segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Clássico das diferenças

Reta final, jogos decisivos, luta pelo título, pressão por uma vaga na Libertadores. Esse é o panorama atual dos sete primeiros da tabela do Brasileirão. E quando se perde um jogo diante dessas circunstâncias, a 'caça às bruxas' é algo naturalmente visto - principalmente se a derrota for em um clássico. E hoje não foi diferente. Só que, infelizmente, o problema é algo bem maior - e bem mais grave que erros de um técnico ou jogador.

Num campeonato equilibrado como o brasileiro, é comum vermos alguns tropeços. Times da parte inferior da tabela vencendo jogos contra os líderes, na maioria das vezes usando o fator casa - principalmente na reta final, quando a coisa aperta pra todo mundo. Só que, da mesma forma, também é mais que normal ver a superação, a raça, a vontade de vencer, seja pelo título ou pelo alívio de escapar da Série B. Mas, incrivelmente, não é o que os botafoguenses têm visto.

Após uma semana de descanso, treinamentos - supostamente - e várias declarações da parte do clube declarando entrega total nos últimos jogos, a torcida novamente se decepcionou com o que viu. Não simplesmente pela derrota, mas outra vez pela forma como ela se desenhou. O Botafogo simplesmente assistiu o adversário jogar, repetindo a atuação medíocre que teve contra o Figueirense.


O clássico contra o Vasco só confirmou o que todos temiam e desconfiavam: o Botafogo não tem a mesma gana pelo título dos outros concorrentes. Jogadores não demonstram sequer um pouco de vontade de marcar o nome na história do clube e do futebol brasileiro. Poderiam ser lembrados pra sempre como "os guerreiros que acordaram e reergueram um gigante", mas preferem ser mais do mesmo, da turma do "quase", que marca nossa história recente.

O Vasco, que venceu o clássico, é o grande exemplo disso. Venceram a Copa do Brasil e fizeram algo quase inédito na era dos pontos corridos - só repetido pela máquina do Cruzeiro em 2003: estão brigando até a reta final pelo título brasileiro. Isso sem falar na Sul Americana, competição na qual estão na semifinal - e nós, enquanto isso, jogamos a vaga fora pra "priorizar" o Brasileirão. São exemplo de vontade, garra, superação e, principalmente, respeito às tradições do clube, gigante como o nosso.

A briga pelo título, na minha opinião, já foi. Não adianta querer se iludir. E se o time continuar jogando dessa forma - péssima fase r inexistência de vontade - vamos deixar escapar também a vaga na Libertadores, o que seria um vexame diante do que se passou nesse campeonato. Como o clube faz total questão de dizer, mas nenhuma de cumprir: "TEM QUE TER PAIXÃO". E também vontade, determinação, dignidade e respeito. Acorda, Botafogo!

Um comentário:

  1. Esse post devia ser mandado diretamente para o clube, para que todos aqueles filhos da puta vejam o papelão que estão fazendo. Ja disse uma vez e vou repetir, a vaga para Libertadores está nas mãos do time.

    A conquista não é simplesmente uma questão de merecimento, seria se o time tivesse chegado no alto da tabela apenas agora no final. O nosso contexto é outro, é de um time que sempre esteve no alto da tabela durante todo o campeonato e está prestes a se acovardar no final. Depois não adianta vir com desculpinhas medíocres...

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