A vitória tangencial do Botafogo, por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, pode parecer simples. Mas esse triunfo, válido pela 32ª rodada do Brasileirão, tem vários motivos pra entrar pra história alvinegra. Além disso, representou a volta do Glorioso à briga pelo título brasileiro, e mais um passo dado rumo às Américas. Pela matemática - que apesar de ser exata, passa longe de ser confiável no futebol -, precisamos de apenas três vitórias para confirmar nossa vaga na Libertadores 2012.
O jogo foi muito disputado desde o início, e o Botafogo acabou sentindo a ausência de Lucas, diante da inoperância ofensiva do Alessandro. O titular da posição, ontem ausente por suspensão, tem sido a principal válvula de escape do time no Engenhão. É comum vê-lo arrastando o time pra frente, capacidade que seu reserva não possui. Somando isso à má fase de Cortês - apesar de ter melhorado hoje - e à inoperância de Herrera - esse, cada vez pior - diante de um Cruzeiro desesperado e retrancado, podemos perceber a dificuldade que foi o jogo.
Maicosuel fez, finalmente, o que se espera dele: foi o jogador que conhecemos em 2009. Pra ficar perfeito, só falta voltar a ser o Mago de 2010, que além das arrancadas habilidosas e objetivas vistas hoje, também recompunha o meio-campo e ajudava na marcação - opinião minha que vocês entenderão melhor quando eu postar um texto sobre, já escrito. Elkeson não foi tão bem como na quarta-feira, mas se esforçou, correu e foi decisivo. É o que esperamos dele. O Cruzeiro assustou em lances esporádicos, mas muito pouco pra merecer algo além da derrota.
Só que nós temos o Loco. E onde tem Abreu, tem História. Em jogada de Elkeson pela esquerda, Loco completou o cruzamento com um míssil de cabeça, indefensável pra Fábio. O tento do artilheiro foi o de número 50 pelo Botafogo. Além disso, representou o topo da artilharia do Engenhão, ultrapassando Herrera e alcançando os 29 cojones em nossa casa. Não satisfeito, ele quase marcou mais um golaço, roubando a bola, passando pelo zagueiro e driblando o goleiro. Maldito zagueiro que cortou quase em cima da linha.
Jéfferson pouco trabalhou. Como pontos negativos - sempre bom registrá-los - ficam as atuações de Fábio Ferreira e Herrera, péssimos em suas funções, o que já ocorre há algum tempo. Mais uma vez, a arbitragem também prejudicou demais o Botafogo. É preciso fazer algo antes que isso nos complique de verdade. A atuação do árbitro causou revolta entre torcedores, jogadores e até comissão técnica, causando a expulsão de Caio Júnior. Acorda, diretoria!
Agora, o Botafogo terá uma semana de descanso até o próximo jogo. Os jogadores ganharam dois dias de folga e se reapresentam na terça, visando a importantíssima partida diante do Figueirense, sábado, às 19h no Engenhão. A presença da torcida será mais uma vez importantíssima. Ontem, ela teve papel fundamental, apesar de um público aquém do esperado pra um time que briga pelo título - foram apenas 15.700 presentes. Vamos lotar!