O grande jogo entre Botafogo e São Paulo envolveria um grande número de protagonistas. Jogadores de qualidade e personalidade. Dos dois lados. E ao tentar saber quem foi decisivo nessa partida, você pode pensar em muitos nomes. Loco Abreu, Rogério Ceni, Marcelo Mattos, Lucas, Maicosuel, Rivaldo.. não, não foi nenhum desses. Pelo menos ao meu ver. Todos participaram, e bem, do jogo. Mas quem decidiu mesmo o jogo não foi nenhum desses. Ele não é um jogador. Aliás, ele não é nem um ser humano.
Eu estou falando do cartão amarelo recebido pelo goleiro Jéfferson, após fazer a conhecida 'cera' pra garantir a vitória sobre o Grêmio no Olímpico. O problema é que ele estava pendurado. Mas, ora, ele não sabia disso? Achava que não seria punido? Pois é, foi o que me inspirou pra essa postagem de hoje. Falta ao Botafogo a malandragem, a malícia de um time campeão. Sabendo da decisão do fim de semana, custava Jéfferson chamar um jogador de defesa pra bater o tiro de meta?
Isso não é uma crítica direta ao nosso goleiro de Seleção. Só acho que faltou percepção. Não só a ele, mas de um modo geral. Alguns alegaram que ele pode ter forçado, mas não faria sentido. O jogo de ontem era uma 'decisão' e não atrapalharia a ida dele à Copa Rocca. E levando em conta que ele vai perder os próximos 3 jogos - um pela Sul Americana e dois pelo BR11 - faria muito mais sentido ele ter forçado o cartão no próprio jogo contra o São Paulo.
Enfim, explicado isso, vamos ao motivo de tanta ladainha diante de um simples cartão: Renan entrou em seu lugar e foi mais do que decisivo pro empate com gosto de derrota. Time que quer ser campeão não pode abrir 2 a 0 em casa e ceder o empate a um concorrente direto pelo título e pela Libertadores. E isso agrava-se mais em caso de enorme parcela de culpa de apenas um jogador.
Podem falar do gol perdido pelo Loco, da alteração errada do Caio Júnior, mas nada pode ser comparado às falhas bisonhas do goleiro reserva. Tudo começou na infantil atitude de pegar um claro recuo com as mãos. Antes de ser bom ou mau goleiro, você tem de saber as regras. Depois, erro grotesco no primeiro gol ao soltar a bola nos pés do atacante, nos fazendo lembrar o triste passado recente envolvendo a camisa 1. Sem falar nas várias espanadas com os pés e com as mãos. Ele simplesmente desestabilizou o time - que percebeu a insegurança que havia na nossa baliza.
Loco Abreu perdeu, sim, um gol feito. Mas fez outros dois - sem nem entrar no mérito de outras partidas. Decisivo sempre, mas nenhum atacante no mundo é 100% de aproveitamento. Eles também perderam gols. Caio Jr mexeu mal, mas que diferença isso faria no resultado, não fosse o frango que botou os caras no jogo? Isso basta pra concluirmos que a atuação de Renan simplesmente destoou - junto com a atuação bisonha de Herrera - do resto do jogo.
Um jogão, por sinal. É preciso reconhecer os méritos do adversário, que é um time traiçoeiro e bem armado, que sabe como nenhum outro, até agora, jogar um campeonato de pontos corridos. Mesmo apontado como time 'frio', retrancado, previsível, o São Paulo papou três Brasileirões consecutivos, Libertadores e Mundial. Isso nos últimos seis anos. Resultados de um clube estruturado, e mais um modelo a se seguir. Estamos nos estruturando e muito. Que venham os títulos.
Além da falta de malandragem no jogo contra o Grêmio, outra coisa me incomoda muito: a incapacidade do Botafogo em segurar resultados. Nunca vi o Botafogo, tendo a vantagem no placar, tocar a bola no ataque pra administrar o resultado. É só prender a bola lá na frente. Perdeu a posse, faz a falta, mas no campo de ataque. Por não fazer isso, somos o time que mais sofre gol nos últimos minutos da partida. Isso não pode acontecer mais, de jeito nenhum.
Que esse 2 a 2 com gosto de derrota sirva de exemplo pra adquirirmos e malícia de um time campeão. E que o resultado comprometido pela atuação de Renan se transforme em muito treinamento e dedicação, visando mudar essa péssima imagem que ficou. Precisamos de boas atuações do nosso camisa 12, visto que temos o melhor goleiro brasileiro vestindo a nossa 1, e estará muitas vezes à serviço da Seleção. Acorda, garoto!
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A sorte sorriu
A humilhante derrota por 5 a 0 diante do Coritiba e o empate morno com o Flamengo deram uma freada na empolgação do time e da torcida, que era enorme depois da expressiva vitória sobre o Ceará, num Engenhão lotado. Por um lado, isso era até importante. Esses resultados serviram pra colocarmos a cabeça no lugar e voltar àquele espírito que nos levava ao topo. Cabeça erguida, concentração e a rodada 25 pela frente.
Olhando os jogos, a apreensão aumentava. Todos os concorrentes do bolo de cima pegariam adversários não tão complicados, enquanto nós visitaríamos o Grêmio no Olímpico, cenário no qual não vencíamos desde 1995, ano do nosso último título nacional. Na primeira noite de rodada, apenas o Fluminense fez o dever de casa, enquanto Flamengo tropeçou no Galo (valeu, freguês!), Figueirense segurou o Inter, e São Paulo e Corinthians empataram entre si.
A quinta-feira chegou trazendo um friozinho estranho na barriga. Confesso que estava bastante descrente da vitória, seja por nossa postura fora de casa, pelo tabu no Olímpico, ou mesmo pelo momento de ascenção do Grêmio, que sempre é forte no Sul. Horas antes da partida, ainda em sala de aula, ouço a conversa de um professor, flamenguista fanático, e um colega de faculdade, botafoguense: "É jogo difícil, mas vocês têm o Loco. Ele joga, né?". Sorri, desconfiado.
Mal sabia eu que essa frase faria muito sentido algumas horas mais tarde. Parece clichê, mas é a grande verdade: quando TODO MUNDO desconfia, descrê, desacredita, o Botafogo surpreende. Mesmo assim, algo me fez ir em frente, matar a aula seguinte e correr pra casa. "Ser Botafogo é insistir e crer onde os fracos desistem", disse Arthur da Távola. E assim somos. Enfim, enxuguemos as lágrimas e vamos ao jogo.
Engana-se quem olha o resultado e pensa: "finalmente o Botafogo se impôs jogando fora de casa!". Quem dera, amigos. O que vimos, durante todo o primeiro tempo, foi o velho Botafogo visitante. Sem ousadia, sem criatividade e totalmente inseguro lá atrás. Ah, se não fosse o Jéfferson! Nosso homem de gelo pegou tudo, além de o Grêmio ter errado tudo o que o Coritiba acertou semana passada. Intervalo pra xingar todo mundo, respirar e voltar pra segunda etapa.
Incrivelmente, resolvi não xingar o Caio Júnior por suas substituições, mesmo percebendo que Alessandro estaria em campo e isso poderia nos custar a vitória. Felipe Menezes também entrou pra aumentar o sono do meio-campo. Saíram Lucas e Herrera, ambos com cartão. Como esperado, nada mudou, apesar de pequenos lampejos de ousadia, quase todos de Maicosuel.
Em meio a muitos ataques do Grêmio e milagres de Jéfferson, a sorte resolveu sorrir pra nós. Bela jogada de Maicosuel, que foi inteligente e rolou na hora certa pro Loco Abreu. Ah, o Loco Abreu.. Quando dominou, eu já comemorava. Bola na rede e lágrima no rosto. "Como é bom ter um ídolo", pensei eu. Cada novo gol importantíssimo do nosso uruguaio me faz sentir isso como se fosse o primeiro. Obrigado, Loco!
Mesmo pedindo pra tomar gol e desperdiçando vários contra-ataques - o que rendeu um verdadeiro esporro de Abreu ao fim do jogo -, o time conseguiu segurar o placar até o final. Vitória com muita sorte, que não vai aparecer sempre. Por isso, é necessário que o time conserte pra ontem os erros de sempre. Quem quer ser campeão não pode dar só três chutes a gol e levar mais de vinte. O meio-campo precisa acordar e armar. A zaga precisa se arrumar, não é mesmo, Fábio Ferreira?
A sorte ainda mandou um último recado, através do empate do líder Vasco com o mediano Atlético-GO: "hoje eu faço minha parte, mas amanhã é com vocês". Domingo é dia de mais uma decisão. A próxima rodada promete ser decisiva, e se fizermos nossa parte, a coisa pode ficar muito boa. Mas isso fica pro próximo post..
Saudações!
Olhando os jogos, a apreensão aumentava. Todos os concorrentes do bolo de cima pegariam adversários não tão complicados, enquanto nós visitaríamos o Grêmio no Olímpico, cenário no qual não vencíamos desde 1995, ano do nosso último título nacional. Na primeira noite de rodada, apenas o Fluminense fez o dever de casa, enquanto Flamengo tropeçou no Galo (valeu, freguês!), Figueirense segurou o Inter, e São Paulo e Corinthians empataram entre si.
A quinta-feira chegou trazendo um friozinho estranho na barriga. Confesso que estava bastante descrente da vitória, seja por nossa postura fora de casa, pelo tabu no Olímpico, ou mesmo pelo momento de ascenção do Grêmio, que sempre é forte no Sul. Horas antes da partida, ainda em sala de aula, ouço a conversa de um professor, flamenguista fanático, e um colega de faculdade, botafoguense: "É jogo difícil, mas vocês têm o Loco. Ele joga, né?". Sorri, desconfiado.
Mal sabia eu que essa frase faria muito sentido algumas horas mais tarde. Parece clichê, mas é a grande verdade: quando TODO MUNDO desconfia, descrê, desacredita, o Botafogo surpreende. Mesmo assim, algo me fez ir em frente, matar a aula seguinte e correr pra casa. "Ser Botafogo é insistir e crer onde os fracos desistem", disse Arthur da Távola. E assim somos. Enfim, enxuguemos as lágrimas e vamos ao jogo.
Engana-se quem olha o resultado e pensa: "finalmente o Botafogo se impôs jogando fora de casa!". Quem dera, amigos. O que vimos, durante todo o primeiro tempo, foi o velho Botafogo visitante. Sem ousadia, sem criatividade e totalmente inseguro lá atrás. Ah, se não fosse o Jéfferson! Nosso homem de gelo pegou tudo, além de o Grêmio ter errado tudo o que o Coritiba acertou semana passada. Intervalo pra xingar todo mundo, respirar e voltar pra segunda etapa.
Incrivelmente, resolvi não xingar o Caio Júnior por suas substituições, mesmo percebendo que Alessandro estaria em campo e isso poderia nos custar a vitória. Felipe Menezes também entrou pra aumentar o sono do meio-campo. Saíram Lucas e Herrera, ambos com cartão. Como esperado, nada mudou, apesar de pequenos lampejos de ousadia, quase todos de Maicosuel.
Em meio a muitos ataques do Grêmio e milagres de Jéfferson, a sorte resolveu sorrir pra nós. Bela jogada de Maicosuel, que foi inteligente e rolou na hora certa pro Loco Abreu. Ah, o Loco Abreu.. Quando dominou, eu já comemorava. Bola na rede e lágrima no rosto. "Como é bom ter um ídolo", pensei eu. Cada novo gol importantíssimo do nosso uruguaio me faz sentir isso como se fosse o primeiro. Obrigado, Loco!
Mesmo pedindo pra tomar gol e desperdiçando vários contra-ataques - o que rendeu um verdadeiro esporro de Abreu ao fim do jogo -, o time conseguiu segurar o placar até o final. Vitória com muita sorte, que não vai aparecer sempre. Por isso, é necessário que o time conserte pra ontem os erros de sempre. Quem quer ser campeão não pode dar só três chutes a gol e levar mais de vinte. O meio-campo precisa acordar e armar. A zaga precisa se arrumar, não é mesmo, Fábio Ferreira?
A sorte ainda mandou um último recado, através do empate do líder Vasco com o mediano Atlético-GO: "hoje eu faço minha parte, mas amanhã é com vocês". Domingo é dia de mais uma decisão. A próxima rodada promete ser decisiva, e se fizermos nossa parte, a coisa pode ficar muito boa. Mas isso fica pro próximo post..
Saudações!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Contando nos dedos
Acredito que já tenha expressado a minha descrença diante dos números. Realmente, não sou um grande admirador da associação da matemática ao futebol. Mas através desse tópico, vamos confirmar a máxima de que toda generalização é burra. Ao contrário de tabus, gols marcados e sofridos e outras estatísticas furadas e vazias, as contas por pontuações são bastante exatas. Não permitem falhas. Vou explicar!
Um time pode, estatísticamente, marcar poucos gols fora de casa. Mas nada impede que em determinada partida, ele vença por 5 a 0 como visitante. Já as estatísticas baseadas em contas de probabilidade, permitem apenas pequenas margens de erro, em casos de exceção. Mas como sou péssimo pra falar de matemática, vou deixar que a matéria do Redação Sportv, com o professor André Diniz, explique a todos onde eu quero chegar. Leia com atenção para prosseguirmos.
Pois bem, vamos ao que interessa: a parte Gloriosa e alvinegra no meio de todos esses números. O único número que nos interessa a partir de agora é esse: 8. Oito vitórias em quinze partidas. É o que nos separa da tão sonhada volta à Libertadores da América. Quinze anos de ausência do grande responsável por três títulos mundiais do Brasil diante do torneio mais importante do continente. Uma afronta à nossa história.
Voltando ao futebol na prática, vamos analisar os confrontos dessas quinze batalhas, separados em dois grupos: jogos em que somos mandantes, e partidas disputadas em territórios adversários. É claro que os clássicos são em território neutro - apesar de acontecerem em nosso estádio, o que é uma vantagem nossa -, mas vou seguir à risca o que aponta a tabela.
CASA: São Paulo, Bahia, Atlético-PR, Cruzeiro, Figueirense, Internacional, Fluminense.
FORA: Grêmio, Atlético-GO, Corinthians, Avaí, Vasco, América-MG, Atlético-MG.
É complicado fazer qualquer prognóstico sobre resultados. Envolve muitas coisas que influenciam completamente o resultado, principalmente nessa parte final do campeonato. São eles: fase do time, desfalques, situação na tabela, objetivos do rival. Resumindo, o campeonato vira de ponta-cabeça nessa última parte. Times desesperados fazem grandes jogos, enquanto outros já curtem as férias, ou mesmo entregam resultados propositalmente, visando prejudicar algum clube rival.
Mas fazendo uma análise superficial, constatamos alguns fatores que são meio óbvios: temos tudo pra fazer uma boa trajetória em casa, tanto pela nossa campanha - é vago - quanto pela superioridade diante de alguns times. Vitórias diante de São Paulo, Inter e Fluminense são essenciais. É muito complicado vencer todos os jogos, pra qualquer time. Mas clubes com grandes objetivos precisam alcançar metas complicadas, a não ser que queiram figurar mais um ano na - cá entre nós - chata Sul Americana.
Já fora de casa, o panorama é outro. Precisamos mudar drasticamente a nossa postura como visitante. Vitórias contra os times considerados "pequenos" são obrigação: Atlético-GO, Avaí e América-MG, que dependendo do andamento do campeonato, já podem até estar rebaixados. Seria excelente também confirmar - de novo - a freguesia do Galo. Sendo realista, devemos enxergar com bons olhos quaisquer pontos conquistados contra Grêmio e Corinthians, que assim como nós também têm obrigações e metas a cumprir como mandantes. Sobre o Vasco, clássico é clássico, mas condições de vencer nós temos - fato muito bem comprovado por um lindo 4 a 0.
Enfim, sei que é vago e até meio inútil projetar resultados, mas o importante dessa postagem é desenhar um quadro geral de nossa situação, que, ao meu ver, é favorável. Mas tudo cai por terra se não mantivermos o pique e a boa campanha. Por isso, o empenho e a união entre jogadores, comissão técnica e torcida são mais do que fundamentais nessa arrancada final. Com muito foco, garra e determinação, pra cima deles, rumo às Américas!
Um time pode, estatísticamente, marcar poucos gols fora de casa. Mas nada impede que em determinada partida, ele vença por 5 a 0 como visitante. Já as estatísticas baseadas em contas de probabilidade, permitem apenas pequenas margens de erro, em casos de exceção. Mas como sou péssimo pra falar de matemática, vou deixar que a matéria do Redação Sportv, com o professor André Diniz, explique a todos onde eu quero chegar. Leia com atenção para prosseguirmos.
Pois bem, vamos ao que interessa: a parte Gloriosa e alvinegra no meio de todos esses números. O único número que nos interessa a partir de agora é esse: 8. Oito vitórias em quinze partidas. É o que nos separa da tão sonhada volta à Libertadores da América. Quinze anos de ausência do grande responsável por três títulos mundiais do Brasil diante do torneio mais importante do continente. Uma afronta à nossa história.
Voltando ao futebol na prática, vamos analisar os confrontos dessas quinze batalhas, separados em dois grupos: jogos em que somos mandantes, e partidas disputadas em territórios adversários. É claro que os clássicos são em território neutro - apesar de acontecerem em nosso estádio, o que é uma vantagem nossa -, mas vou seguir à risca o que aponta a tabela.
CASA: São Paulo, Bahia, Atlético-PR, Cruzeiro, Figueirense, Internacional, Fluminense.
FORA: Grêmio, Atlético-GO, Corinthians, Avaí, Vasco, América-MG, Atlético-MG.
É complicado fazer qualquer prognóstico sobre resultados. Envolve muitas coisas que influenciam completamente o resultado, principalmente nessa parte final do campeonato. São eles: fase do time, desfalques, situação na tabela, objetivos do rival. Resumindo, o campeonato vira de ponta-cabeça nessa última parte. Times desesperados fazem grandes jogos, enquanto outros já curtem as férias, ou mesmo entregam resultados propositalmente, visando prejudicar algum clube rival.
Mas fazendo uma análise superficial, constatamos alguns fatores que são meio óbvios: temos tudo pra fazer uma boa trajetória em casa, tanto pela nossa campanha - é vago - quanto pela superioridade diante de alguns times. Vitórias diante de São Paulo, Inter e Fluminense são essenciais. É muito complicado vencer todos os jogos, pra qualquer time. Mas clubes com grandes objetivos precisam alcançar metas complicadas, a não ser que queiram figurar mais um ano na - cá entre nós - chata Sul Americana.
Já fora de casa, o panorama é outro. Precisamos mudar drasticamente a nossa postura como visitante. Vitórias contra os times considerados "pequenos" são obrigação: Atlético-GO, Avaí e América-MG, que dependendo do andamento do campeonato, já podem até estar rebaixados. Seria excelente também confirmar - de novo - a freguesia do Galo. Sendo realista, devemos enxergar com bons olhos quaisquer pontos conquistados contra Grêmio e Corinthians, que assim como nós também têm obrigações e metas a cumprir como mandantes. Sobre o Vasco, clássico é clássico, mas condições de vencer nós temos - fato muito bem comprovado por um lindo 4 a 0.
Enfim, sei que é vago e até meio inútil projetar resultados, mas o importante dessa postagem é desenhar um quadro geral de nossa situação, que, ao meu ver, é favorável. Mas tudo cai por terra se não mantivermos o pique e a boa campanha. Por isso, o empenho e a união entre jogadores, comissão técnica e torcida são mais do que fundamentais nessa arrancada final. Com muito foco, garra e determinação, pra cima deles, rumo às Américas!
domingo, 11 de setembro de 2011
Levanta e sacode a poeira
O bom Botafogo 2011 se divide em dois: o que joga em casa e o que joga fora. A versão mandante tem personalidade, posse de bola, imposição de jogo e demonstra uma vontade incrível de ser um time vencedor, campeão. Já a versão visitante é exatamente o oposto disso. E com a empolgação da sequência positiva, o discurso pro jogo de ontem era reverter esse padrão fora de casa. Não deu.
Em uma tarde trágica, digna de esquecimento, um irreconhecível Botafogo foi massacrado no Couto Pereira. Demonstrando os problemas de sempre em terrenos adversários, fomos envolvidos durante todo o primeiro tempo. Criamos algumas chances, mas muito aquém do que sabemos e precisamos. Diante dos milagres de Jéfferson, o 1 a 0 - obtido através da vigésima falha consecutiva de Fábio Ferreira na partida - foi até lucro.
Durante o intervalo, a constatação era óbvia: o time está muito abaixo do seu nível e precisa mudar. Devido à competitividade dos nossos jogadores, às vezes igualamos o jogo mesmo diante dos nossos conhecidos defeitos fora de casa. Mas hoje, definitivamente, não era pra acontecer. O que presenciaríamos no segundo tempo não se vê todo dia. Tudo que vinha dando certo nos últimos jogos, resolveu dar errado ao mesmo tempo, no mesmo dia.
Começou o segundo tempo e, de cara, um pênalti fantasma. Até quem estava no Engenhão viu que Jéfferson recolheu os braços. Juizão, que já havia dado amarelo pra Elkeson por UMA falta boba e no ataque enquanto Léo Gago descia o sarrafo impunemente, deu o segundo gol pro Coxa. O time, já apático, se desestabilizou de vez. Sabendo o que ia acontecer, preferi desligar a TV e escapei da enxurrada de gols que sofreriamos dali ao fim do jogo.
Mas peraí, perdemos algo além dos três pontos? O que presenciei no pós-jogo era digno de uma derrota diante de um time equatoriano numa final de Libertadores. Cadê a coerência e a tranquilidade do último post? O time, que era sensacional até anteontem, não pode se transformar num lixo por uma tarde infeliz. Sabemos o potencial de nossos jogadores.
É hora de confiar e torcer. A sorte de campeão nos acompanhou e nenhum dos grandes venceu, o que ameniza mais ainda nossa derrota. Sem pânico, pessoal! Até parece que temos um jogo a mais que os outros, estamos há 8 jogos parados na esquina ou somos um mero time de investidores daquele plano de saúde. Vamos pra cima: aqui é Botafogo, porra!
Lotar o estádio e dar show foi muito quando ganhamos. Mas agora, depois da goleada sofrida, é que precisamos demonstrar o nosso apoio. Já pensou que grande demonstração de confiança lotarmos nossa parte no clássico de domingo? Um gás a mais pra esse time brigador que merece e precisa de nossa força. Sabemos o que uma vitória contra o Flamengo pode representar pra todos nós nessa caminhada, rumo ao título.
Em uma tarde trágica, digna de esquecimento, um irreconhecível Botafogo foi massacrado no Couto Pereira. Demonstrando os problemas de sempre em terrenos adversários, fomos envolvidos durante todo o primeiro tempo. Criamos algumas chances, mas muito aquém do que sabemos e precisamos. Diante dos milagres de Jéfferson, o 1 a 0 - obtido através da vigésima falha consecutiva de Fábio Ferreira na partida - foi até lucro.
Durante o intervalo, a constatação era óbvia: o time está muito abaixo do seu nível e precisa mudar. Devido à competitividade dos nossos jogadores, às vezes igualamos o jogo mesmo diante dos nossos conhecidos defeitos fora de casa. Mas hoje, definitivamente, não era pra acontecer. O que presenciaríamos no segundo tempo não se vê todo dia. Tudo que vinha dando certo nos últimos jogos, resolveu dar errado ao mesmo tempo, no mesmo dia.
Começou o segundo tempo e, de cara, um pênalti fantasma. Até quem estava no Engenhão viu que Jéfferson recolheu os braços. Juizão, que já havia dado amarelo pra Elkeson por UMA falta boba e no ataque enquanto Léo Gago descia o sarrafo impunemente, deu o segundo gol pro Coxa. O time, já apático, se desestabilizou de vez. Sabendo o que ia acontecer, preferi desligar a TV e escapei da enxurrada de gols que sofreriamos dali ao fim do jogo.
Mas peraí, perdemos algo além dos três pontos? O que presenciei no pós-jogo era digno de uma derrota diante de um time equatoriano numa final de Libertadores. Cadê a coerência e a tranquilidade do último post? O time, que era sensacional até anteontem, não pode se transformar num lixo por uma tarde infeliz. Sabemos o potencial de nossos jogadores.
É hora de confiar e torcer. A sorte de campeão nos acompanhou e nenhum dos grandes venceu, o que ameniza mais ainda nossa derrota. Sem pânico, pessoal! Até parece que temos um jogo a mais que os outros, estamos há 8 jogos parados na esquina ou somos um mero time de investidores daquele plano de saúde. Vamos pra cima: aqui é Botafogo, porra!
Lotar o estádio e dar show foi muito quando ganhamos. Mas agora, depois da goleada sofrida, é que precisamos demonstrar o nosso apoio. Já pensou que grande demonstração de confiança lotarmos nossa parte no clássico de domingo? Um gás a mais pra esse time brigador que merece e precisa de nossa força. Sabemos o que uma vitória contra o Flamengo pode representar pra todos nós nessa caminhada, rumo ao título.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Aprendendo a jogar
"Nem sempre ganhando / nem sempre perdendo, mas /aprendendo a jogar". Através dessa conhecida música de Elis Regina, consigo ver o nosso Botafogo. É perceptível como o clube vem, ao longo dos anos, se adaptando ao sistema de pontos corridos. Claro, isso não depende apenas de adaptação à filosofia do campeonato, mas também por outros fatores primordiais.
O primeiro deles é o planejamento: não adianta pensar em tudo de uma vez, como vão ser os 38 jogos, nem tratar um jogo com mais importância que outro. O ideal é 'quebrar' a tabela em várias pequenas sequências, como faz o técnico Caio Jr, estabelecendo metas pra cada uma. Dessa maneira, o time não perde o foco e nem a motivação.
Mas, pra conseguir cumprir essas metas, é preciso qualidade no segundo fator: a qualidade do elenco. Após os últimos anos, é de conhecimento geral a necessidade de montar um elenco numeroso e qualificado, com opções pra todos os setores. Aos poucos, o Botafogo vai alcançando isso. Claro que ainda não estamos no ponto ideal, mas a mudança completa da filosofia nos empurrou pro caminho certo. O time já tem sua espinha montada, grande parte do elenco tem seu passe vinculado ao clube e com contratos longos. Caminhada a passos largos.
Passados esses dois fatores, aí sim, vamos ao campo e suas vertentes. Num campeonato longo e equilibrado, é importantíssimo não se desesperar com derrotas e, mais ainda, não se empolgar com vitórias. E isso também se estende à torcida. Lembro bem de como estávamos empolgados em 2007, certos do título, mesmo antes do fim do primeiro turno. Mal sabíamos que o elenco era limitadíssimo e o planejamento precário.
Mas falemos de coisas boas: o momento atual, muito bem representado pela tarde desse 7 de Setembro. Em um show do time e da torcida, o Botafogo obteve mais uma excelente vitória. O caminho se tornou mais fácil com outro gol de Herrera em início de partida. O Ceará equilibrou o jogo e até nos dominou por alguns minutos, mas a expulsão do zagueiro Fabrício em jogada de Maicosuel - que está voltando a jogar bem, mas ainda distante do Mago 2010 - recolocou o Botafogo no comando do jogo.
A partir daí, foi domínio absoluto. O Botafogo cresceu demais no segundo tempo, colocou o Ceará na roda e fez a festa da torcida, vibrante e apaixonada, que lotou o Engenhão. Ilustra-se a partida com o terceiro gol: uma bela trama que envolveu Lucas, Elkeson e Maicosuel, que rolou pro nosso Loco só empurrar pras redes. Outros destaques foram a boa entrada de Éverton com duas assistências, o gol de cabeça do pequeno-grande Cidinho e a inteligente atitude de Alessandro, evitando que Azevedo descesse direto pro vestiário e mostrando que suas melhores intervenções são no banco mesmo. Que continue TUDO assim!
O Botafogo de fato joga o melhor futebol do momento e talvez do campeonato. Mas é importante notar que Corinthians e Flamengo, por exemplo, já tiveram ótimos momentos e hoje estão em má fase. Por isso, resolvi ressaltar nessa postagem a necessidade de mantermos a tranquilidade diante desse ótimo momento. Temos longas 16 rodadas pela frente, mais o jogo adiado contra o Santos. É fundamental manter a excelente campanha em casa, e consertar o nosso principal defeito: a postura fora de casa. Por que jogar diferente e mudar um estilo tão eficiente de jogo?
Enfim, é inegável que a fase empolga e a postura - como aponta o blog do amigo Thiago - encanta. Podemos sim ficar felizes e muito animados. Talvez até mais com a evolução do clube do que com o momento vivido pelo time. Mas isso tudo com a cabeça no lugar. Que não seja apenas uma fase e, principalmente, que o final seja diferente. Merecemos esse título mais do que qualquer outro e vamos em busca dele, com muitos outros dias marcantes como ontem. Pra cima deles, Glorioso!
O primeiro deles é o planejamento: não adianta pensar em tudo de uma vez, como vão ser os 38 jogos, nem tratar um jogo com mais importância que outro. O ideal é 'quebrar' a tabela em várias pequenas sequências, como faz o técnico Caio Jr, estabelecendo metas pra cada uma. Dessa maneira, o time não perde o foco e nem a motivação.
Mas, pra conseguir cumprir essas metas, é preciso qualidade no segundo fator: a qualidade do elenco. Após os últimos anos, é de conhecimento geral a necessidade de montar um elenco numeroso e qualificado, com opções pra todos os setores. Aos poucos, o Botafogo vai alcançando isso. Claro que ainda não estamos no ponto ideal, mas a mudança completa da filosofia nos empurrou pro caminho certo. O time já tem sua espinha montada, grande parte do elenco tem seu passe vinculado ao clube e com contratos longos. Caminhada a passos largos.
Passados esses dois fatores, aí sim, vamos ao campo e suas vertentes. Num campeonato longo e equilibrado, é importantíssimo não se desesperar com derrotas e, mais ainda, não se empolgar com vitórias. E isso também se estende à torcida. Lembro bem de como estávamos empolgados em 2007, certos do título, mesmo antes do fim do primeiro turno. Mal sabíamos que o elenco era limitadíssimo e o planejamento precário.
Mas falemos de coisas boas: o momento atual, muito bem representado pela tarde desse 7 de Setembro. Em um show do time e da torcida, o Botafogo obteve mais uma excelente vitória. O caminho se tornou mais fácil com outro gol de Herrera em início de partida. O Ceará equilibrou o jogo e até nos dominou por alguns minutos, mas a expulsão do zagueiro Fabrício em jogada de Maicosuel - que está voltando a jogar bem, mas ainda distante do Mago 2010 - recolocou o Botafogo no comando do jogo.
A partir daí, foi domínio absoluto. O Botafogo cresceu demais no segundo tempo, colocou o Ceará na roda e fez a festa da torcida, vibrante e apaixonada, que lotou o Engenhão. Ilustra-se a partida com o terceiro gol: uma bela trama que envolveu Lucas, Elkeson e Maicosuel, que rolou pro nosso Loco só empurrar pras redes. Outros destaques foram a boa entrada de Éverton com duas assistências, o gol de cabeça do pequeno-grande Cidinho e a inteligente atitude de Alessandro, evitando que Azevedo descesse direto pro vestiário e mostrando que suas melhores intervenções são no banco mesmo. Que continue TUDO assim!
O Botafogo de fato joga o melhor futebol do momento e talvez do campeonato. Mas é importante notar que Corinthians e Flamengo, por exemplo, já tiveram ótimos momentos e hoje estão em má fase. Por isso, resolvi ressaltar nessa postagem a necessidade de mantermos a tranquilidade diante desse ótimo momento. Temos longas 16 rodadas pela frente, mais o jogo adiado contra o Santos. É fundamental manter a excelente campanha em casa, e consertar o nosso principal defeito: a postura fora de casa. Por que jogar diferente e mudar um estilo tão eficiente de jogo?
Enfim, é inegável que a fase empolga e a postura - como aponta o blog do amigo Thiago - encanta. Podemos sim ficar felizes e muito animados. Talvez até mais com a evolução do clube do que com o momento vivido pelo time. Mas isso tudo com a cabeça no lugar. Que não seja apenas uma fase e, principalmente, que o final seja diferente. Merecemos esse título mais do que qualquer outro e vamos em busca dele, com muitos outros dias marcantes como ontem. Pra cima deles, Glorioso!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Convite para a festa
Chegou a hora, amigos. A hora da verdade. Dia e horário perfeitos. Momento certo de mostrar toda sua força, tanto o time quanto a torcida. É o início de uma caminhada longa, cansativa e perigosa até os objetivos finais da temporada. Surpreendemos no primeiro turno, quando ninguém levava o nosso time a sério - cá entre nós, muito justamente, devido ao péssimo primeiro semestre. Mas agora o panorama é muito diferente: nós mostramos força e regularidade, e todos reconheceram isso; de fato, seremos muito mais visados nesse segundo turno.
A CBF bem que tentou, mas não conseguiu nos prejudicar muito. Uma rodada que tinha tudo pra ser trágica pro Botafogo acabou sendo muito boa: todos os nossos concorrentes tropeçaram, com exceção do São Paulo. Se a CBF não rasgasse o Estatuto e o nosso jogo contra o Santos, com seis desfalques, tivesse acontecido, assumiríamos a liderança com uma vitória simples por 1 a 0. Mas como diz o ditado, "há males que vêm para o bem". Nosso time é melhor quando desacreditado, comendo pelas beiradas, vide 95. Deixemos os holofotes para os rivais.
O adversário nesse feriado de quarta-feira, às 16h, não é o ideal. O Ceará é um time que incomoda e sabe jogar fora de casa. Tem uma defesa bem postada, volantes que marcam bem, e dois jovens que se destacam: Thiago Humberto e, principalmente, Osvaldo. Além do típico estilo de jogador que se torna carrasco do Botafogo, o centro-avante caneleiro - porém eficiente - Marcelo Nicácio. Resumindo, o Ceará é um time sem grandes peças, porém muito bem armado pelo técnico Vágner Mancini.
Apesar disso tudo, não creio que devemos ficar preocupados. Nosso time é superior, tem jogadores de Seleção - parabéns a Jéfferson (de novo) e Cortês pela convocação! - e é o melhor mandante do campeonato. Pra melhorar, só falta um melhor comparecimento da torcida, que promete fazer isso começando por esse jogo-chave. Destaque pro já conhecido projeto "BLACK HELL" (curtam e contribuam!), que promete fazer mais uma linda festa antes, durante e depois do jogo.
Na tarde dessa terça-feira, o Botafogo divulgou através de seu Twitter Oficial a venda de mais de 20 mil ingressos antecipados. Vale lembrar que essa parcial não computa a presença de Sócio-torcedores, que alcançam a casa de 11 mil em todo o Brasil. Ou seja, promessa de casa cheia, o que agrada muito a elenco, comissão técnica e diretoria. Em outras ocasiões, a torcida já comprovou sua importância. Dados comprovam que o Botafogo nunca perdeu no Engenhão com mais da metade dos lugares ocupados. Que continue assim!
E você, vai ficar aí sentado? Levanta e corre pra comprar seu ingresso enquanto ainda tem. Te vejo em nossa casa!
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sorrindo sobre o leite derramado
Existem momentos na vida em que sentimos sensações totalmente opostas. Muitas dessas vezes, fica complicado encontrar palavras que consigam explicar esses sentimentos que contrastam. Só que, no caso de ontem e hoje, qualquer botafoguense é capaz de entender essa mistura que envolve felicidade, empolgação, frustração e revolta.
Ao menos, existe um alento: a parte boa dessa mistureba toda é causada pelo próprio Botafogo. Infelizmente, uma mudança inusitada de tempo e clima fez com que a torcida não cumprisse as expectativas de público e renda. Mas quem resolveu enfrentar frio, chuva e vento, não se arrependeu - pelo contrário, terminou a noite muito feliz.
Felicidade essa causada por mais uma grande vitória no Engenhão. Contra um Palmeiras desfalcado mas não menos perigoso, os alvinegros não deixaram nem a galera de São Paulo respirar e já foi guardando o primeiro: excelente cruzamento de Renato - mais uma vez, excelente. Encanta! - e testada de Herrera pras redes. Pouco tempo depois, em mais uma bola parada de Renato, em falta sofrida pelo lateral-direito titular - que alegria - Lucas, a bola foi, rasteira, encontrar os pés de Gustavo, que só empurrou. Aliás, bela partida do nosso zagueiro. Representou bem o xerife-artilheiro Antônio Carlos, que infelizmente vai ficar 20 dias de molho. Depois disso, nada relevante na primeira etapa. No intervalo, o vento nos fez lembrar que chovia gelado.
Veio o segundo tempo, e com ele o calor de mais um gol. Elkeson roubou e lançou pro Mago que, lembrando os velhos tempos, ganhou na velocidade e tirou do goleiro. Após alguns erros de arbitragem e chances perdidas, ainda houve tempo para que o time verde ganhasse um gol espírita nos acréscimos, como de praxe no Engenhão. Espero que isso não nos atrapalhe um dia. Fim de jogo e festa no Engenhão com a vitória que nos levou à terceira colocação, ultrapassando o "bonde sem freio" e os bambis de São Paulo. Aliás, Botafogo, Vasco e Fluminense venceram e subiram na tabela, enquanto o Flamengo... ficou parado na esquina!
Mas falando em Fluminense, nem tudos são flores, né? E a segunda parte dessa postagem não vai nem um pouco agradável como a primeira. A causa da frustração e da revolta deve-se a 'problemas' fora de nosso alcance. Com o time embalado, poderíamos assumir a liderança do campeonato em caso de vitória contra o Santos. Pois bem, esse jogo foi adiado. O Estatuto aponta que nenhum jogo pode ser adiado com menos de dez dias de antecedência. E desde quando a CBF se importa com essas formalidades?
Pois é, a entidade simplesmente ignorou o regulamento e adiou a partida, que sequer tem uma nova data definida. Além de estar errado só por descumprir a lei, o motivo consegue piorar: três jogadores do Santos foram convocados. E daí? Alguém adiou jogos enquanto Jéfferson, Arévalo e Loco Abreu disputavam a Copa América?
"Ah, mas o Santos tem também três lesionados". Isso não é problema do Botafogo. Até ontem, também tínhamos Antônio Carlos, Caio e Éverton no departamento médico. Vários times estão prejudicados por convocações e contusões, o Vasco está com seu técnico internado após um AVE, mas só o Santos tem seus jogos adiados. Não é a primeira vez. Atitude no mínimo estranha da CBF.
E o que mais me impressiona é a passividade da diretoria perante essa decisão totalmente incoerente. O gerente de futebol apareceu apenas pra pedir cuidado com a nova data. Desconfio que, se fosse alguma reclamação ou reivindicação da torcida, Maurício Assumpção já teria dado as caras pra dar uma resposta grosseira e agressiva. Mas pra que discordar do papai Teixeira e sua corja? Deixe que pisem no Botafogo!
Mas contra outros 19 times, vários juízes, CBF e até nossa própria diretoria, estamos em terceiro lugar. Vamos juntos - torcida, jogadores e comissão técnica -, com um jogo a menos até sabe Deus quando, contra tudo e todos, até o topo. É só crer, como hoje. Teremos pela frente uma semana de descanso e dois dias pra secarmos. Quarta que vem, feriado, é o momento perfeito pra lotarmos o Engenhão e engolir o Ceará. Nos vemos lá!
Ao menos, existe um alento: a parte boa dessa mistureba toda é causada pelo próprio Botafogo. Infelizmente, uma mudança inusitada de tempo e clima fez com que a torcida não cumprisse as expectativas de público e renda. Mas quem resolveu enfrentar frio, chuva e vento, não se arrependeu - pelo contrário, terminou a noite muito feliz.
Felicidade essa causada por mais uma grande vitória no Engenhão. Contra um Palmeiras desfalcado mas não menos perigoso, os alvinegros não deixaram nem a galera de São Paulo respirar e já foi guardando o primeiro: excelente cruzamento de Renato - mais uma vez, excelente. Encanta! - e testada de Herrera pras redes. Pouco tempo depois, em mais uma bola parada de Renato, em falta sofrida pelo lateral-direito titular - que alegria - Lucas, a bola foi, rasteira, encontrar os pés de Gustavo, que só empurrou. Aliás, bela partida do nosso zagueiro. Representou bem o xerife-artilheiro Antônio Carlos, que infelizmente vai ficar 20 dias de molho. Depois disso, nada relevante na primeira etapa. No intervalo, o vento nos fez lembrar que chovia gelado.
Veio o segundo tempo, e com ele o calor de mais um gol. Elkeson roubou e lançou pro Mago que, lembrando os velhos tempos, ganhou na velocidade e tirou do goleiro. Após alguns erros de arbitragem e chances perdidas, ainda houve tempo para que o time verde ganhasse um gol espírita nos acréscimos, como de praxe no Engenhão. Espero que isso não nos atrapalhe um dia. Fim de jogo e festa no Engenhão com a vitória que nos levou à terceira colocação, ultrapassando o "bonde sem freio" e os bambis de São Paulo. Aliás, Botafogo, Vasco e Fluminense venceram e subiram na tabela, enquanto o Flamengo... ficou parado na esquina!
Mas falando em Fluminense, nem tudos são flores, né? E a segunda parte dessa postagem não vai nem um pouco agradável como a primeira. A causa da frustração e da revolta deve-se a 'problemas' fora de nosso alcance. Com o time embalado, poderíamos assumir a liderança do campeonato em caso de vitória contra o Santos. Pois bem, esse jogo foi adiado. O Estatuto aponta que nenhum jogo pode ser adiado com menos de dez dias de antecedência. E desde quando a CBF se importa com essas formalidades?
Pois é, a entidade simplesmente ignorou o regulamento e adiou a partida, que sequer tem uma nova data definida. Além de estar errado só por descumprir a lei, o motivo consegue piorar: três jogadores do Santos foram convocados. E daí? Alguém adiou jogos enquanto Jéfferson, Arévalo e Loco Abreu disputavam a Copa América?
"Ah, mas o Santos tem também três lesionados". Isso não é problema do Botafogo. Até ontem, também tínhamos Antônio Carlos, Caio e Éverton no departamento médico. Vários times estão prejudicados por convocações e contusões, o Vasco está com seu técnico internado após um AVE, mas só o Santos tem seus jogos adiados. Não é a primeira vez. Atitude no mínimo estranha da CBF.
E o que mais me impressiona é a passividade da diretoria perante essa decisão totalmente incoerente. O gerente de futebol apareceu apenas pra pedir cuidado com a nova data. Desconfio que, se fosse alguma reclamação ou reivindicação da torcida, Maurício Assumpção já teria dado as caras pra dar uma resposta grosseira e agressiva. Mas pra que discordar do papai Teixeira e sua corja? Deixe que pisem no Botafogo!
Mas contra outros 19 times, vários juízes, CBF e até nossa própria diretoria, estamos em terceiro lugar. Vamos juntos - torcida, jogadores e comissão técnica -, com um jogo a menos até sabe Deus quando, contra tudo e todos, até o topo. É só crer, como hoje. Teremos pela frente uma semana de descanso e dois dias pra secarmos. Quarta que vem, feriado, é o momento perfeito pra lotarmos o Engenhão e engolir o Ceará. Nos vemos lá!
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