte: caso não haja uma mudança URGENTE de postura do nosso velho barrigudo ultrapassado, ficaremos bem distantes da sonhada volta à Libertadores. É uma pena que uma pessoa seja capaz de destruir um trabalho de muitas outras, simplesmente por ter medo e ser covarde.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Insistente covardia

Alvinegros do Céu e da Terra,

Após 7 jogos sem vencer, sendo seis empates seguidos, nos encontramos agora num momento crucial na decisão de nosso destino nesse Brasileirão. Em minha singela opinião, não nos vejo mais com chances de título, e muito menos com chances de rebaixamento. Dessa possibilidade, graças a Deus, nos desfizemos há tempos esse ano. É algo incompatível com nossa grandeza!

Então, amigos, nos resta a cartada final: ir com tudo, pelas Américas. E numa dura caminhada pelos próximos - e últimos - onze jogos do campeonato, junto a bons times como Atlético-PR (se completo), Grêmio (atropelando), Cruzeiro (candidatíssimo ao título), e os já classificados Santos e Inter, existe uma coisa que não nos pode faltar: ousadia.

Somos, sem sombra de dúvidas, o time que mais prejudicado por lesões e suspensões. Sem falar, claro, nas garfadinhas de leve. Mas azar e apito não são surpresas pra nós. A diferença desse ano é o espírito vencedor de Loco Abreu, Herrera, Jéfferson, Jóbson e Marcelo Mattos, que veio pra combater o semblante derrotista do tríade derrotado: Cabeçandro, Leandro Paçoca e Lady Flávio.

Eis o ponto central de nosso post de hoje. Onde está a ousadia do tão adorado "Papai Joel"? Qual a necessidade de se acovardar diante de um time pequeno como o Guarani? A postura inicial de ontem - e sempre - foi de envergonhar a torcida. Ao todo no time, eram TRÊS zagueiros e QUATRO volantes em campo. Foi preciso tomar um gol e muito sufoco pra entrar o Edno. O Cajá só entrou no fim. Será que o Joel prefere a mesmice dos empates retranqueiros a ditar um ritmo ofensivo de jogo, partindo pra cima dos adversários, sobretudo os fracos, como ontem?

Me revolto a cada vez que penso nisso. Não estou sendo irracional a ponto de mandar o time todo pra frente. Só peço um pouco de equilíbrio. Jogar com um armador só é furada. Sendo ele o Lúcio Flávio, então, é burrice. Com a lesão do Fábio Ferreira, eu voltaria ao esquema básico, 4-4-2:

O Cajá melhoraria o toque de bola, ou mesmo o Edno por ali, que cai bem pelas pontas. Os laterais não precisariam atacar muito, até porque, não sabem. A dupla de volantes, pra mim, é Somália e Marcelo Mattos, que deve voltar semana que vem. Enquanto isso, colocaria o Túlio Souza, apesar de saber que o Leandro não sai do time. O resto, não tem como fugir muito, devido ao grande número de desfalques.

Creio que essa escalação não é nenhum absurdo, e melhoraria bastante a parte ofensiva do time, assim como a defensiva, já que Somália só joga bem de volante - apesar de estar em má fase - e a comparativa em questão de gols sofridos e resultados entre Marcelo Mattos e Leandro na cabeça de área chega a dar pena..

Enfim, além disso tudo, a presença da torcida será fundamental. Lembrem-se da nossa sequência de vitórias com a torcida ao lado. É bom ressaltar que foi nessa mesma parte do turno. Vejo todos em nossa casa, domingo, às 16h!