No ano de 476 d.C., o Rei bárbaro Odoacro, dos Hérulos, depôs o último imperador romano, decretando assim a queda do Império Romano do Ocidente, e dando início à Idade Média. Com certeza, um marco histórico, e lembrado até hoje. Um grande feito, por grandes homens.
Ontem não foi diferente. Quem foi ao Maior do Mundo pôde acompanhar a queda do "Império do Amor", tão aclamado e exaltado pela imprensa brasileira. A "seleção" do Flamengo entrou em campo, assim como sua torcida, já certa da vitória. Lá de cima do seu salto, a empáfia, a arrogância e o deboche ecoavam em nossos ouvidos há tempos.
Mas os nossos guerreiros, mesmo diante de toda limitação técnica do elenco, colocaram o coração na ponta da chuteira e, em mais um capítulo digno e compatível com a história do nosso Glorioso, numa virada emocionante, selaram o passaporte pra mais uma final da Taça Guanabara.
Não vou entrar em detalhes do jogo. Lances não são nada perto do que essa vitória representa. Se Deus quiser, é o início de uma nova era, assim como na vitória dos bárbaros lá no século V. Nossos jogadores foram homens acima de tudo, e demonstraram o compromisso com o Alvinegro desde o Carnaval, se concentrando pro jogo, enquanto os molambos se acabavam no Sambódromo.
Mas desfile mesmo foi o nosso, na avenida rumo à final e, com a mesma garra e empenho dessa semifinal, ao título! Teremos pela frente um ótimo adversário, que inclusive já nos aplicou uma goleada humilhante nesse campeonato. Mas isso é uma preocupação pra Papai Joel.
Enfim, deixo aqui registrado os meus parabens à todos que vestiram a camisa alvinegra nessa quarta-feira no Maracanã: jogadores, comissão técnica, e a nós, guerreiros da arquibancada, mais uma vez em número reduzido. Mas, como diz o ditado, quantidade não é qualidade, e nesse aspecto, demos um show! Cada um cantando por 10, e é assim que tem que ser.
Aos que não foram, seja por medo do adversário, ou por falta de confiança, deixo um recado: não vão no jogo final. Não precisamos de vocês. E, o mais importante, aprendam a NUNCA DUVIDAR DO GLORIOSO BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. Vocês são ridículos!
Saudações Alvinegras e até domingo!
O jogo de ontem dispensa comentários. Qualquer análise técnica ou tática vira supérflua diante do que assistimos. Quanto mais alto, maior a queda, não há como fugir disso. E o pior é que eles ainda não aprenderam, essa tem sido a história deles repetidas vezes. Petulância nunca ganhou jogo e, muitas vezes, a vontade de ganhar supera qualquer limitação (e bota limitação nisso). Mas ganhamos, isso que importa. Aliás não, ganhamos e o flamengo perdeu, uma coisa quase tão importante quanto a outra, somadas então... é só correr pro abraço!!! E domingo tem mais. Fogooooooooooo
ResponderExcluirBem feito para aqueles fdps, arrogantes e fudidos. Você só esqueceu de comentar sobre a arbitragem, mais uma vez tendenciosa.......
ResponderExcluirSó falta o vasquinho!
Provavelmente a proporção de pessoas de bem para aquelas outras ontem, no Maracanã, era de 1:3.
ResponderExcluirNo entanto, como geralmente acontece quando nos deparamos com situações perigosas, o corpo humano ativa seus dispositivos de defesa. É como pular um muro muito alto fugindo de um cachorro feroz, ou correr como um etíope escapando de um arrastão.
Ontem, o dispositivo de defesa de um terço do Maracanã foi a amplificação de sua voz. Cada alvinegro ganhou mais um pulmão, mais cordas vocais, mais fôlego.
Não obstante as limitações técnicas do time, o que cada presente no lado B (de bom, belo,bonito, bacana... de BOTAFOGO) da arquibancada sentiu é que quando todos os fatores somam esforços em prol de um mesmo objetivo, bolas imperiais vão para fora, bolas amorosas param no travessão, cartões amarelos são anulados, e um menino vira um gigante.
A guerra está ganha? Longe disso, e domingo temos mais uma batalha.
Mas agora, no presente momento, urubu ao molho de cinzas tem um sabor tão doce...
Foi uma noite inesquecível. Foi melhor do que a vitória do Carioca de 2006 e do que qualquer uma dessas Taças nos últimos anos.
ResponderExcluirSó comparo à Taça Guanabara de 97, porque fui a todos os jogos, tinha o alambrado do Caio Martins. Conhecia os jogadores de perto, a cabeça do Joel. Eu gostava de ver o Joel tirando leite de pedra, os caras se matando em campo. Eu ia com a cara deles, todos eles – e isso conta muito. E foi a primeira vez que vi meu time sendo campeão dentro do Maracanã. Foram 29 anos sem isso.
Nesse tempo vi alguns times muito bons do Botafogo e muitos jogadores do cacete, craques mesmo. Mas também vi os flamengos vencerem o Botafogo muito mais do que o contrário.
Eu estava no Maracanã e vi o Botafogo, campeão brasileiro, perder pra esses caras na semifinal de 96. Túlio e Donizette sem Iranildo, que estava do outro lado. O Joel estava com os flamengos. Um ferrolho do cacete e Sávio e Romário fizeram a festa dos urubus. Maior decepção.
Anteontem, mesmo não sendo uma final de campeonato, garanto a vocês que pra mim está valendo como se fosse. O gosto é o mesmo, igualzinho, sem tirar nem pôr. Pensando bem, acho que é até um pouquinho melhor...
Saudações botafoguenses!