quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Até que demorou

Alvinegros guerreiros,

Pois é, até que nossos dias otimistas duraram. Título carioca, ótima campanha no Brasileiro, torcida comparecendo em peso.. Pois é. Boa parte disso acabou. O joelho mais importante do time foi destruído ontem, junto com o segundo mais importante, na semana passada. Depois de Marcelo Mattos, Maicosuel é mais um lesionado e pode voltar só em 2011.

Nossa situação é bastante complicada. A força do time já era. Perdemos, em duas semanas, a consistência e proteção à zaga e a fonte de criação do meio pra frente. Nessa reta final, teremos de torcer por Fahel, Leandro Guerreiro e Lúcio Flávio, pra tentarmos uma vaga na Libertadores, que não é mais G4, e sim G3. Aproveitando, deixo aqui os parabéns à Conmebol, que mudou o regulamento do jogo no meio do campeonato.

Joel vai de mal a pior. A escalação de ontem foi pífia: Leandro Guerreiro não pode jogar em uma posição que não seja a sobra. Fahel é pavoroso (será que o Elizeu é pior que ele?). Maicosuel não pode jogar de costas pro gol, ele precisa vir de trás. Edno e Herrera não podem, em hipótese alguma, ser reservas nesse elenco. Muita coisa está errada, e parece que a torcida acordou ontem, com gritos de "BURRO" na saída pro intervalo.

Enfim, me desculpem pelo pessimismo - que não é a marca do blog, definitivamente -, mas é o que o momento permite. Muitas lesões importantíssimas, sequência de suspensões - e até as convocações, que começarão a atrapalhar, como Loco Abreu e Jéfferson, por exemplo. Será que nossa maré de sorte que marcava 2010 acabou? Só o tempo vai dizer..

"Tem coisas que só acontecem ao Botafogo". Saudações alvinegras, entristecidas.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cabeça erguida

Caros alvinegros

Sei que todos estão, assim como eu, com a cabeça inchada. Mas num campeonato longo como o Brasileirão, é inimaginável um time não oscilar num jogo. Ainda mais com cinco desfalques, sendo eles importantes como são pra nós. O Goiás estava desesperado pela vitória, visto que se encontravam na lanterna e procuravam aproveitar o bom momento que vivem. Não se esqueçam que Corinthians e Fluminense, os dois líderes do campeonato, perderam pro Atlético-GO jogando no mesmo Serra Dourada - onde nós ganhamos deles. Tudo uma questão de momento.

É claro que há a necessidade de frisar erros individuais, que passam principalmente por Joel, Leandro Guerreiro, Fahel e Lúcio Flávio. Nosso técnico insistiu no erro. Aos que têm memória curta, lembrem-se: na reta final do Carioca e início do Brasileirão, nossa substituição mais famosa era SAI LÚCIO FLÁVIO, entra GOL. É impressionante como esse sanguessuga tem sobrevidas no Botafogo. Em qualquer outro clube, já teria sido chutado há muito tempo - como foi no Santos, em menos de 5 meses.

Mas apesar da goleada sofrida ontem, estamos bem na tabela. O objetivo maior, na minha opinião, é firmar a briga pela Libertadores.


Levando em conta que Santos e Inter - ambos com um jogo a menos, confronto direto - já estão na Libertadores, e por isso abrem vaga caso fiquem no G4, temos 7 pontos de vantagem. Isso sem falar nos possíveis adversários na luta pela vaga, que atualmente, sendo sincero, não demonstram perigo: Atlético-PR, Ceará - que, pra mim, luta pra não cair - e Guarani. É claro que ainda tem muita bola pra rolar, então é provável que Palmeiras, São Paulo, Vasco e até o Grêmio entrem nessa briga. Ou seja, é importantíssimo que mantenhamos essa margem de distância confortável. E pra isso, é fundamental que vençamos nossas partidas em casa.

Teremos agora, em sequência, três partidas no Engenhão, sendo uma com mando do Vasco. Começando pelo Cruzeiro, adversário direto, ótimo time e candidato ao título. Precisamos jogar com inteligência e o apoio da torcida será decisivo novamente, como contra o São Paulo, domingo passado.

Por isso, vejo todos vocês novamente, de cabeça erguida, sábado em nossa casa.

Lembrando que perder não é vergonha nenhuma. Vergonha é ser líder e colocar 23 mil pessoas no estádio no jogo mais importante do campeonato (sendo 5 mil do adversário), ou então comemorar uma vitória sobre o GRÊMIO PRUDENTE como se fosse um título!

Saudações alvinegras!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Como em 95

17 de Dezembro de 1995: Desacreditado durante quase todo o campeonato, o Botafogo sagrou-se Campeão Brasileiro daquele ano, empatando com o Santos, no Pacaembu, após vencer a primeira partida no Maraca. Com Wágner fechando o gol naquela noite, e a inspiração do irreverente e carismático ídolo Túlio Maravilha, erguemos com muito suor aquele troféu.

Ontem, cerca de 15 anos depois, o mesmo duelo de gigantes voltou a acontecer no Pacaembu. Todo bom alvinegro sentiu uma mistura de nostalgia e confiança, mesmo que abaladas pela estranha escalação de Joel.

O Natalino, após passar toda a semana dizendo que preferia "perder como herói do que vencer como covarde" e que atacaria o Santos, escalou o time num defensivo 3-6-1. Fato esse, que irritou e assustou boa parte da torcida antes da partida. Conseguiu, talvez por sorte, segurar um placar fechado durante a primeira etapa. Na segunda metade do jogo, colocou o time que deveria ter iniciado a partida e venceu o jogo, ganhando créditos por isso. Acho errado, mas sigamos em frente..

Existem coisas que só acontecem com o Botafogo. Sim, essa frase já estaria batida, se não se renovasse a cada partida. Quem diria: com Jéfferson fechando o gol, assim como Wágner em 95 - e se não me engano, até na mesma baliza -, e um golaço do também carismático Loco Abreu, como o Maravilha, alcançamos a vitória.

Essa vitória representou muito mais que 3 pontos. Representou a superstição, a mística, a essência da nossa história. Representou - e não foi a primeira vez - o 'algo mais' que faltava ao nosso Glorioso nos últimos anos. A competência, a solidez, a sorte, a luta. O espírito vitorioso que parece ter vindo junto com o Sebastian, Loco. Vejo nele a personificação da nossa torcida: superstição, loucura, paixão, mística, garra. Aos que o criticam, falta enxergar isso. Tentem ver um pouco além do futebol..

Enfim, numa análise fria, vejo o Botafogo abaixo de outros concorrentes na briga pelo título, devido a algumas carências evidentes no elenco e na limitação do próprio Joel. Mas meu lado alvinegro grita como nunca. É algo diferente, e não sei se só eu que sinto. É a sensação de que - apesar dessa frase ter virado chacota-clichê - algo maior está guardado pra nós. E eu, inconscientemente, confio nisso.

Mas, como nada se conquista apenas com superstições, o trabalho do time precisa do nosso apoio e conta com ele pra domingo. Vamos empurrar nossos guerreiros pra mais uma vitória épica no Engenhão, domingo, 16h.

Saudações!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Complicando o simples

Hoje, durante uma aula inútil de física, comecei a rascunhar uma provável formação do nosso Glorioso para a partida desse sábado, no Engenhão, contra o Grêmio. Ao saber do possível desfalque do Somália, tentei encontrar a melhor maneira de substituí-lo. Ficou assim:



Leandro Guerreiro na sobra, onde não vem comprometendo, sem a responsabilidade de efetivamente marcar e proteger a zaga - função que o Marcelo Mattos está desempenhando muito bem -, Maicosuel se movimentando bem como vem fazendo, inclusive ajudando na marcação, e Cajá organizando o jogo, da maneira como entrou na vitória contra o Grêmio Prudente. No ataque, Edno, que tem entrado bem em todas as partidas, ganharia a vaga do Herrera, que se encontra numa péssima fase e precisa ser preservado. Loco Abreu faria a referência na área - resta que alguém acerte cruzamentos pra ele.

Creio que 90% dos amigos leitores concordarão com essa formação, principalmente no que diz respeito à entrada do Cajá no meio, juntando-se ao nosso Mago. Talvez o ponto de divergência seja a dupla de ataque, mas esse não é o tema principal do meu post de hoje. Entendam:

Informações de amigos jornalistas que acompanharam o treino agora há pouco, trazem a escalação da seguinte forma: Jéfferson; Danny, A. Carlos, F. Ferreira; Alessandro, L. Guerreiro, M. Mattos, Renato e M. Cordeiro; Maicosuel e Herrera.

Será que há mesmo a necessidade de jogarmos com três zagueiros e dois volantes, dentro de casa, brigando por Libertadores e até mesmo pelo título, contra um adversário que se encontra colado na zona de rebaixamento? O Cajá vai dar conta do meio sozinho? O Maicosuel vai saber fazer essa função no ataque? Quem vai ser a referência?

Contudo, essa foi só a primeira parte do treinamento. A comissão técnica do Glorioso não permitiu à imprensa que acompanhasse o resto do treinamento. Espero que seja, apenas, uma maneira de despistar a formação real. Ou quem sabe uma piada. Porque quem recebe 300 mil reais por mês pra treinar uma equipe, não pode ter uma "prancheta" pior que a minha, que sou apenas um mero blogueiro.

Apesar dessas inexplicáveis situações, vos encontro amanhã em nossa casa, às 18h30.

Saudações!